capítulo oito

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Votos e comentários são muito importantes para a continuação da história.

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"... surpresas sempre vêm com uma ponta afiada para nos ferir. -- me chame pelo seu nome"

A maior surpresa de Onã não foi saber sobre Alice, sua maior surpresa foi ver ela e Stanley juntos no barril, no local DELES, rindo e se divertido como eles costumavam fazer, sua maior surpresa foi ouvir Alice falar que Stanley era o seu melhor amigo, mas tudo piorou quando Stanley concordou.

Onã odiava surpresas e Alice era a pior surpresa que ela já havia presenciado, ela odiava aqueles cabelos em um loiro falso, os doces olhos verdes e como a voz dela afinava ao falar com Stanley, mas Onã odiava ainda mais o fato de Alice querer roubar Stanley, ela estava roubando o seu Stanley, o seu melhor amigo e ele nem percebia.

-- Eu não gosto da Alice. __ Onã murmurou sentando ao lado de Stanley no barril.

-- Por que? __ Stanley a encarou.

-- Eu não sei! __ deu de ombros. -- Ela só... não me parece confiável.

-- Você falando isso é meio hipócrita, sabia? __ Stanley murmurou, algo que fez Onã o encarar com um semblante desacreditado.

-- O que isso significa? __ questionou, Stanley rolou os olhos.

-- É hipocrisia falar que Alice não é confiável, sendo que ela é mais confiável que você. __ a fala de Stanley fez Onã travar o maxílar.

-- Eu só fiz uma observação.

-- Bem, mantenha para você. __ se levantou irritado. -- Minha mãe estava certa... você é uma má pessoa.

-- Se eu sou tão ruim porque continua sendo meu amigo? __ se levantou igualmente irritada.

-- Talvez eu não queira mais ser o seu amigo. __ exclamou, algo que fez o peito de Onã apertar.

-- Então vá! __ rebateu. -- Eu não preciso de você.

-- Quer saber de algo? __ Stanley analisou Onã, ele estava frustrado e furioso pois para ele Alice era um anjo. -- Se você continuar com esse seu jeito mesquinha e repugnante vai acabar sozinha.

-- É melhor ficar sozinha do que com alguém como você do meu lado. __ embora falasse de forma fria e nem uma lágrimas caísse, Onã estava totalmente destruída por dentro.

-- Você merece ficar sozinha. __ Stanley saiu do local.

-- E não me procure quando a sua doce Alice lhe der uma facada! __ Onã exclamou, algo que fez Stanley a encarar.

-- Ela não é você!

   A garota viu Stanley partir e sentou no barril, ela suspirou e encarou o céu, sentada ali, no local especial deles, Onã deixou as lágrimas rolarem por seu rosto como cascatas, ela havia perdido Stanley, ela perdeu o seu melhor amigo. Se encolhendo no local Onã deixou um lamurio de dor sair de seus lábios. Onã lembrava das vezes que havia chorado assim, de forma compulsiva e dolorosa.

A primeira vez foi quando Marian foi embora lhe deixando sozinha com Marthin.

A segunda vez foi quando ela havia sentido a dor da solidão, quando ela viu que não tinha amigo.

E a última vez, aquela a mais dolorosa, quando ela viu Stanley sair andando e lhe deixando para trás por Alice.

 Quando Onã teve a certeza de que ela era totalmente substituível, pois a única pessoa que lhe amou, lhe deixou, e Stanley nem pensou duas vezes.

QUEBRA DE TEMPO

   Lila estava sentada no sofá da casa onde dividia com Stanley e sua amiga, a mais velha havia ido fazer compras com a vizinha, do local onde estava Lila podia ver Alice e Stanley jogando um tabuleiro no chão do quarto, havia algo em Alice que a mulher detestava, diferente de Onã a garota junto de Stanley era um mármore fino e delicado, uma rosa prestes a quebrar. Lila odiava Alice, algo no sorriso dela fazia algo dentro da mais velha borbulhar, não como borbulhava com Onã, borbulhava de uma forma doentia.

-- Oi Lila. __ a voz de Alice soou pelo local quando ela passou pela mais velha, um sorriso nos lábios, Stanley saiu do  quarto indo a cozinha enquanto Alice ia usar o banheiro, Lila encarou o menino.

-- Tá olhando o que? __ Stanley encarou a mais velha.

-- Vai trocar a Onã pelo modelo da Barbie? __ apontou, um pouco de desgosto no olhar e na voz.

-- Onã não é mais minha amiga. __ deu de ombros. -- Ela não merece ter amigos.

-- Isso é você falando ou sua mãe? __ questionou ao se levantar e ir até o garoto, Stanley a olhou de cima a baixo.

-- Sou eu! __ balbuciou.

-- Olhe, eu conheci alguém nos meus dias no manicômio.

-- Você esteve em um hospício? __ exclamou de olhos arregalados.

-- Isso não vem ao caso! __ apontou ao sentar em uma das cadeiras, Stanley a acompanhou se sentando em sua frente. -- Olhe, ver você e Onã juntou foi como ter um dejavu.

-- O que quer dizer? __ fez careta.

-- Não troque uma boa pessoa que mataria por você __ gesticulou. -- por alguém que nem sabe sua comida favorita.

-- Stanley! __ Alice saiu do banheiro. -- Vamos continuar?

-- Claro! __ se levantou e encarou Lila. -- Alice mataria por mim.

-- Mas ela morreria por você?

-- Ela não precisaria. __ rolou os olhos. -- Vamos Alice.

   Os dois jovens estavam sentados no carpete do quarto do garoto, um tabuleiro em sua frente; a risada de Stanley soou pelo cômodo de sua casa, Alice estava sentada em sua frente com uma feição de tédio, eles jogavam o jogo favorito do garoto, jogo esse que ele havia aprendido com Onã. Era incrível como até as mais pequenas coisas faziam ele lembrar de Onã, no simples acordar e ver um pequeno pássaro no fio ao lado de fora - pois ele sabia que era o animal favorito da garota -, ou quando estava com Alice e ela pedia por algo de forma bruta -mesmo ela não sabendo como aquilo parecia forçado para Stanley.

-- Esse jogo é uma porcaria. __ a fala de Alice fez o sorriso de Stanleu sumir rapidamente.

-- Eu gosto desse jogo. __ murmurou. -- Onã que me ensinou.

-- Deus! Novamente? ___ a loira exclamou, algo que fez o garoto lhe encarar. -- Essa garota te persegue agora?

-- Eu não entendi. __ fez uma careta, Alice se arrumou no local e segurou a mão do garoto, esse que a encarou estranho.

-- Olhe! __ sorriu docemente. -- Agora que estamos juntos você tem que esquecer aquela garota, ela era estranha e cheia de problemas. Então, você vai ter que se livrar daquele urso estúpido e daquela bombinha ridícula.

-- Juntos?

-- Sim, bobo. __ sorriu. -- Eu sou sua namorada agora.

-- Mas... __ a analisou cautelosamente. -- Você mataria por mim?

-- Não seja bobo, a ogra da história é a Onã... não eu.

-- Você morreria por mim? __ Alice rolou os olhos.

-- Você precisa crescer, Stanley. __ falou. -- Eu vou te ajudar nisso.

-- Mas eu não quero crescer. __ se defendeu.

-- Mas você vai.




𝗣𝗔𝗥𝗔𝗗𝗢𝗫𝗢 ; stanley ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora