Sempre nós, até o fim!

Cap 5 - Me sinto segura com você

Depois de caminhar por uns 20 minutos resolvi sentar pra descansar um pouco.
Enquanto observava o céu percebi que havia alguém ali perto, então decidi chegar mais perto daquela pessoa, quando vi era o Mateus.

- Ah, oi, é... O que você faz aqui? - perguntei preocupada ao perceber que ele não estava muito bem.

- Ainda pergunta? - falou olhando pro chão.

- Poxa, deixa pra lá, quando você tiver melhor eu falo com você - falei e me virei pra ir embora.

- Calma, espera - falou segurando meu braço.

Respirei fundo e senti meu coração bater mais rápido naquele momento.

- A gente precisa conversar, desde que o Yuri apareceu tu não é mais a mesma... Hoje tu voltou toda estranha do intervalo, não me esperou pra ir embora e o pior, não atendeu minhas ligações, eu fiquei preocupado demais, fui na sua casa mas nem cheguei a tocar a campainha porque parecia que não tinha ninguém lá... Vitória o que tá acontecendo? Eu sou teu melhor amigo, não fica assim comigo - falou deixando escapar uma lágrima.

- Desculpa... - falei me sentando do seu lado.

- Não precisa se desculpar, só quero saber o que tá acontecendo - falou olhando pro chão.

- Bom... Desde que ele apareceu muita coisa ficou confusa pra mim... Hoje no intervalo ele foi falar comigo e ele de fato não sabia que era eu, então eu falei, ele ficou meio pasmo, e depois eu acabei falando tudo aquilo que tava preso... Eu não sabia que aquilo ia doer tanto em mim, eu já superei tudo aquilo que aconteceu no passado, mas não entendo porque ainda dói - falei respirando fundo e olhando pro chão.

- Deve ser porque você ainda deve gostar dele - falou.

- Não, de fato eu amei ele antes, mas agora não tenho nenhum sentimento por ele, quero ele nem como amigo - falei.

- Entendi - falou.

O clima ali ficou meio estranho e ficamos um tempo em silêncio, porém aquilo tava me agoniando.
15 minutos depois Mateus decide quebrar aquele silêncio.

- Oh Vivi... A gente tem tanto tempo de amizade, mas acho que você nunca falou o que você sente em relação a nós... Quis dizer, nossa amizade - falou e eu estranhei um pouco aquela pergunta.

- Bom, eu acho que nunca parei pra pensar nisso, mas... Sei lá, é difícil descrever, mas quando tô contigo é como se nada mais importasse, me sinto única de verdade... Não tenho medo de falar o que penso ou sinto, afinal, me sinto segura com você... Mateus, você é o melhor amigo que alguém poderia ter - falei segurando em sua mão e olhando em seus olhos.

- Ah, melhor amigo... É... Não esperava por isso... Bom... É... Você também é a melhor amiga que alguém poderia ter... - falou desviando o olhar.

Outro silêncio tomou conta do lugar.

*20 minutos depois*

- Eu preciso te falar uma coisa - Falou olhando em meus olhos.

- Pode falar - respondi.

De repente caiu uma chuva muito forte e a gente correu pra uma lanchonete.

- Você tá bem? - perguntou preocupado.

- Tô sim, o que você queria me falar mesmo? - perguntei.

- Ah... Não era nada, esquece - falou.

- Tá bom - falei.

- Vamos comer? - perguntou.

- Ah, não sei, tô sem dinheiro e tô sem fome alguma - respondi.

- Se eu te conheço bem, e eu conheço, tu não comeu nada desde cedo, então tu vai comer sim, é por minha conta - falou me puxando pra uma mesa.

- Sério, tu é demais - falei rindo.

Pedimos nosso lanche e um tempo depois o lanche chegou.
Passamos um tempo conversando até ele perceber que já era tarde.

- Nossa, já são 22 horas, vamos, precisamos ir - falou se levantando.

- Eita, vamos sim - falei me levantando.

Fomos conversando até chegar na porta da minha casa.

- Pronto, entregue em casa - falou.

- Bobo - falei rindo

- Gostou de hoje? - perguntou.

- É, foi legal - falei rindo.

- Agora preciso ir, se cuida - falou e me puxou pra um abraço.

- Se cuide também viu - falei abraçando ele bem apertado.

- Pode deixar - deu um beijo em minha testa e foi embora.

Entrei e subi pro banheiro, afinal eu ainda tava molhada.
Tomei um banho e depois coloquei meu pijama de panda que eu amo.
Me joguei na cama e logo peguei num sono.

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