Carina Deluca é uma poderosa editora de livros que corre o risco de ser deportad para a Itália, onde é seu pais natal. Para poder continuar em Seattle, ela diz que está noiva de Maya, sua assistente. A mulher aceita ajudá-la, mas impõe algumas condi...
The Proposal é um dos meus filmes preferidos e confesso que estou muito animada em fazer essa versão Marina do filme. Espero que vocês gostem da adaptação.
Boa leitura!
Não era nem sete horas da manhã, e Carina Deluca já estava pedalando em sua bicicleta ergométrica e revisando, simultaneamente, mas manuscrito. Sua vida era tão corrida que para se manter minimamente em forma, passava uma hora se exercitando. Enquanto fazia isso, a sua frente deixava a enorme TV de sua sala rodando vídeo de uma trilha no meio das árvores. Ela gostava de imaginar que andava por ali em todas suas manhãs. Quer dizer, ela imaginava isso quando não tinha que estar lendo algo, ou seja, raramente ela desfrutava do seu próprio devaneio.
Assim que concluir o seu tempo de exercício, soltou lá dos pulmões para pesadamente, passando uma de suas mãos pelos filhos dos seus cabelos castanhos grudado em sua testa. Definitivamente, ela detestava sensação grudenta do suor, por isso não esperava mais do que dois minutos para se livrar de suas roupas úmidas e correr para chuveiro.
Deluca era uma poderosa editora de livros. Para chegar a esse patamar tem que se esforçar muito, então se doava por inteiro para continuar no cargo que penou para chegar. Se manter nele, a fazia abdicar de muitas coisas da vida pessoal, mas nesse momento não se importava nem um pouco com isso, já que seu trabalho era seu maior feito e a coisa que mais importava em sua vida.
Após sua ducha matinal, a mulher de olhos castanhos foi até o espelho que estava totalmente embaçado pelo vapor do seu banho quente - banhos quentes a fazer um relaxar. - passando a mão direita para conseguir ver um mínimo do seu reflexo, começou a ser analisar minuciosamente por alguns instantes.
Visualizar seu próprio reflexo era sempre um choque, pois todo dia achava uma marca de expressão nova em seu rosto, ou uma pequena ruga se formando no canto dos olhos. Pelo menos era isso o que ela via. Era nesses momentos que se perguntar se deveria começar a dele plástica. Tudo bem que não tinha nada em sua face que diminuísse sua beleza, mas não gostava do fato de se incomodar com aquelas minúsculas marcas. Só tinha um ano que havia alcançado a casa dos trintas e já temia pela velhice. Se tivesse amigos, provavelmente eles diriam que todos esses questionamentos sobre sua aparência era sem fundamento. Mas ela não tinha amigos.
Depois de passar algum tempo esticando a pele do seu rosto, com a ponta dos dedos, começou a desistir da ideia de fazer uma plástica. Talvez quando chegasse aos trinta e três retornasse a esse pensamento, mas nesse momento tentaria se livrar dele.
Logo que saiu do banheiro, foi em direção ao seu quarto se vestir. Não muito diferente do habitual, escolheu uma calça social preta e uma blusa vermelha de manga comprida. Usar roupa social e sempre estar em cima de um salto alto, não era o que exatamente a agradava, porém não tinha como fugir de sempre estar assim. Seu cargo exigia que ela tivesse sempre um ar de seriedade.
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Antes de sair de casa, se serviu um pouco de cereal para comer e não ficar de estômago vazio. Quando entrava no seu escritório costumava sair à tarde da noite, digamos que esquecer de comer, ou pular refeições, era algo bastante corriqueiro em sua rotina. Tinha consciência do quanto era errado ficar tantas horas sem ingerir nada, mas quando se dava conta já havia acontecido. Muitas vezes, só comia algo porque sua assistente irritante trazia seu almoço e a atormentava dizendo que deveria fazer uma pausa.
