Ele bateu a porta com força enquanto você xingava em umas mil línguas diferentes...
Você e o Sanzu não tem lá um relacionamento muito saudável, longe disso, sempre estão brigando ou discordando, descontando o estresse um no outro, terminando e reatando. Mais a dependência emocional que ambos tem um no outro é grande demais.
Você tem seus traumas, que não são poucos, e ele os deles.
Já passava das 3:00 da madrugada, e nada de você dormir, e nada dele aparecer, não é a primeira vez que vocês brigam e ele some por uns dias, mais você sabe pra onde ele vai, o que vai fazer e como ele sempre volta pra você, chapado ou alcoolizado, não conseguindo dizer uma palavra direito.
Você então calçou os sapatos e vestiu roupas de frio pegou a chave do carro e vai atrás dele, geralmente ele se embebeda em um bar perto, e que com certeza pelo horário já estaria fechado.
Quando chegou lá, avistou ele sentando na frente do bar.
— Achei você — Você disse sentando ao lado dele.
— Você... Sempre... Acha — Ele disse encostando a cabeça no seu ombro — S/n... A gente não faz bem um pro outro né ?
— É o que você acha?
— Não sei... Eu amo você... Não quero que me abandone
— Eu também amo você, e... Eu não quero deixar você, mais as vezes a gente passa do limite...
— Eu sei, Eu sei... Me perdoa vai — Ele disse segurando sua mão — Não me deixa por favor
- Eu não quero... Haruchiyo - Você respondeu sentindo sua garganta embolar
- Que bom, eu te amo - Ele respondeu de dando un beijo na bochecha - Vamos pra casa tá
- E quando chegou em casa ajudou ele com um banho, e quando ele deitou pra dormir você foi em direção a cozinha, e chorou por lá mesmo, isso não te fazia bem, não fazia bem pra ele, não podia continuar desse jeito, e você sabia, mais era muito difícil, muito...
Não dormiu a noite inteira organizando os pensamentos e pensando no que fazer, quando tomou a decisão que já devia ter tomado a muito mais tempo.
Na manhã seguinte você estava sentada no sofá esperando ele acordar, e quando ele entrou na sala se deparou com as malas.
- O que são essas malas bebê? - Ele respondeu enquanto ia em direção a cozinha beber água
- São minhas... Eu vou embora
- Como assim vai embora?
- Haruchiyo não dá mais, eu sei que você sabe, a gente... isso... esse relacionamento nunca deu certo, não era nossa hora entende... eu não te faço bem, você não me faz bem... Eu tenho planos...
- E esses planos não me incluem não é? Porque os todos os que eu fiz pra mim incluíam você - Ele respondeu se aproximando do sofá
- Eu sei... Mais eu não quero ter que viver desse jeito, sempre fugindo, com medo... Eu quero uma família...
- A gente é uma família, não precisa ir embora, por que tá desistindo assim, desistindo da gente, eu prometo mudar tá bem... Não me deixa vai
- Não é questão de mudar, entende por favor... A gente não faz bem um por outro...
- É claro que faz - Ele disse se ajoelhando na sua frente
- Não, não faz, a gente tem problemas, traumas, dores... E não era o momento certo, eu não posso jogar as minhas dores em você, eu preciso resolver elas sozinhas, assim como você...
- Eu não faço ideia do que você tá falando e aonde você quer chegar, só para tá bem, vem vamo levar essas coisas lá pra dentro de novo... - Ele comentou se levantando e pegando uma das malas
- Não, eu vou embora... De vez, eu amo você e você sabe disso, mais não dá mais, a gente não dá mais...
- Não você não me ama, se me amasse não ia embora...
- Por favor não complica mais, me deixa ir...
- Seja lá o que tá acontecendo a gente vai resolver juntos ta bem... Nos dois, não precisa ir - Ele respondeu voltando a se ajoelhar na sua frente e segurando uma das suas mãos e beijando.
- Eu preciso... Tem me deixa ir... Sou eu entende, não é você... sou eu, eu preciso me resolver tá... Não era o nossa hora entende, talvez quem sabe um dia a gente tente de novo, mais não agora, eu preciso me cuidar e você também...
- Para por favor - você então se levantou e pegou as malas do chão e foi em direção a porta
- Se cuida tá bom, para com as drogas e álcool, cuida dessa cabecinha...
- Você tá esperando o que pra ir logo embora? - Ele respondeu com a voz embargada de choro
- Adeus então... - E você saiu, entrou no carro e terminou de chorar o que não conseguiu5
anos depois
- Tô te falando, ele era o cara - Você bebia seu bom vinho em um restaurante, enquanto sua nova amiga tagarelava sobre o novo ficante
- Ele vai expor a arte dele naquele evento lá amanhã você vai comigo né? - ela perguntou terminando de comer
- Não sei não, acho que tenho alguma sessão de fotos agendada...
Você sempre amou fotografia, então ela virou seu trabalho.
- Não, não tem eu sei sua agenda de co, vai por favor não quero ir sozinha
- O que é que seu ficante faz mesmo?
- Esculturas com materiais recicláveis essas coisas, vamo, vai ser uma exposição enorme você pode tirar algumas fotosEntão você concordou em ir, no dia seguinte quando foram, você ficou deslumbrada com o local, era enorme tinha lustres e pinturas, esculturas de todo o tipo espalhadas pelo local, era lindo, você então não perdeu tempo e começou a fotografar todo o local, indo pra uma sessão de pinturas com quadros deslumbrantes, uma delas parecia um pouco triste mais ao mesmo tempo tinha alguma coisa que iluminava o local. E você ficou admirando a pintura até sua amiga chegar com o ficante.
- Essa é a S/n
- É um prazer conhece-la, ela fala muito de você
- É, ela fala muito de você também...
- Admirando a pintura, é linda não é, eu conheço o artista vem eu te apresento ele
- Ah não precisa...
- Precisa sim, que isso amiga, vamo lá - Sua amiga então agarrou no seu braço e começaram a seguir o homem- Eiii - o homem gritou chamando outro. E quando ele se aproximou você reconheceu aquele rosto na hora
- Haruchiyo? - Você perguntou encarando o maior, não estava mais com o cabelo rosa, era branco, o olhos azuis se destacavam ainda mais, estava lindo, bem vestido e olhando pra você com um sorriso que você sentiu falta
- S/n, quanto tempo, como você está? - Sua amiga sussurrou algo "vocês já se conhecem?" Mais não responderam
- Eu tô bem... E você? Pintou aquele quadro? Era lindo... Parabéns - Então ele sorriu de novo e você também
- Não só esse... Quer ver os outros?
- Eu adoraria
Então ele a conduziu até às outras pinturas, eram lindas, ele falava de cada uma delas pra você com paixão e nervosismo ele queria que você sentisse orgulho dele, sempre de olho em alguma reação sua, e você não parava de sorrir, estava tão feliz que ele estava bem, que encontrou algo que ama fazer.
- Estou tão feliz por você Haruchiyo... Tô muito orgulhosa - Falou a última parte com um sussurro
Ele então a abraçou, o mais apertado que conseguiu, já fazia tanto tempo que você não lembrava mais do quanto era bom o abraço dele, o cheiro o calor... Você se sentiu em casa... Depois de todos esse anos você estava em casa.
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▷Imagines, Headcons e outras cositas de Tokyo Revengers◁
FanficVenha se iludir com os gangsters