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Denki mordeu seu lábio inferior, morrendo de vergonha enquanto ouvia as risadas e provocações de seus amigos. Sério, eles não lhe deixavam em paz depois que quase foi pego beijando Hitoshi, o que era um porre. Não poderia dar um 'oi' que já era recebido com piadas. Eles estavam lhe tirando do sério. E isso já fazia dias!

— Tudo bem, chega. — disse baixo, mas acabou atraindo a atenção do grupo, que interrompeu uma piada sobre sexo anal ao lhe ver levantando da cadeira do refeitório, erguendo o queixo com orgulho ao pegar sua mochila sobre os olhares desconfiados de seu grupo — Já que falam tanto de Hitoshi, vou procurar ele e ver se eu tenho uma boa foda ao invés de vocês que ficam só falando do meu cu e não dão o de vocês.

— Ai, a puta ficou brava. — Mina falou num risinho assim que Kaminari saiu de perto, corando horrores mesmo com a expressão orgulhosa

— Pelo menos ele disse que vai foder, ou seja, tá melhor que você. — Katsuki grunhiu, a olhando com um sorriso sacana — Tá mais seca que miojo cru.

— Ah, vai tomar no cu, seu merdinha. — levantou também, e assim como o loiro, empinou o nariz, xingando todos da mesa e saindo batendo o pé, indignada pela vergonha — Adeus, seus lixos sem estilo.

— Ela e o Denki com certeza são gêmeos separados na maternidade. — pronunciou Hanta numa voz robótica por estar com o canudo do Toddynho entre os dentes, ouvindo uma concordância dos outros dois garotos na mesa

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Denki mordeu o próprio dedo, a mão indo e voltando, para a frente e para trás enquanto pensava se batia na bendita porta ou não. Era arriscado demais? Com certeza. Mas também estava convicto de que, se perguntasse e fizesse tudo com jeitinho, poderia sair com Hitoshi próxima noite.

Pelo o que já viu e passou com ele, parecia que Shinsou estava meio que afim dele também, contudo, não tinha total certeza.

Bem, só se vive uma vez, né? Levar outro fora não deve me matar.

Estalou a língua enquanto batia na porta do dormitório compartilhado, esperando ele abrir. Porém, se passaram quase um minuto e nada. Bateu novamente, e nenhuma alma viva lhe convidou a entrar. Tentou outra vez, esta seria a última, e suspirou quando ninguém lhe atendeu novamente. Como poderia ser tão azarado ao ponto de nem o arroxeado nem o colega de quarto dele estarem ali? Ou então, talvez, era um sinal do universo, dizendo que a melhor opção era desistir? Na verdade era bem possível pelo seu histórico de vida amorosa...

— Denki?

Quase se engasgou, a expressão petrificando assim como o corpo quando ouviu aquela voz bem atrás de si, quase como uma assombração. Conhecia aquela voz mesmo se ela falasse árabe, nunca faltou em nenhum show de Kyouka mesmo. Se virou e ela estava lá, lhe encarando confusa e com um copo da starbucks em uma das mãos enfeitadas com anéis. O cabelo estava arrumado como sempre, a maquiagem escura bem feita como no dia em que negou seus sentimentos. Seu coração bateu como um tambor, e se sentiu começar a suar no mesmo instante.

— O que faz aqui? — Jirou perguntou, apertando os lábios enquanto Kaminari se virava totalmente para ela

— Ah, eu... — engoliu em seco, desviando o olhar dela — Eu só tô procurando o Hitoshi.

— O Hitoshi? — ela repetiu, quase como se estivesse decepcionada com a revelação, o que fez o loiro rir nervoso, como sempre fazia quando estava em situações onde não sabia o que fazer

— É... Você sabe onde ele tá?

— Não. — disse, desviando o olhar também em seguida — Mas pode esperar aqui dentro, se quiser, não me importo. — falou ao tirar um molho de chaves do bolso da jaqueta, e o maior arregalou um pouco os olhos

foras & choros (ShinKami) (Especial Dia dos Namorados)Onde histórias criam vida. Descubra agora