Cap 2 - Primeiro dia de aula

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*Toca o despertador*

- Nossa já amanheceu? - falei desligando o despertador assustada.

Passei a madrugada toda lendo e nem vi as horas passarem, hoje é o primeiro dia de aula e isso me deixou nervosa.

- Espero não dormi nas aulas isso sim - falei resmungando e indo pro banheiro fazer minhas higienes.

Coloquei minha calça jeans um pouco rasgada, minha farda e um vans preto.
Arrumei minha mochila e desci. Não tinha ninguém em casa (o que não é novidade), então peguei um livro e fui esperar o Mateus lá fora.

*15 minutos depois*

Lá vem o Mateus correndo que nem um doido em minha direção.

- Em minha defesa o despertador não tocou, então a culpa é dele -falou ele com a respiração ofegante do tanto que correu.

- Relaxa, nem percebi a hora passar, e ainda tá cedo - falei guardando o livro na bolsa.

Fomos pra escola tranquilamente, eu tava com a impressão que estava esquecendo alguma coisa, mas não tava conseguindo lembrar.

*20 minutos depois*

- Então chegamos - falou apontando pra escola como se eu não tivesse visto aquele lugar enorme.

- Eu tô vendo né - falei rindo.

Entramos na escola e assim que viramos no corredor ele tava lotado de alunos, logo comecei a senti algo estranho.

- Melhor, eu não tô me sentindo bem não - falei segurando em seu braço.

- Vitória tu tá branca, pálida, tu comeu alguma coisa? - falou me puxando pro lado de fora da escola.

- Ah, era isso que tava esquecendo - falei baixo, porém ele escutou.

- Como assim tu se esquece de comer? Da próxima vez eu vou te morder, senta aí que eu já volto - falou jogando a mochila no banco e correu saindo da escola.

Pra onde será que ele foi? Quero só ver se ele vai me deixar aqui sozinha.

*Toca o sinal*

- Não acredito que vou chegar atrasada, cadê esse garoto ein? - falei resmungando baixo.

- falando sozinha? - escuto a voz do Mateus atrás de mim.

- Não faz isso comigo - falei dando um tapa de leve em seu braço.

- Toma, come esse salgado e bebe esse suco que depois a gente vai pra aula - falou me entregando uma garrafa de suco de laranja e um pão recheado.

- Obrigado, tu é o melhor amigo do mundo, mas vai lá, não precisa se atrasar por minha culpa, Jajá eu entro - falei.

- Nada disso mocinha, vou esperar você comer pra entrarmos juntos, que melhor amigo seria eu se te deixasse aqui sozinha? - falou se sentando do meu lado.

- Tu é demais - falei.

*7 minutos depois*

- Agora podemos ir - falei me levantando e jogando a garrafinha na lixeira.

- Então vamos lá - falou se levantando.

Encontramos a diretora no corredor e o Mateus explicou o ocorrido para ela, então ela nos levou até nossa sala e falou com o professor.

- Olha lá, ela é novata, quando vê tava com o namoradinho dela, por isso se atrasou - escutei uma voz feminina falar isso no final da sala, mas não dei importância e logo me sentei.

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*Toca o intervalo*

- Ufa finalmente - falei colocando o material embaixo da mesa.

- Vamos comer? - falou Mateus se levantando.

- Ah não, tô morrendo de sono, acho que vou tirar um cochilo, nem consegui dormir essa noite - falei esfregando os olhos.

- De novo? Preciso conversar com a Lara sobre isso, a senhorita tá precisando descansar essa mente isso sim, ainda é por conta do Yuri? - perguntou preocupado.

- Que? Não, acabei me empolgando lendo, nem vi a hora passar - falei.

- Rum, espero mesmo, eu vou lá pegar um lanche pra mim e um suco pra você tomar depois, já volto - falou e saiu da sala.

Chequei as notificações do meu celular, e quando ia abaixar a cabeça...

- Qual o seu problema garota? - fala uma garota ruivinha batendo na minha mesa.

- Que? Como assim? Não entendi - falei sem entender o que estava acontecendo.

- Você mal chegou e já tá toda assim com o Mateus, quem você pensa que é? - falou praticamente gritando.

- Olha, primeiramente você abaixa o tom pra falar comigo porque nem minha mãe grita comigo, e em segundo lugar, eu que te pergunto, quem você pensa que é pra falar comigo assim? - falei me levantando.

- Eu sou eu meu amor, você ainda não respondeu minha pergunta, qual é a sua pra cima do Mateus? - falou chegando mais perto.

- Olha garota eu não te devo satisfação nenhuma, mas se você quer mesmo saber, ele é meu melhor amigo, algum problema com isso? - falei.

- Melhor amigo? Vai enganar outra, tenho certeza que vocês tem alguma coisa, vai conta logo - falou já irritada.

- Olha, eu não sei quem é você e eu não tô nem um pouco afim de confusão, então por favor me deixa em paz - falei pegando meu celular e saindo da sala.

Eu praticamente corri até achar um lugar calmo e afastado de todo mundo. Porque aquela garota falou daquele jeito comigo? Quem ela pensa que é? Pensei tanto que acabei cochilando embaixo daquela árvore.

- Oi, ah... é... Desculpa incomodar, mas é que o sinal já tocou - Levanto a cabeça e vejo um garoto que parecia até ser personagem de filme.

- Ah, oi, e obrigado por me chamar - falei me levantando.

- De nada, acho melhor irmos agora, a propósito meu nome é Yuri e o seu? - falou, e naquela hora eu parei.

- Yu... Yuri? - falei sem acreditar.

- Sim, algum problema? - perguntou meio confuso.

- Ah, não, nada, acabei pensando alto - falei rindo de nervosa.

- tá bom, e o seu nome? - perguntou novamente.

- ah, agora preciso ir, foi bom te re... Te conhecer, tchau, a gente se ver por aí - falei correndo em direção a sala de aula.

- Ah licença professor, desculpa interromper a aula, acho que tô um pouco atrasada, aconteceu uma coisa, mas posso entrar - falei um pouco nervosa abrindo a porta da sala de aula.

- Claro querida, entre, eu nem tinha começado a aula ainda - falou calmamente.

- Obrigado professor - falei entrando e fechando a porta.

- Essa daí vive chegando atrasada professor, olhe que mal chegou, dúvido muito que as desculpas dela sejam verdadeiras - falou aquela garota ruivinha e a maioria da sala começou a rir.

- Tá bom gente, Vitória vá se sentar e o restante da turma fique em silêncio - falou mexendo em alguma coisa na sua mesa.

Assenti com a cabeça e me sentei.

- Ou, onde você tava e porque se atrasou? Te procurei pela escola inteira - perguntou Mateus preocupado.

- Nada demais, acabei cochilando- falei pegando meu caderno.

Ele assentiu com a cabeça mas dúvido que ele tenha acreditado.

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Sempre nós, até o fim!Onde histórias criam vida. Descubra agora