capítulo 1

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— Atenção central, notificando um incidente na rua 17, bairro industrial, dois homens entraram em luta corporal, e um acabou morto. Houve disparos com uma pistola calibre 38, preciso de reforços e procedimentos para um homicídio. —dizia um policial segurando o rádio entre as mãos.

—Entendido, aguarde e isole a área.

— câmbio e desligo

O homem subiu os degraus passando a fita amarela de isolamento pelo perímetro da casa, era a última residência da rua, cercada por um bosque. Era grande, com um pequeno lago de carpas no jardim bem gramado. A construção era moderna com portas de vidro e porcelanato no chão. 

Lá dentro o cenário era de destruição, a porta que dava acesso ao fundo estava destruída, cacos estavam espalhados por todos os lados. Assim como a mesa de jantar, cadeiras e vasos de porcelana. A estante da sala estava abaixo, com todos os objetos que nela estavam.

Sentada no chão estava um mulher de longos cabelos negros, e olhos perolados. Ela tinha uma  marca roxa no canto de seus lábios esquerdo, e outras vermelhas por todo o seu rosto, e sinais visíveis de mãos em seus dois braços.  Hematomas supérfluo por suas costas, como arranhões.

Chorava copiosamente, encolhida ao chão. O que era pra ser uma noite agradável, se tornou o seu pior pesadelo.

— senhora? Eu preciso que se acalme e me diga o que aconteceu. — dizia outro policial para si, mas nenhuma palavra saia de sua garganta. Estava caído lá fora em meio às árvores, o corpo que podia ser do amor da sua vida.  Não conseguia processar essa informação, só podia ser piada do destino.

— senhora, por favor se acalme. E me diga o que houve aqui— perguntou insistentemente o homem com certa impaciência.
Ouviu passos apressados em sua direção.

— Hinata!?— reconheceu aquela voz grave, e virou-se rapidamente para olhá-lo.

—Pai ! — gritou ela em prantos. Estava de terno e um sobretudo preto, ao seu lado o seu primo Neji. Ele agachou abraçando seu corpo trêmulo, ela agarrou seus braços fortes sentindo uma sensação reconfortante.

— Filha, o que aconteceu? Cadê Naruto e Kiba? — perguntou ele

— Eu vou conversar com os policiais — informou Neji, ele era o jovem prodígio advogado da família.

— O Kiba apareceu aqui de repente, pegou Naruto e eu juntos. Ele ficou louco, eles começaram a brigar, destruíram a casa toda.  foram lá pra fora e ouvi disparos enquanto chamava a polícia, não tive coragem de ir lá ver, falaram que um deles morreu —ela pausou sua fala para dar espaço a mais choros carregados de soluços

— pai ele não pode estar morto!.

—Vai ficar tudo bem — disse Hiashi a abraçando novamente, não se preocupe filha. Vamos passar por tudo isso juntos. Eu estou aqui agora — ela chorava como uma criança, sentindo se  segura com seu pai ao seu lado.

— vamos lá ver — a fez levantar.
Hisashi segurou firme sua mão, olhou para seu rosto e corpo todo machucado e sentiu uma raiva enorme, sua linda menina toda machucada daquela forma. Usava um vestido longo preto fino, estava rasgado nas costas, descalça e com a maquiagem toda borrada.

Conforme caminhava o nó em sua garganta somente aumentava, desejando no fundo do seu coração que visse o corpo do seu marido estirado ao chão. Se Deus existisse que ele tivesse  o levado, não suportaria mais viver daquela forma. Queria poder tocar no rosto de Naruto outra vez, olhar para aqueles lindos olhos azuis que lhe traziam tanta paz.

Nunca se sentiu tão amada e feliz antes, desde que ele surgiu em sua vida, pode finalmente respirar. Desceram os degraus da varanda e viram as árvores a sua frente, estava muito escuro mas de longe pode ver a silhueta estirada no chão, usava sapatos e terno preto
A camisa branca estava suja de sangue, as mãos machucadas, o peito todo ensanguentado com buracos de quatro tiros. Apertou ainda mais a mão de seu pai, quando finalmente  reconheceu de quem era aquele rosto.

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