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Os três irmãos Baudelaires, a caminho do Lago Lacriminoso junto com Senhor Poe, pensavam nos acontecimentos recentes. Quando chegaram na casa do Tio Monty, os três tiveram um sentimento que não tinham fazia muito tempo: talvez pudessem ser felizes novamente. Talvez tivessem mais uma chance de recomeçarem suas vidas e pararem de sentir aquele vazio dentro de si. Mas suas esperanças morreram junto com Monty, ou melhor, foram cruelmente assassinadas por um velho conhecido dos Baudelaires. Então, eles tiveram certeza de que nunca, mas nunca mesmo, voltariam a ser felizes. E dessa vez, infelizmente, talvez estivessem certos.

— Aqui estamos Baudelaires. Demo...Demo...Dâmo...Dâmoclei...Dantacla. — falou o Senhor Poe, com uma pronúncia duvidosa.

— Se pronuncia Dâmocles. — Violet corrigiu.

— Em homenagem à criatura apócrifa da mitologia siciliana. — e Klaus acrescentou.

— Não tenho tempo para aprender coisas, o banco já está quase aberto. Enfim, eu acho que terão aventuras emocionantes com a sua nova tutora. Lembrem-se, sempre podem confiar na Administração de Multas. — o Sr. Poe entregou para as crianças um cartãozinho. — Se me dão licença, acho que vou deixar vocês sozinhos nesse cais quase deserto esperando um táxi para levá-los até a casa da sua Tia Josephine.

— Ela não vem nos encontrar aqui? — em relação a todos os outros tutores, Tia Josephine estava dando péssimas primeiras impressões, na opinião de Violet.

— Pois é, ela disse que não poderia vir ao cais e eu não achei educado perguntar o motivo. O que me faz lembrar, eu sei que tiveram momentos assustadores e confusos com aquele homem horrivel... Como é o nome dele? — era, no mínimo, insultante que o Senhor Poe simplesmente esquecesse o nome do homem que estava fazendo da vida dos Baudelaires um inferno, mas os irmãos eram pacientes e o Senhor Poe era o único resto de esperança que tinham.

— Olaf. — presumiram os irmãos.

— Olaf! Quem sabe de onde ele veio? — o Senhor Poe pensava alto, mas ainda assim era um pensamento irracional.

— Nos colocou sobre os cuidados dele. — Klaus respondeu, com um tom de "Mas não é óbvio?

— Eu não chamaria de cuidados, ele é um ladrão e um assassino e até agora ninguém conseguiu prendê-lo, mas eu tenho uma coisa que pode renimá-los jovens Baudelaires. — as três crianças olharam curiosas — Balas de menta! Eram meu segundo doce favorito quando criança. — o Senhor Poe comentou enquanto entregava à eles um pacote com balas de menta, no qual os irmãos eram alérgicos.

Os três irmãos, apesar de estarem agradecidos, não conseguiram disfarçar a cara de nojo e decepção enquanto seguravam o pacote, afinal, queriam manter distância de algo que poderia matá-los, assim como balas de menta ou o Conde Olaf.

— Podem comer no táxi a caminho da casa da sua Tia supérstite. — o Senhor Poe finalizou.

— O que é isso? — perguntou Violet sobre aquela palavra no qual nunca tinha escutado antes, mas o Senhor Poe entendeu que ela estava se referindo a palavra táxi, o que resultou em uma explicação do que era um táxi e, antes que pudessem dizer qualquer coisa, o banqueiro foi embora e, em meio a um daqueles ataques de tosse, gritou para os Baudelaires: Boa sorte!

Os irmãos se entreolharam.

— O que fazemos agora? —Klaus indagou.

— Pegamos um táxi. — Violet respondeu enquanto olhava em volta.

— E onde encontramos um? — Klaus perguntou novamente.

— Deveríamos perguntar para alguém. — Sunny fez um daqueles barulhos como se dissesse "Concordo" enquanto Violet procurava por alguém.

No Way BackOnde histórias criam vida. Descubra agora