2| ame quem você tem

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>> Carolina Bekker <<


— Oi Alex, por que que uma interna acabou de elogiar o acabamento de gesso da minha casa que está vazia? Ainda está dormindo lá? — Grey entrou na sala dos médicos e olhei pra ela de rabo de olho.


As meninas preferem lá do que na salinha do plantão. — Alex a respondeu.

— Isso é nojento. Meredith, expulsa ele. — ela me olhou.

Agora eu vou ter que isolar o local. Me devolve a chave. — estendeu a mão pra ele.

— Não tá comigo. — desviei o olhar tomando meu café. — Você nem mora mais lá, qual o problema?

A chave, por favor. — comecei a sair de fininho. — Espera aí, tá fugindo por que? Tá morando lá também?

— Eu-eu tenho que ir. —abrir a porta e sai.

•°•°•

— Me chamou? Qual é o caso? — Alex perguntou. Coloquei meu avental e dei dois passos pra trás esbarrando em alguém.

Que isso? — olhei por cima do ombro pra ela.

— Desculpa. — Wilson pediu e revirei os olhos.

— Menina de 16 anos foi tirada da Bahia, acidente de barco. — fomos andando lá pra fora.

Por que que você tá atrás de mim? — comecei a colocar minhas luvas enquanto ouvia Karev falar com a interna.

Hoje eu sou sua interna.

Oi interna, você tem um nome? — sorriu galante.

— Jô Wilson — sorriu.

Legal, adoro menina com nome de menino. — Ross soltou uma risada e puxei Karev pelo braço.

Escuta, para de transar com as internas, principalmente lá em casa, tá? Faz mal pra elas. — falei séria.

— Eu acho é que você tá querendo tirar uma casquinha. — puxei a orelha de e torci, ouvindo ele gemer de dor.

— Para de transar com as internas lá em casa. — a ambulância chegou.

Me solta, Angrboda. — falou irritado e soltei ele indo até a ambulância.

•°•°•

— Emery, vamos dar uma olhadinha na sua perna. — avisei a ela.

Vocês dois aí, cortem a tala pra gente dar uma olhada. — Alex falou com os internos.

—Não estou sentindo meu pé. — Emery chorou

— Me conta, o que aconteceu? — me aproximei dela.

—Veio uma onda gigantesca e o mastro esmagou a minha perna e o Pickle acabou virando. — franzi o cenho com a fala dela.

— Pickle? — Karev perguntou por mim.

— O meu barco. Não acredito que eu perdi o meu barco! Por que eu não sinto o meu pé? — falou alto com a voz fina que já estava me dando nos nervos.

𝗕𝗲𝘀𝘁 𝗣𝗮𝗿𝘁 | Alex KarevOnde histórias criam vida. Descubra agora