Capítulo 4

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- Ei, vocês duas — ouviu uma voz atrás de si, virou a cabeça lentamente vendo um cara com o cabelo de banana chamar duas garotas.

Começou a andar um pouco mais devagar, só para escutar a conversa... talvez.

- Ahn? — essa dúvida rápida saiu da boca de uma das garotas.

- Que classe o Hanagaki do segundo está?

- Na terceira...

- Valeu — e saiu.

- Desde quando temos gostosões assim na escola? — a amiga diz para a outra.

- Ele deve ser do terceiro ano, por causa do uniforme.

Mas aquele cara está procurando Takemichi, não está? Inspirou fundo com brilhos ao seu redor.

- Certo - sussurrou - vou curiar.

Começou a andar como quem não quer nada, de forma lenta, procurando a sala do Hanagaki, já que perdeu o bananão de vista.

De onde surgiu mais dois caras com muletas? Bem, isso não importa agora.

- Ei, quem é você seu cabelo de banana? — apontou para o cara.

- Sou o atual número três da Valhalla, prazer — ele acenou sorrindo.

- Valhalla? — você perguntou inclinando a cabeça em direção a Takemichi.

- Pois é...-— ele sussurrou.

- O que isso te interessa?-— voltou atenção para o outro.

- Ahn, tudo — cruzou os braços. — Sou amiga dele. Algum problema?

- Problema nenhum! Quer vir com a gente por acaso?

- Quero.

- Não precisa [Nome]-chan — o Hanagaki balançou as mãos.

- Se preocupe com você, que de mim eu cuido. Vamos.

- Ótimo, vamos manita — ele começou a andar na frente.

- Manita? — perguntou ao falso loiro, que apenas balançou a cabeça negando.

Já na rua conseguia ver o movimento, que por sinal, é vazio. Ainda bem que tem spray de pimenta no bolso, só para garantir.

- É do terceiro ano? — perguntou tentando puxar papo, ou conseguir informações.

- Sim.

- Se alguém famoso como você estava na nossa escola naquela época, imagino que todos fariam um grande caso disso — e olhou de relance para o seu amigo. Dá para notar que ele está tenso.

- Eu só estudei lá por um semestre.

- Hein?

- Eu fui para uma escola reformatória.

Reformatória... pelo visto ele é barra pesada.

- Reformatório? Você foi preso?

- Foi tudo culpa dele.

- Dele?

- Veja, estamos quase chegando — ele disse como se não estivesse falando de outra coisa à literalmente poucos segundos.

Você fez sinal de lelé da Cuca quando soube que o mais velho não estava olhando. O Hanagaki relaxou mais um pouco. Pelo menos sabe que não está sozinho.

O clima lá é totalmente diferente, e muito! Mais pesado e logo se sentiu desconfortável.

- Você pode até ver a fumaça densa aqui dentro — sussurrou —, quase como o pulmão de meu avô.

 𝐕𝐚𝐬𝐨 𝐝𝐞 𝐯𝐢𝐝𝐫𝐨 [𝐌𝐢𝐤𝐞𝐲 𝐱 𝐥𝐞𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚] Onde histórias criam vida. Descubra agora