vinte

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"Por isso te admiro tanto: você sorri como se nunca houvesse passado por nenhuma tempestade."



  O final do mundo é algo assustador, ainda mais para duas crianças que só queriam paz e amor. Diego tentou e Lila lutou, porém Reginald era um homem cruel e sádico, ele só via a ele mesmo, e nada mais importava.
   Foram questões de segundos, ou menos, mas que pareceu uma eternidade. Os dois jovens se abraçavam na cama, os olhos fechados pelo medo, então, tudo acabou, e eles se forma. No início Onã pensou que era o sonho mais estranho de toda sua vida, mas então Stanley apertou sua mão, e ela soube que aquilo não era só um sonho.

-- Nós morremos? __ Onã olhou ao redor. -- Parece tão... entediante.

-- Acho não morremos. __ Stanley observou.

-- Então, o que? Teletransporte via apocalipse? __ foi até a fresta da porta a abrindo, era uma praça com um chafariz no centro.

-- Maneiro! __ Stanley riu ao lado de Onã, a voz do garoto fez o grupo os olharem.

-- Vocês estão vivos! __ Diego riu. -- Ai meu Deus! Graças a Deus.

-- Eu fiquei tão preocupada. __ Lila abraçou Onã.

-- É... foi louco. __ Onã divagou. -- Sabe quando dizem da luz no fim do túnel?

-- Sim?! __ Diego a encarou.

-- Não sigam a porra da luz! __ apontou, o grupo ao redor riu. -- É sério, não sigam aquela merda.

-- E agora? __ Five encarou os irmãos.

-- Acabou, Five. __ Viktor sorriu.

-- Acabou? __ o garoto os encarou. -- E o que vão fazer?

-- Bem __ Diego sorriu para Lila e apertou os ombros de Onã e Stanley de forma amorosa. -- Eu não sei vocês. Mas eu vou cuidar da minha família!

-- Somos uma família agora? __ Stanley o encarou com um sorriso.

-- Sempre fomos, garoto.

-- Então, eu beijei minha irmã? __ o garoto encarou Onã com uma careta.

-- Credo Stanley! __ o empurrou.

-- Não amolem! __ Lila os puxou. -- E vamos pra casa.

-- Que casa? __ Onã os encarou. -- Esse mundo não é novo?

-- Ainda quer ficar com eles? __ Lila encarou Diego que sorria divertido.

-- Eles são engraçados, vai. __ sorriu. -- Vão ser a nossa alegria.

-- É bom que sejam!

[ ... ]

SEIS MESES DEPOIS

     O tempo havia passado mais rápido do que todos gostariam, Lila estava quase ganhando o seu filho, Diego tinha um trabalho estável, e Stanley ia para a escola, ele tinha amigos ali, ele era feliz. Mas todos tinham uma dolorosa saudade, eles sentiam saudades de Onã, afinal, ela já não estava mais com eles. Stanley ainda lembrava da última vez que eles tinham se visto, foi uma briga terrível, a pior que eles já tiveram.

Flashback on:

   Os gritos entre os dois jovens rassoavam por toda a residência, Lila havia ido junto de uma amiga até o hospital, exames de rotina, e Diego estava no trabalho. Onã e nem Stanley lembravam o motivo da briga, porém eles ainda gritavam um para o outro em forma de palavras rudes.
   Porém Onã havia adquirido um problema desde que chegara e descobrira que o seu irmão de sangue ainda vivia, biologicamente - e historicamente - ela era mais velha, mais o físico dizia ao contrário. Enquanto Onã tinha o físico e a mentalidade de uma garota de 13 anos, seu irmão já tinha o físico e a mentalidade de um adulto de 30 anos. Perder a paciência era algo ao qual Onã constantemente lutava, isso e o fato de ela não ter um total controle sobre sua raiva.

-- VOCÊ NÃO SABE DO QUE ESTÁ FALANDO!  __ Stanley gritou.

-- É PORQUE VOCÊ SABE MUITA COISA __ Onã deu risada. -- O REI DA RAZÃO! QUER UM PRÊMIO?

-- CALE A BOCA! __ a empurrou pelos ombros, algo que fez ela cambalear um pouco para trás.

-- NÃO, VOCê CALE A BOCA! __ sua mão fechou em punho e ela socou a parede em centímetro do rosto do garoto, Stanley arregalou os olhos e a encarou apavorado, Onã deu um passo para trás, os olhos brilhantes pelas lagrimas. -- E-eu não... __ sussurrou, ela encarou Stanley em sua frente. -- Me desculpe! Eu te machuquei, me desculpe. __ soluçou.

-- Tudo bem! __ Stanley exclamou. -- Você não me machucou, eu estou bem, viu? __ tentou se aproximar da jovem.

-- Não! _ se esquivou. -- Eu vou te machucar, eu sempre faço isso.

-- Você não vai me machucar. __ Stanley tentou se aproximar novamente, mas Onã se distanciou de seu toque. -- Por favor! Eu te imploro... não me deixe. Não me deixe também.

-- Me desculpa, Stan. __ sussurrou. -- Me desculpa!

       Havia tanta culpa e dor na voz de Onã, foi como um grupo inteiro de animais invadindo o peito de Stanley quando ele a viu partir, ele ficou ali, sentado no sofá em prantos até Diego e Lila chegarem.

-- Stanley, o que houve? __ o homem pôs a pasta de trabalho na mesa de centro e encarou o garoto com preocupação.

-- Ela se foi! __ o encarou.

-- O que? __ Lila o encarou sem entender, logo depois seus olhos se arregalaram e ela olhou ao redor. -- Onã? __ chamou. -- Onã?

-- Ela foi embora! _ Stanley soluçou. -- Nós brigamos e ela foi embora, é culpa minha.

-- Hey! _ Diego se abaixou em sua frente e segurou o rosto do garoto. -- Não é culpa sua, ok? Ela foi, mas vai voltar. __ o acalmou. -- É a nossa Onã, ela sempre volta.

Flashback off

    Stanley esperou por dias, semanas e quando ele viu já tinha se tornado meses, ele ainda a esperava. Mas ele também tinha novos interesses. O garoto havia entrado para o time de basquete da escola e feito um grupo de amigos, ele também ajudava Diego em seu trabalho de meio período na academia de Jimmy, não era algo grande, mas Diego conseguia manter a casa.
    Eles eram felizes, do seu modo, Klaus ia uma vez ou outra visitá-los, assim como Luther e sua esposa, eles pareciam felizes, do modo deles.

-- Vai sair hoje? _ Lila se jogou no sofá ao lado de Stanley, esse que amarrava os cadarços do sapato.

-- Vou até a quadra com o grupo. __ se levantou. -- Vai ficar bem sozinha?

-- Vou ligar pro Viktor. __ falou com a boca cheia do resto da pizza da noite passada. -- Ele ficou de me trazes alguns doces.

-- Ok!

-- Hey! _ Stanley parou de andar e se virou para ela. -- Meu beijo. __ rolando os olhos ele voltou até a mulher e selou sua bochecha. -- Agora você pode ir.

-- Obrigado!

       Stanley sentou-se na escadaria da casa, a bola de basquete em mãos enquanto brincava com o objeto, ele suspirou enquanto retirava uma fotografia de seu bolso da calça, um leve sorriso surgiu em seus lábios e ele deu um leve selar na fotografia.

-- Sinto sua falta, Onã! 

















𝗣𝗔𝗥𝗔𝗗𝗢𝗫𝗢 ; stanley ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora