Meses após "A Rainha do Nada", Jude e Cardan demonstram serem grandes, poderosos e respeitosos soberanos.
Até que alguns membros do Povo começam a revelar a sua indignação pela rainha mortal através de vandalismos que a cada ataque se tornam mais de...
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Já fazem semanas desde o primeiro ataque dos vândalos, e até agora só descobrimos o nome da gangue. Os filhos da puta são cuidadosos. Rebelião contraa Rainha Mortal, este nome tem surgido como assinatura em todos os vandalismos que têm acontecido.
E eu sei que isso vem afetando a Jude, ela não o admite, mas eu sei que sim, ela anda a ter pesadelos desde o dia em que viu aquele rastro de destruição. Ou ela mete as cartas na mesa, ou então eu mesmo as vou meter.
Conversei com o Barata sobre isso e ele sugeriu-me que eu tentasse criar um lugar seguro para ela se abrir, mesmo sabendo que ela tem dificuldades em se abrir, ela sabe que pode confiar em mim, por isso não entendi o porquê dele sugerir isso, mas com certeza ele sabe mais sobre amor do que eu, então não discuti.
Decidi que vou organizar um piquenique, só eu e ela e tentar fazê-la sentir-se à vontade para desabafar.
...
Encontro a Jude a treinar no jardim do palácio.
- Jude?
- Sim, Cardan. - reponde com a voz cansada.
- Há quanto tempo é que estás a treinar, pareces cansada? - pergunto meio preocupado.
- Não sei 5, 6 horas, por aí.
- Tu és maluca? É bom treinares, mas não ao ponto de teres um esgotamento. - exclamo.
- Não sejas dramático Cardan.
- Bom eu não te vou ver a ter um esgotamento ao ponto de não te conseguires levantar. Vai tomar um banho que nós vamos sair!
- Sair? Onde? - pergunta ela parando de treinar e olhando para mim.
- Logo vês, é surpresa.
- Cardan, tô sem tempo e humor para brincadeiras.
- Eu não estou a brincar.
- Ok então, espero que não me estejas a fazer perder tempo precioso em que eu poderia estar a treinar. - diz afastando-se de mim com cara de desconfiada.
Quando ela terminou o banho e se vestiu eu vendei-a com um pedaço de pano e levei-a ao colo para o local do piquenique. Quase a deixei cair diversas vezes o que me rendeu alguns tapas.
- Ainda falta muito? - perguntou.
- Espero bem que não, porque está a ficar difícil carregar-te.
- A culpa é tua, tu é que insistis-te em trazer-me ao colo.
- Pensei que estivesse em melhor forma física.
- Ambos sabemos que isso não é verdade.
- Hey, eu estou aqui, não precisas ofender.
- Ainda não terminei, ambos sabemos que isso não é verdade, mas eu gosto de ti assim. - diz beijando-me.
Finalmente chegamos à clareira onde eu havia preparado o piquenique. A toalha está estendida no chão debaixo de uma grande árvore, dispersa em cima da toalha está uma grande variedade de comida, as preferidas da Jude claro e um jarro com flores frescas, rosas vermelhas como sangue, margaridas e tulipas. Coloquei a Jude no chão e tiro-lhe a venda.
