∆ Capítulo Nove ∆

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- Preciso de uma motivação para não matar alguém hoje - Erik resmungou enquanto subia na cama de Charles.

Charles tirou seus olhos e sua atenção de um livro que lia para olhar o alemão, deitado no outro lado da cama, o encarando como se o fosse um pedaço de carne assada. O telepata tirou os óculos que estavam em seu rosto e os segurou, pois sabia que voltaria a ler após falar com Erik.

- Não vamos transar se você for preso - ele deu de ombros, colocou os óculos no rosto e voltou a ler seu. - Essa motivação te convenceu?

- Essa me convenceu - o ruivo sorriu ladino para o moreno, que sorriu em resposta. - O que está lendo?

- Hm - o telepata bufou. - Um livro sobre raios gama.

- Pode ler isso pra mim? - Erik pediu. Charles o encarou confuso. - Por favor?

Charles riu, sem abrir a boca. Costumava fazer isso quando achava algo realmente engraçado. Tão engraçado, que ele nem abria a boca para rir, senão, ao invés de risadas, seriam gargalhadas, bem altas.

- Não vamos transar de novo, Erik - ele declarou ainda sorrindo.

- Não precisamos transar! - Erik deu de ombros.

Charles abaixou o livro em suas pernas e encarou Erik por debaixo dos óculos.

- Quis dizer, não vamos fazer qualquer coisa relacionada a sexo de novo, Erik.

Erik bufou.

- Você fala como se não quisesse...

- Eu não... Eu não quero! - Charles entrou na defensiva, como uma criança dizendo uma mentira com a total certeza que era verdade. - Eu não quero e... E pronto! Eu não quero por que eu... Por que eu não quero, pronto! Acabou o assunto.

Erik riu. Uma risada que fez Charles corar nas bochechas e na ponta do nariz.

- Eu posso ir ao banheiro?

Charles o encarou novamente.

- Não precisa pedir para ir aí banheiro na minha casa, Erik. - ele disse.

- Eu pedi permissão por que não vou fazer coisas as quais você acha que eu iria fazer se eu me levantasse e fosse ao seu banheiro, Charles. - Erik sussurrou isso e o estômago do telepata começou a embrulhar, imaginando perfeitamente o que Erik queria ir fazer no seu banheiro.

No fim, Erik simplesmente saiu de baixo das cobertas, dando o indício que iria se levantar. Mas antes que isso acontecesse, Charles segurou seu braço e o parou.

Erik virou a cabeça para olhar Charles e o mesmo ainda estava vermelho em sua face.

"Como era possível alguém ser tão belo até com a pele avermelhada de vergonha?", pensou Erik, se sentando na cama.

- O que foi?

Charles nada disse.

Erik passou a mão direita em seu rosto e ele e Charles ficaram se encarando por um tempo.

O verde no azul.

Erik nunca admitiria para alguém, mas Charles foi a única pessoa que o fez mudar completamente seu jeito de ser. Não para lá outros, mas para com ele. Para Charles. Ele sabia, lá no fundo de seus pensamentos e de seu coração, que uma hora ele iria acabar se apaixonando por Charles.

Ele só não sabia que seria ali, olhando para as belíssimas sodalitas de Charles.

Erik Lehnsherr on.

𝐃𝐈𝐑𝐓𝐘 𝐌𝐈𝐍𝐃 • ᶜʰᵉʳⁱᵏOnde histórias criam vida. Descubra agora