Capítulo unico

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pra você, _PowerGirl00 feliz vida ❤️‍🔥
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A neve caía em flocos pequenos e gelados do lado de fora dos muros de Hogwarts. O natal já havia passado, mas o gelo não havia derretido por completo. Os sextanistas estavam todos agasalhados em frente à lareira do salão comunal da Grifinória. Harry jogava pequenos pedaços de papel no fogo, enquanto Hermione e Ronald discutiam por alguma besteira. Passava das dez da noite daquele sábado de inverno quando uma coruja negra como breu, apareceu em uma das janelas, bicando-a com força para que alguém a deixasse entrar.

Hermione levantou-se imediatamente ao reconhecer a coruja e correu para abrir a janela. A coruja piou estressada e pousou no parapeito, a morena lhe entregou uma guloseima e pegou o pedaço de pergaminho que estava amarrado na perna dela, colocando no bolso do pijama discretamente.

Ronald olhou com desconfiança para a amiga, que logo acariciou a cabeça da coruja, que voou para longe de novo. Ele tocou a perna de Harry, que lhe encarou com as sobrancelhas arqueadas, o ruivo acenou com o queixo para a amiga. Os dois a observaram sorrir envergonhada e pigarrear.

— Acho que foi engano.

Harry franziu os olhos, ao mesmo tempo que Ronald os revirava.

— Claro que foi. — O moreno murmurou, voltando sua atenção á lareira novamente.

— Já está ficando tarde, vou dormir. Boa noite, meninos. — Hermione beijou os amigos na bochecha e logo correu para seu quarto que dividia com Ginny e Lilá.

— Ela acha mesmo que não sabemos?  — Rony falou quando a amiga subiu pelas escadas que levavam aos dormitórios. Harry riu baixinho, dando de ombros.

— Deixa ela. Ela irá contar quando for a hora. — O ruivo bufou, começando um assunto sobre quadribol com o amigo.

Lá em cima, já aconchegada no quentinho do seu cobertor, Hermione puxou o pequeno papel do bolso e o abriu com o coração disparado.

"Venha quando todos já estiverem dormindo. Sinto falta do seu cheiro.
D.M"

Ela sorriu largamente, mordendo os lábios em seguida, e se sacudindo de euforia o mais discretamente possível sob os cobertores. Ela suspirou, colocando o papel sobre o coração e olhando para o teto com os pequenos olhos castanhos brilhando.

Já faziam alguns meses que ela e Draco Malfoy se encontravam "às escondidas". Mas esse termo só era usado por eles, por que quase todos os amigos do casal sabiam dos dois. O primeiro a perceber foi Blasio Zabine, logo depois do primeiro beijo deles na sala dos monitores dos segundo andar. Draco apareceu no salão comunal da sonserina aquele dia, com as bochechas coradas e o olhar assustado. Blasio franziu as sobrancelhas para o amigo e o encarou da cabeça aos pés.

— Parece que viu um fantasma, Malfoy.— Ele disse com diversão. Draco o olhou e fechou a cara.

— Vá cuidar da sua vida, Zabine. — O loiro passou por ele e correu para os dormitórios. Blás riu alto e balançou a cabeça.

Ele sabia que havia algo ali, só não sabia o que. Mas foi só uma questão de tempo e observação da parte do moreno, para ele perceber o que estava acontecendo e entender o motivo de toda a raiva e frustração do amigo. Dias depois, Theodore chegou para ele, em uma aula qualquer e sussurrou ao seu lado:

— Você sabia que Draco e a Granger estão se pegando? — Blás riu baixinho, mas se fez de desentendido. Afinal, aquele não era um segredo dele para compartilhar com alguém.

— Quem te disse isso? — Theo revirou os olhos.

— Qual é?! Até o professor Blinks, que é cego igual uma barata, perceberia a troca de olhares entre eles. — Os dois então olharam para Draco, que estava do outro lado da sala, encostado no armário em silêncio enquanto Pansy tagarelava. O loiro encarava Granger de tempos em tempos, hipnotizado por toda a beleza da mesma. Granger também não deixava passar nenhum movimento dele, o olhando de rabo de olho de vez em quando.

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