4 - Me pede com jeitinho.

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Boa leitura <3

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As duas ficaram trancadas em um pequeno e bagunçado escritório, por cerca de quinze minutos, que pareceu ser uma eternidade para ambas as mulheres. Maya estava extremamente entediada, olhando para um ponto fixo na janela do local. Já Carina, continuava de pé digitando sem parar em seu celular, até o modo que ela digitava estava irritando a loira. Se aquela janela do escritório não fosse vedada, Bishop já tinha jogado fora aquele celular.

Normalmente, Maya já se irritava com a italiana. No entanto, agora isso havia se elevado a um nível que mal conseguia controlar.

— Eu tô com pressentimento muito ruim. – Maya comentou tremendo sem parar uma das pernas. – Alguma coisa vai dar muito errado.

— Nada vai dar errado. Confia em mim.

Maya estava abrindo a boca para responder, quando ouviram batidas na porta na qual Carina havia se encostado. Assim que se afastou para dar passagem, um loiro alto entrou no local.

— Olá, Eu sou Jack Gibson. – Ele se apresentou enquanto caminhava até sua mesa. – Você deve ser Maya. – Apontou para a loira. – E você, deve ser Carina. – Encarou a morena que continuava de pé.

— Sim. — A loira respondeu prontamente quando notou que sua chefe não o responderia. – Isso mesmo.

Se forçando aquilo, Carina tirou os olhos do celular e se aproximou um pouco da mesa.

— Agradeço a gentileza por nos atender tão rápido. – Sorriu para o rapaz que a observava. Maya sabia o quanto aquele sorriso era falso, já tinha o usado um milhão de vezes.

— Certo. – Abriu uma pasta. – Eu tenho uma pergunta para vocês. – Limpou a garganta. – Por acaso vocês estão cometendo fraude para que Carina não seja deportada e assim não perca seu cargo de editora chefe na SWorld Books?

Um silêncio ensurdecedor tomou conta da sala. Para Maya, foi até possível ouvirem quando ela engoliu a seco e o tanto que seu coração acelerou por causa daquela pergunta.

— Isso é ridículo. – A loira sorriu com os lábios trêmulos ajeitando na cadeira tentando manter a calma.

— Onde ouviu isso? – Carina perguntou com a maior naturalidade.

— Um tal de… – Olhou para a folha em sua mão. – Robert Sullivan.

– O senhor Sullivan não passa de um ex empregado amargurado. – Maya a fitou. – Peço desculpas pelo ocorrido. Nós sabemos o quanto você é ocupada e tem jardineiros e outros trabalhadores para atender. Mas se pudermos dizer qual é o próximo passo, nós vamos arrumar toda essa bagunça e ir embora. Não queremos atrapalhar.

Apertando os lábios para não falar mais nada, Maya voltou a focar no ponto fixo da janela.

— Senhorita Deluca, sente-se por favor. – Com relutância a morena fez o que foi pedido. – Deixa eu explicar uma coisa para vocês, o processo que vão abrir segue alguns passos. Primeiro, terá uma entrevista marcada. Eu colocarei cada um em uma sala e farei perguntas pessoais sobre o dia a dia de vocês. Perguntas essas que somente um casal saberia responder. Segundo, eu vou mais a fundo. Vejo registros telefônicos, falo com seus vizinhos e colegas de trabalho e se suas respostas não coincidirem, você. – Apontou para morena. – Será deportada indefinitivamente, e você. – Apontou para a loira. – Minha jovem, terá cometido um crime punível com multa de 250 mil dólares e detenção de cinco anos numa prisão federal.

Desviando o olhar, Bishop olhou para a porta de vidro e viu um homem passando algemado por policiais. Assustada com a possibilidade daquilo acontecer com ela em um futuro não muito distante, voltou sua atenção para o homem que mantinha uma fisionomia séria.

The Proposal | MarinaOnde histórias criam vida. Descubra agora