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LAYLA
Miami

LAYLA Miami

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Acordei com uma tremenda dor de cabeça, me levantei e fui me apoiando nos móveis até a cozinha.

- Tem algo pra dor de cabeça? A minha parece que vai explodir. - me sentei na bancada, tentando lembrar o que eu fiz.

- Te avisei pra não misturar todas aquelas bebidas.

- Eu fiz o que?- falei desacreditada.

- Ah, fora a cocaína e o baseado que você fumou. - Arregalei os olhos.

- Como que você deixou eu fazer isso, Uriel?- quase caí da bancada quando ele terminou a frase.

- E eu nem te falei sobre as 3 pessoas que você pegou.

- espera, eu só me lembro de 1. - Já conseguia sentir a ressaca moral.

- depois de um baseado e toda essa mistura, você realmente achou que ia lembrar de algo? Você só ficou em pé naquela festa porque é um anjo, e tem uma certa "imunidade", mas tudo tem limites.- Uriel começou a rir da minha cara de espanto.

- Pelo amor do pai, Uriel, por que eu fui te escutar? Agora eu estou acabada, minha vida celestial vai por água a baixo, papai vai me castigar, vai arrancar minhas asas.- me sentei no sofá e comecei a chorar.- Eu nunca devia ter saído com você.

- Para de drama, foi apenas uma noite. - ele fala com tranquilidade, e tentei me acalmar ao máximo.

- Tem razão, foi só um deslize, se o papai descobrir ele vai me perdoar.- limpei minhas lágrimas e fui para o banheiro, minutos depois apareci trocada de roupa e pronta para sair.

- onde vai?- me olha de cima a baixo.

- vou terminar minha missão, tenho que voltar pro céu o mais rápido possível. - não deixei ele responder. Abri minhas asas e sai pela sacada, pouco me importava se me vissem ou não.

Cheguei no apartamento de Angelina, guardei minhas asas, dessa vez ela estava dormindo, me sentei na ponta de sua cama, e coloquei minhas mãos em sua cabeça, me concentrei, e minutos depois eu estava em sua mente. Comecei a conversar com ela em sua mente, e sentia a angústia que sua alma carregava, pedi para que ela parasse de se autodestruir, para que ela procurasse a Deus, pois sua fé seria maior que sua necessidade de se drogar. Após passarmos algum tempo conversando em sua consciência, percebi que ela estava prestes a acordar, então me despedi dela.

Andei pelo quarto a procura de seus documentos, ou algo que informe o endereço de sua mãe. Depois de procurar por minutos naquela zona que ela chama de quarto, achei alguns documentos que mostravam onde sua mãe morava.

Saí de apartamento, e fui voando até a casa de sua mãe, quando cheguei, senti um clima totalmente pesado e triste, encontrei a mulher ajoelhada em frente a uma mesinha, que tinha uma imagem de Jesus, um vela acesa, e um rosário em suas mãos. A mulher chorava e rezava baixo, e no final de sua oração, escutei ela dizer " mande um de seus anjos para salvar minha filha ", aquela frase apertou meu peito. Ver o desespero e a tristeza no olhar de uma mãe, que acima de tudo só quer o bem para sua filha.

Alguns minutos depois, a mulher se levantou e se deitou no sofá, aos pouquinhos fiz ela pegar no sono, para conseguir me comunicar melhor com ela.

Assim que sai de sua mente, ela continuava dormindo, olhei para a vela que continuava queimando, e em segundos ela se derreteu em formato de uma flor, espero que ela acredite que o papai está cuidando de sua filha. Senti minha alma mais leve, espero que isso realmente funcione.

Depois de algumas horas, voltei para o apartamento de Uriel, já estava a noite e quando cheguei ele estava vestido com um terno azul escuro, com um cheiro de perfume fortíssimo, e cabelo brilhando de tanta pomada pra cabelo.

- Onde estava?- me pergunta.

- Realizando minha missão, inclusive, já acabei, amanhã mesmo vou voltar pro céu.- falei me jogando no sofá.

- Levanta daí então, tem uma social na casa de um amigo meu.- olhei para ele indignada.

- Não, nem pensar, já fui ontem, e me arrependo amargamente, - ou não- Papai não vai gostar disso.

- É seu último dia aqui, vamos curtir.- me olhou com cara de coitado.

- Eu não posso Uriel...- tentei me controlar.

- Layla, é só hoje, amanhã você volta pra sua vida monótona. - olhei para ele pensando se realmente iria.- uma última vez?

- Tá, última vez, uma última noite, e depois nunca mais. - me levantei do sofá e Uriel me abraçou pulando. Me soltei dele e fui para o meu quarto me arrumar. Tomei banho, escolhi um vestido vermelho e um salto alto branco, arrumei meu cabelo e sai do quarto.

- Vamos?- me pergunta já na porta do apartamento.

- Vamos. - saímos pela porta indo pro estacionamento, Uriel caminhou até um carro conversível, vermelho, destrancou e entramos. Minutos depois, paramos na frente de uma casa gigantesca.

Assim que entramos, encontramos pessoas se beijando, bebendo, cheirando cocaína, um grupinho isolado fumando maconha, música alta e todos gritando. Nada tão normal no mundo humano, do que uma festa dessa. Ao mesmo tempo que sabem se divertir, são tão desprezíveis.

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The devil in my eyes /Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora