Capítulo 5. Isso é apropriado?

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Às vezes você não precisa estar mascarado para se tornar difícil de se identificar, era até mais simples estar de um assalariado comum. Seria facilmente um figurante num filme da Marvel. De papel tão pequeno e insignificante que a Disney arriscaria tornar num personagem de uma minoria, faria uma propaganda escandalosa, e daria essa representação uns 15 segundos, no método clássico de piscou perdeu.

Wade não usava nem o dispositivo de distorcer imagem, e nem o uniforme (ao menos não por cima, visível a todos) de Deadpool. O rosto estava exposto, cabelo loiro aparado num undercut, em um terno vermelho, sendo mais específico, um vinho fosco. Porque ele estava de segurança, e mesmo sendo um evento pomposo, se precisasse socar alguém, sangue em vermelho combinava.

E vermelho lhe caía bem.

— Era o que Vanessa costumava dizer — falou Wade, pensativo, dando um gole no champanhe.

Deu um pequeno sorriso em meio a nostalgia.

— O que disse?

— Hm? — Wade se virou e lá estava Peter.

Olhava-o com curiosidade, piscando algumas vezes. Os olhos castanho-escuros eram amistosos.

Ele também segurava uma taça de champanhe. Vestido de um terno azul marinho, uma gravata rosa estampada, parecia macia, mas não mais que seus cabelos castanhos mais cedo. Naquele momento estavam impecáveis, penteados para trás com gel, no entanto naquela tarde viu senhor Parker cochilando no sofá da cafeteria que foram visitar, e seus cabelos curtos para todos os lados.

— Nada demais — respondeu Wade a ele, lhe devolvendo um sorriso.

É isso que você queria, Disney?! Algo que sugerisse minha pansexualidade num subtexto, para terem pink money e não desagradarem seus investidores "cidadãos de bem"?! Políticos LGBTfobicos descaradamente?! Pro inferno vocês!

Peter pendeu a cabeça para o lado, confuso do porquê o humor do Wade mudou de repente.

— Está tudo bem? — perguntou a ele.

O humor dele mudou novamente, Wade voltou a lhe sorrir, não tendo mais aquele olhar perdido:

— Sim. E contigo?

Peter deu de ombros.

— Não sou muito bom nessas "festas", mesmo sendo para arrecadações e parte do trabalho.

— E quem é? — lhe confortou Wade.

Mas Peter apontou sutilmente para Tony Stark, batendo papo com várias pessoas, tirando fotos, descontraído.

Wade arqueou a sobrancelha e olhou para o senhor Parker.

— Não tinha dito que não gostava de ser comparado ao Stark?

— Sim, mas...

Wade o interrompeu:

— Para o bem ou para o mal, vocês são muito diferentes, b... senhor Petey.

Peter sorriu e girou a taça na mão, não bebendo.

— Já ficamos muito tempo nesta festa, seria melhor irmos antes que ele me note e venha falar comigo.

Peter não aguentaria ouvir Tony se oferecer a fazer uma versão "melhorada" de seu traje.

Wade o seguiu, terminando a bebida, surpreso que quase o chamou por um apelido. Não que ele não tenha usado antes em outras pessoas, mas era mais constante de ser usado para seu parceiro de patrulha.

Deveria ir patrulhar com Homem-Aranha nesta noite ainda? Seu trabalho de guarda-costa parecia que iria terminar mais cedo, por fugirem da festa. Mesmo assim entrou na limusine e ficou ao lado dele.

Querido Senhor PeterOnde histórias criam vida. Descubra agora