∆ Capítulo Dezenove ∆

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— Com o que você sonhou? — Erik perguntou. Seus dedos acariciando o antebraço de Charles após terem voltado para o quarto do alemão e terem deitado na cama.

Charles bufou e encarou algum canto do quarto atrás de Erik, sentindo um arrepio aos toques do ruivo e algumas borboletas na barriga por saber que era ele quem estava lhe fazendo carinho.

— Nada com o que deva se preocupar. — Charles respondeu, voltando seus olhos azuis para os verdes á sua frente. Ele sorriu para Erik e o mesmo fungou, sabendo exatamente do por que Charles não queria comentar sobre aquilo. — Que foi?

— Está com receio de me contar?

Charles sorriu e negou.

— Não, por que eu deveria? — ele perguntou.

— Por que eu te conheço, Charles. — Erik comentou, fazendo Charles franzir a testa. — Sabe que vai ficar com essas marcas pra sempre, não sabe?

Charles revirou os olhos e bufou.

— É, eu sei. — o britânico riu e tocou sua testa. — Tenho que parar de franzir a testa.

— Não estava falando da sua testa, Charles...

O telepata não pode evitar franzir sua testa novamente, em seguida desviou seus olhos dos de Erik e encarou onde ele estava acariciando. Seu pulso. Charles nem havia notado as carícias de Erik descendo de seu antebraço até seu pulso, acariciando agora algumas de suas quase invisíveis cicatrizes.

Charles automaticamente se soltou das carícias de Erik, se movendo na cama e se sentando na mesma. Erik franziu seu cenho e se sentou na cama junto de Charles.

Enquanto o moreno encarava os lençóis, Erik encarava o perfil de seu namorado, completamente preocupado mas não curioso sobre as cicatrizes. Sabia muito bem o que elas significavam.

— Me desculpe, Charles. — Erik disse após segundos quietos. — Não deveria ter dito nada...

— Não, está tudo bem, Erik. — Charles se pronunciou, tocando na coxa de Erik e a acariciando, tentando passar a mensagem de que não havia sido culpa do alemão. Ele desviou seus olhos para encarar Erik. — Eu que peço desculpas.

— Você não tem que se desculpar por nada. — o mutante controlar de metais falou com sua voz se sobressaindo a de Charles. Suas mãos que estavam se apoiando no colchão foram para frente de seu corpo e seguraram na mão que Charles acariciava sua coxa. — Mas, eu realmente quero saber do por que delas existirem.

— Você não entenderia.

— Acredite... Eu vou.

— Eu não... — Charles se desviou das mãos de Erik sobre a sua, tirando sua mão da coxa do alemão. — Eu não quero falar sobre isso, Erik.

Charles saiu de baixo dos lençóis e se levantou da cama tão rápido quanto quando se deitou nela.

Erik se levantou na mesma hora que viu Charles se levantar e colocar seus sapatos.

— O que está fazendo? — Erik perguntou, não se importando de estar sem sua camisa em frente á Charles. — Charles?

— Eu... — o menor suspirou ao terminar de colocar seus sapatos e se virar para encarar Erik completamente perdido em toda aquela situação.

— Charles?

Erik se aproximou do telepata e segurou seus braços, não os apertando muito, pois sabia o quão desconfortável aquilo poderia ser se uma pessoa fizesse com ele. Ele encarou os olhos de Charles enquanto o britânico tentava ao máximo não olhar para as orbes verdes do companheiro.

𝐃𝐈𝐑𝐓𝐘 𝐌𝐈𝐍𝐃 • ᶜʰᵉʳⁱᵏOnde histórias criam vida. Descubra agora