V Capítulo: "Eu Te Amo"

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Já dizia o ditado "A Vida É  Bela Quando É Bem Vivida" mas a minha, a cada minuto que se passava as coisas tendiam a piorar.

Os meus dias já não eram os mesmos e a minha alegria também, aliás, que alegria? Eu já não conseguia sorrir, não conseguia nem tirar um sorrisinho que fosse verdadeiro, pois a escuridão e dor que me assolavam me impedia.

Os meus amigos até tentavam fazer-me rir, mas era dele que eu precisava. Eu precisava de o ter por perto. Precisava ouvir a sua voz todo dia. Eu precisava ouvir da sua boca e ver nas suas atitudes uma voz dizendo que me amava.

Eu precisava ouvir ele falar "Eu Te Amo" com a sua própria boca.

Me é difícil de aceitar que é o fim, me foi difícil de acreditar que não teríamos mais aqueles momentos nossos, aqueles planos malucos e as conversas distraídas do nosso dia-a-dia.

Me é difícil  aceitar que ele já não faz mais parte do meu dia e nem eu faço mais parte da sua tarde. Difícil me é acreditar que não o verei de noite e nem pela madrugada serei o motivo dos seus sonhos.

Eu não acredito que as minhas palavras o feriram de tal modo que nem deu mais chance a um último abraço, último beijo, último momento e um último "Eu te amo".

Se tivesse como voltar, eu voltaria! Voltaria para o início e mudaria tudo que o fizera terminar.

Voltaria para o começo e mudava de atitude.

Voltaria para ao início, ao começo de todas as coisas e faria tudo por tudo para ter o que já tive e não pude valorizar como devia.

Por vezes só sentimos falta do que já não se pode ter. Queria o ter de volta, queria apenas mais uma volta e na volta ver se ele vai ou se volta.

Hoje com lágrimas nas vistas e olhos enxados clamo por um amor que já  foi "eterno". Clamo por alguém que jurou nunca ter saído daqui. Clamo por não ouvir mais o seu "Eu te amo".

Clamo por não perder noites por causa dele, clamo porque o quero. Eu clamo porque o amo.

Até agora não consigo imaginar o que se passou pela minha cabeça, quando permiti que isso chegasse esse extremo.

Abri a mão do meu amor! Abri a mão do meu coração! Eu sinto como se tivesse aberto a mão de uma parte da minha vida e que hoje não consigo mais zelar.

Sinto que cavei a minha própria cova e me interei com todos os meus sentimos. Tantos os bons e como os maus.

Tudo saiu do meu controle, uma mistura de amor e ódio, de bonança e cobrança, de alegria e tristeza, de paz sem tranqüilidade, essa sou eu no fundo do poço.

"É triste o amor acabar, é triste o amor ter fim, é triste eu gostar de você e você não gostar mais de mim."

Era triste não saber se ele ainda gostava. Era triste ficar o bloqueando e desbloqueando só para ver se encontraria uma mensagem sua.

- Era triste, era realmente triste!

"A tristeza não mata, mas machuca e maltrata..."

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