5: Aldeia Singi

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Após apenas dois dias de viagem, Hayuta já havia percorrido mais da metade do caminho em direção à vila Tenji - pelo menos era o que ele imaginava. Enquanto avançava pela estrada, contemplava a deslumbrante paisagem ao redor: campos repletos de diversas plantações se estendiam até onde a vista alcançava.

O ar fresco acariciava os cabelos de Hayuta, relembrando-lhe dos anos quentes que passara na Terra. Contudo, ali, a temperatura era equilibrada, tornando até mesmo o sol do meio-dia refrescante.

Enquanto seguia seu trajeto, Hayuta consultava o mapa que sua mãe lhe entregara. "Não foi tão difícil me localizar", pensou consigo mesmo. "Originalmente, eu deveria chegar aqui em mais ou menos dois dias, mas com minha agilidade aprimorada, consigo aumentar minha força física e correr muito mais rápido. É como se fosse de uma cidade a outra de moto, porém eu estou a pé. Claro, com uma moto, eu chegaria ainda mais rápido."

Distraído com o mapa, Hayuta pisa em algo no chão e decide verificar o que é. Para sua surpresa, depara-se com um homem caído à beira da estrada de terra.

Agindo rapidamente, Hayuta guarda o mapa em sua mochila e corre em socorro ao homem. Ao tentar verificar sua condição, percebe que o homem está inconsciente. Retirando sua garrafa feita de couro de coelho, Hayuta percebe que está vazia. Então, ele abre a mochila em busca de comida, apenas para descobrir que acabou com todo o seu estoque de água e comida. "Droga, corri tão rápido que nem reparei que também estava consumindo muito rápido os meus recursos básicos", - Velho senhor, eu lamento.-

Com o mapa em mãos, Hayuta procura por alguma vila nas proximidades, considerando os vastos campos repletos de diversas frutas ao redor. Logo avista um pequeno vilarejo não muito distante dali.

Enquanto o sol brilha e o vento sopra suavemente, Hayuta olha para o homem caído. Com a barba longa e os cabelos laranja desgrenhados, suas vestes rasgadas e o forte cheiro de álcool, o homem parece estar em péssimo estado. Determinado a ajudar, Hayuta o ergue e o coloca em suas costas. "Vou te tirar daqui, velho senhor".

Ao se aproximar do vilarejo, o homem começa a recuperar a consciência. Hayuta para e pergunta se ele está bem. Confuso, o homem pergunta por que está nas costas de um garoto.

"-Eu o encontrei desmaiado no chão mais à frente, e estou o levando para um vilarejo para cuidar de suas feridas-", explicou Hayuta.

"Garoto, quem foi que disse que eu precisava da sua ajuda?", questionou o homem enquanto se jogava das costas de Hayuta, caindo no chão e machucando o braço em algumas pedrinhas espalhadas ali.

"Velho senhor, acho que você precisa sim da minha ajuda. Veja", disse Hayuta, apontando para frente para mostrar que estavam a poucos minutos de um vilarejo, com algumas casas e formas visíveis.

O homem então perguntou se Hayuta tinha dinheiro para emprestar, afirmando que estava com fome, mas que conseguia andar por si só. Hayuta o encarou e respondeu: "Sim, tenho, mas não sei se deveria fazer isso. Você provavelmente compraria bebida novamente!"

O homem resmungou e exigiu: "Você vai me dar ou não, seu pestinha?" Hayuta retirou uma moeda de ouro de sua mochila e entregou para o homem. "Aqui está. Espero que isso lhe ajude, velho senhor."

"Oooh, muito obrigado, meu jovem. Espero poder vê-lo novamente", disse o homem, começando a caminhar em direção ao vilarejo, enquanto Hayuta o seguia calmamente.

Oritânia Saga GoldOnde histórias criam vida. Descubra agora