capítulo onze

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"Dizem por ai, mas não tenho certeza, que meu sorriso fica mais feliz quando te vejo, dizem também que meus olhos brilham, dizem também que é o amor, mas isso sim é certeza. -- Dom Casmurro"



  Diego estava ficando de cabelos em pé, Stanley era um garoto hiperativo e com várias falas que o deixavam louco; já Onã era um pouco mais calma, mas isso não impedia de seu lado criança sai na maior parte das vezes. 

Aquele dia não havia sido um dos melhores, Diego estava irritadiço, Stanley parecia agitado e Onã estava em uma ruptura de ansiedade, a garota sabia que qualquer coisa lhe faria entrar em um colapso.

-- Fiquem aqui! __ Diego apontou na porta do quarto, Stanley bufou e sentou ao lado de Onã na cama, a garota moveu os pés para frente e para trás, suas mãos não paravam quietas e era como se algo dentro de seu peito queimava e amaçasse o seu coração.

-- Estou entediado! __ Stanley exclamou se jogando dramaticamente para traz caindo no colchão, Onã bufou e se levantou indo em direção a um belo vaso que decorava o cômodo, as formas nele pareciam acalma-la de uma forma que ela se concentra-se na sua respiração.

-- Se você não tivesse jogado aquele monte de produtos no sanitário nós estaríamos brincando agora. __ Onã resmungou.

-- Não coloque a coloque a culpa em mim! __ Stanley sentou na cama.

-- Mas a culpa é sua! __ rebateu no mesmo tom.

-- Você não é tão inocente também. __ apontou.

-- Eu nunca disse que era. __ o encarou com uma careta. -- E não me coloque no fogo cruzado, pois eu sou mais inocente que você.

-- A santa Onã __ Stanley se levantou. -- sempre com razão.

-- Calado! __ Onã o empurrou.

-- Não, você cale a boca! __ a empurrou, seu empurrão foi forte e Onã bate no cômodo, ela tentou segurar o vaso, mas o objeto caiu com tudo no chão e se despedaçou.

-- Não. __ Diego murmurou ao entrar no quarto, os dois jovens o encararam espantados. -- O que você fez?

-- Foi um acidente! __ Onã exclamou em pânico.

-- Acidente? __ Diego a encarou, toda paciência que ele estava tentando guardar  ia por água a baixo. -- Tudo o que vocês fazem é causar acidentes! Desde que chegaram aqui e agora... DEUS! OLHE O QUE VOCÊ FEZ!

-- Me desculpe! __ Onã respondeu.

-- Não grite com ela. __ Stanley empurrou Diego.

-- Não se intrometa! __ Diego gritou para o garoto. -- Vocês precisam ser educados. Como podem viver como animais selvagens?

-- Eu não queria quebrar o vaso. __ Onã sussurrou, os olhos se enchendo de lágrimas.

-- MAS QUEBROU! __ Diego explodiu, seu grito fez Onã se encolher no local e tapar os ouvidos de forma automática.

-- SAIA! __ Stanley empurrou Diego, esse que entrou em choque ao ver a garota se encolhendo ainda mais. -- SAIA! VOCÊ ESTRAGOU TUDO... SAIA!

-- Eu... o que?

-- SAIA! __ Stanley voltou a gritar, ele se abaixou em frente a Onã a abraçando de forma confortável. -- Eu estou aqui... estou aqui.

-- Desculpe! __ Diego falou indo até a porta. -- Eu... me desculpe.

  Onã tremia enquanto chorava, Stanley a abraçava de uma forma reconfortante, ele acariciava seus cabelos e cantava uma música que eles haviam aprendido dias atrás.

QUEBRA DE TEMPO

   Quando Diego, horas depois do ocorrido com Onã e Stanley, se acalmou e foi procura-los no quarto, tudo o que ele achou foi um quarto vazio, o vaso e sujeira já não estavam mais no chão e o local estava limpo, isso o fez sair do cômodo e ir em busca dos mais novos.

Os dois jovens estavam sentados em um dos muitos corredores do hotel, as pernas esticadas e  os dedos de ambos sujos de chocolate ao qual Stanley havia furtado discretamente de um dos quartos, eles mastigavam os últimos pedaços do doce quando Stanley resolveu cortar o silêncio.

-- Você é meio louca, sabia? __ a voz de Stanley fez Diego parar os seus passos e ficar no local onde estava. -- Mas... nós podemos ficar loucos juntos.

-- Juntos? __ Onã sorriu para Stanley, esse que retribuiu o gesto.

-- Juntos!

   Diego andou lentamente até o final do corredor, seus olhos se chocaram com os dois jovens sentados no chão, Stanley segurava a mão de Onã enquanto ela descansava a cabeça em seu ombro. Por segundos ele pode ter a pequena sensação de conforto e deja'vu.

Era como estar vendo uma cópia sua e de sua amada ali, naquele momento em dois jovens que entraram em sua vida como um furacão. Onã e Stanley eram a cópia de Diego e Moon quando pequenos, anos antes de suas vidas  serem um completo caos.

  O home saiu de seu transe e foi andando até os jovens, esses que o encararam, sua feição de calma se tornou confusa ao ver as mãos e bocas dos mais novos sujas de chocolate, mas logo depois ele  voltou com o semblante calmo e rolou os olhos enquanto sentava em frente a eles no corredor. Ainda em silêncio os três se encararam, foi assim até Diego suspirar e cortar o silêncio mortal.

-- Me desculpe por ter gritado com vocês. __ o homem suspirou. -- Não a desculpas para isso... m-mas... ser um pai... isso é novo para mim. __ passou as mãos pelo rosto. -- Onã... eu não queria passar um impressão ruim. Ok? Você pode, talvez, me perdoar? __ os dois se olharam, como se viessem a se comunicar pelo olhar.

-- Ok! __ Onã falou encarando o mais velho. -- Eu perdoo você.

-- É só isso? __ Diego os encarou, Onã e Stanley se encararam com a sobrancelha colada em confusão. -- Eu peço desculpas e é tão simples?

-- Eu acho que sim. __ Onã balbuciou. -- Além do mais... foi só um susto passageiro __ deu de ombros. -- eu passei por isso todos os dias. __ se levantou do local. -- Vou ao banheiro.

-- O que ela quis dizer com todos os dias? __ Diego encarou Stanley que o encarou de volta.

-- Marthin é um homem louco. __ falou se levantando. -- E violento na maior parte do tempo.

-- Ele __ Diego viu o garoto andando pelo corredor. -- batia nela?

-- Quando você se acostuma não é tão ruim. __ Stanley murmurou. -- Ela diz que não liga, mas... eu sei que se importa. Então, não faça perguntas que pode ser desconfortável.

-- Stanley! __ Diego o chamou, isso fez o garoto parar no local e se virar para o mais velho. -- Você é um bom amigo... tenho orgulho de você.




𝗣𝗔𝗥𝗔𝗗𝗢𝗫𝗢 ; stanley ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora