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23.10.2013 (parte 2)

"Pronto, agora é só esperar assar"

Enquanto você terminava de secar as mãos, girei a banqueta da cozinha e encostei as costas no mármore, ficando de frente para a sala.

"Amor, vem cá"

Vi quando seu corpo apareceu no meu campo de visão e sorri devido nossa proximidade, seus dedos erguendo meu queixo e grudando nossos olhos.

"Fala, gata"

E diante de seus olhos, tão próximos, travei. Levei minhas mãos para seu pescoço e abaixei um pouco seu tronco, enquanto erguia meu rosto e selava nossos lábios.

"O que foi, Camila?"

Eu neguei com a cabeça, rindo.

"Eu te amo!"

Suas íris ficaram maiores, como se estivesse sendo pego de surpresa e quando pensei que fosse dizer o mesmo, apenas grudou nossos lábios, em um beijo doce.
Não disse que me amava, mas suas atitudes mostravam isso. E estava tudo bem.

Eu só tinha sentido a necessidade de lhe dizer isso, pois me sentia absurdamente amada com você, por você.

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