Uma brisa noturna flutuou pela janela aberta. Embaraçando meus cabelos, ofegante sequei o suor em meu rosto e nuca, eram assim algumas das noites em que acordava com meus pesadelos.
Cambaleei até a janela semiaberta e à abri mais, deixando livre a vista da cidade de Tóquio, devia ser em torno das 4 da manhã. Sentei-me no recamier e observei a imensa cidade que havia sob mim, gostava de como tudo ao meu redor era tão grande, assim sentia. Sentia toda angústia e solidão que foram destinadas a mim, desde aquele dia.
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Ficou ali, sentada esperando o tempo passar até o sol começar a nascer. Levantou e foi se arrumar para a faculdade, era um dia frio em Tóquio, logo após tomar banho vestiu uma saia preta plissada que ia até a altura de seus tornozelos, uma blusa preta de manga longa e gola alta, e calçou uma bota preta cano curto. Colocou alguns acessórios em prata e penteou os cabelos molhados.
Antes de sair pegou a bolsa grande e de couro preta que sempre levava pra faculdade com seus materiais. Iria a pé para aproveitar e sentir o vento frio contra seu rosto. Amava o frio, amava a sensação de sentir ele na sua pele, era uma das coisas que a fazia lembrar de que ainda estava viva. Passou em uma cafeteria que gostava para pegar um café e seguiu andando a caminho da faculdade.
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Oikawa se arrumava as presas na esperança de chegar a tempo na faculdade para a encontrá-la. Havia ficado até tarde acordado pensando e elaborando planos para conseguir reconquistá-la, e como consequência disso, não conseguiu acordar com o alarme de manhã. Acordou graças a uma das diversas ligações de Iwaizumi, e quando viu que já se passava das 12h se apressou para sair o mais rápido possível.
Tooru havia pensado muito durante o resto do fim de semana. Todos esses pensamentos giravam em torno de você, sobre o porquê de estar tão diferente e apática. Ele queria trazer sua [nome] de volta. Talvez as coisas não seriam como antes. Logicamente não, pois já haviam se passado seis anos. Mas ele queria tentar, a saudade dentro de seu peito o corroía, tinha saudade de como as coisas eram simples e fáceis.
OIkawa sentia que tinha que ajudá-la a sentir-se o mais viva possível enquanto estivesse ao seu lado novamente. Sentia que tinha que reconquistar sua confiança, sua alma e seu amor.
Era por volta das 16h, as gotas de chuva batiam fortemente na vidraça. O som da canetinha riscando no quadro o fez despertar, observava a paisagem à fora enquanto seu professor falava algo sobre "Dimensão cultural do movimento humano". Bom, era isso que estava escrito no quadro.
Não estava com cabeça pra isso, pegou seu casaco e se retirou da sala. Não havia conseguido te encontrar e estava frustrado por isso.
O tempo estava nublado e chuvoso. Saiu da faculdade, caminhando pelos arredores sem se importar se iria acabar se molhando ou não.
Por que mesmo depois de tanto tempo sentia que ainda iriam se encontrar? Nunca deixou de ter esperança, se sentia ingênuo por ainda acreditar em algo que era pra ser somente um romance adolescente. Mas era diferente, pois era você. Seu primeiro e único amor. Obvio, que já se relacionou com outras garotas, mas nenhuma era como você, nunca iria esquecer de todos os seus momentos juntos. Os quais teve certeza de que acabou sendo a melhor aposta perdida de sua vida.
Chegou a uma praça local, qual aparentemente não havia ninguém pelo fato de estar um dia frio e chuvoso. Sentou-se em um banco qualquer e observou o local, até identificar uma figura semelhante deitada ao lado de uma das árvores da praça.
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When is our eclipse- Oikawa
Acak"~Há quem brilhe na segunda fila e se eclipse na primeira." ~Voltaire
