Lei de Izuku

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Este é o último capítulo! Foi uma bobeirinha curta, só pra passar o tempo~ espero que tenham se divertido ❤️ muito obrigada a quem leu 😭

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O inverno estava rigoroso, e Izuku achava um absurdo não ter férias longas durante o período. Ele só queria ficar de dezembro a fevereiro debaixo de uma montanha de cobertores quentinhos, preferencialmente abraçado às costas quentes de Kacchan ou, melhor ainda, ao peitoral dele. Ah, é! Ali, com certeza. Mas não podia. Vida injusta, é a verdade. Não podia ter férias longas e nem ficar quietinho com o namorado na cama.

Kacchan estava na América do Norte há quase duas semanas para uma missão secreta e perigosa. Deixou Izuku para trás — é claro — sofrendo de preocupação e saudade, sem muito acesso a informações de confiança, como sempre.

Até tentava se distrair com as preparações do trabalho de conclusão, que já havia sido modificado quinhentas vezes e ainda estava um lixo, porém continuava pensando em Kacchan. Certamente seu orientador estava pronto para lhe dar um pé na bunda na próxima vez que visse o esboço daquilo. O que Izuku podia fazer, afinal? Eram muitas emoções e muito cansaço, o cérebro dele já estava a ponto de definhar, não aguentava mais ler tanto artigo científico.

Ele queria a montanha de cobertores. Kacchan lá também, de preferência em cima dele. Peladão. Quentinho e cheiroso. Longe daqueles vilões e das lutas violentas. Izuku faria uma boa massagem nas costas dele, e na cintura, nas coxas, nas panturrilhas, na bunda... Enfim. Só isso, um pedido humilde.

Não poder ter acesso a nada — nem sequer uma ligaçãozinha de dez segundos —, apenas ficar enfurnado no apartamento com Sero, fuçando alguma revista acadêmica e olhando os sites de estágios, ouvindo as músicas horrendas que o colega de apartamento gostava, deixava Izuku lelé das ideias.

A verdade tem que ser dita: pior que passar o dia dos namorados solteiro — e recebendo chocolates de amizade — era passar o Natal sozinho. Que Deus tivesse piedade. Izuku esteve sonhando que levaria Kacchan para conhecer a sogra em um jantar em sua casa, uma coisinha simples e reconfortante, com a comida natalina gostosa de sua mãe. Às vezes, dava graças aos Céus por ela ser católica e não deixar passar a data sem assar um bom pernil.

Kacchan era budista, mas dificilmente negaria participar de uma ceia. Izuku dificilmente negaria qualquer oportunidade de bater um rango. Era isso que os unia, almas gêmeas e essas coisas.

A noite de Natal era em dois dias, e Izuku pretendia ir para casa assim que escrevesse pelo menos mais cinco parágrafos do projeto, no entanto, como era de se esperar que acontecesse mais cedo ou mais tarde, tudo começou a dar errado.

Primeiro foi o sinal de internet que foi para o beleléu, talvez por conta da nevasca fodida lá fora. Izuku deixou de lado, decidido a não se estressar. Depois recebeu uma mensagem automática da prefeitura informando que havia caído uma árvore nos trilhos e as viagens de trens estavam suspensas até que fosse resolvido. A Lei de Murphy poderia muito bem ser renomeada para Lei de Izuku.

Aí Izuku estava quase subindo pelas paredes. Não suportaria passar o dia especial com Sero, fazendo coisas da faculdade e comendo comida ruim. Era sério. Logo as aulas voltariam, ele só queria um descanso.

Mas não acabou por aí, porque, no dia seguinte, Dynamight estava em todos os canais de televisão, e a notícia estava longe de ser boa.

Depois de saber que Kacchan estava de volta, internado no hospital com vários ossos fraturados, fazendo algumas cirurgias e inconscientemente, Izuku não tinha mais intenção de ir para a casa. Avisou logo à mãe que ficaria devendo, mas tentaria vê-la antes ou depois da virada do ano.

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⏰ Última atualização: Jul 14, 2022 ⏰

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Midoriya Izuku, o sortudoOnde histórias criam vida. Descubra agora