18. i love when you call me love

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— Essa aqui foi no nosso baile de formatura.

S/n diz e aponta para uma das milhares de fotos penduradas ali. Vou até ela e olho para a foto. É impossível não sorrir ao ver a versão mais nova minha e de S/n juntas. Na foto, eu estou sentada de lado em seu colo, ela está com a cabeça recostada em meu colo, seus olhos estão fechados e a msma sorri. Meu sorriso na foto não é menor que o dela, parecemos felizes.

— Nós fomos juntas?

— Sim. — Continuo olhando para a foto, tentando forçar minha mente para me lembrar desse dia, mas nada acontece. — Eu aluguei uma limusine gigante, você quase enfartou quando viu.

Ela conta e gargalha. Olho para ela e sou contagiada pelo som de sua risada. Sua cabeça sendo balançada de um lado para o outro, S/n morde o lábio inferior e olha para baixo.

— Isso é a sua cara. — Ela levanta a cabeça ao ouvir meu comentário. — Me lembro bem do quão exagerada você era no colégio. Acha que me esqueci daquela sua moto gigante?

— Ela nem era tão grande assim.

— Era sim. No dia que você me deu carona eu quase morri. Eu pensei que sairíamos voando com aquele troço.

— Que exagero, amor. — Mordo os lábios e dou um pequeno sorriso ao ouvi-la me chamar daquele jeito. — E-eu... Saiu sem querer.

Olho para ela, que está com as bochechas coradas, e junto as sobrancelhas, confusa.

— O quê?

— Eu te chamei de amor... Foi sem querer.

Esclarece e a expressão em meu rosto suaviza. Hesitante, dou um passo para mais perto dela. S/n me olha, quase sem piscar e sem se mover. Nem sei dizer se ela está respirando, mas acho que não. Aproximo meu rosto do seu e, quando estou prestes a juntar nossos lábios, o celular dela começa a tocar, nos fazendo saltar uma para longe da outra por causa do susto.

— Jesus!

Exclamo levando uma mão até meu peito e S/n solta uma risadinha nervosa enquanto busca pelo aparelho em seus bolsos. Quando ela finalmente o acha, logo atende a ligação.

— Oi, pai. — Me recupero do susto aos poucos. — Não, eu vim dar uma volta com a Scarly... Sim, nós viemos aqui no sítio. — Ela me olha e sorri enquanto ouve o que seu pai diz. — Já estamos indo, ok.

— Vamos embora?

É impossível não notar a decepção na minha voz e com certeza S/n notou.

— Sim, mas nós podemos voltar amanhã, ou, quem sabe, dormir aqui...

— Aqui?

— Não aqui na casa da árvore, mas na casa lá na frente. — Ela explica apressadamente e eu acabo sorrindo de seu jeito meio afobado. S/n se afasta da parede e ajeita suas roupas. — Vamos?

Me chama e apenas concordo com a cabeça. Estamos quase saindo da casa quando eu a puxei pelo pulso. Ela me olha sem entender e, antes que a mesma possa falar algo, seguro seu queixo com minha mão livre e selo nossos lábios. Ela suspira com força e o ar bate contra meu rosto. Sinto S/n apertar minha cintura e então aprofundar o beijo. Nossos lábios se movendo lentamente, como se estivéssemos dançando uma valsa.

— Só para deixar claro, eu gosto quando me chama de amor.

Confesso, após pararmos o beijo, e me afasto um pouco de S/n, vendo ela abrir um enorme sorriso. Zeus! Que sorriso mais perfeito ela tem. Eu acho que tenho uma queda por ele.

Stupid Wife ― Scarlett JohanssonOnde histórias criam vida. Descubra agora