028 - Defender

205 26 1
                                    

Mais tarde , estávamos no dormitório, e Blaise e Draco estavam connosco , e estávamos falando sobre o Halloween, de novo.

- se alguém se vestir melhor que nós, eu juro que mato essa pessoa. - Sofia disse, fazendo Pansy dar uma risada.

- mas então , Bella - ela disse me fazendo olhar para ela. - já tem alguma ideia do que vai levar vestido? - Pansy perguntou.

- se eu disser a Sofia vai ficar chateada. - eu disse.
Eu já sabia como ia ser , eu ia dizer como ia e ela ia ficar preocupada demais.

- não vou , pode dizer. - ela disse.

- tem certeza? - eu perguntei.

- uhum. - ela disse com um sorriso leve.

- vampira.

- você já é. - Pansy disse.

- porque eu ficaria chateada com isso? - ela perguntou.

- porque eu vou usar os dentes verdadeiros. - eu disse e ela abriu a boca , e os outros a mesma coisa. - ouçam, não é lá grande coisa , ninguém vai reparar que são verdadeiros.

- isso implica não beijar ninguém. A pessoa pode perceber. - Pansy disse.

- ninguém vai perceber , vai correr tudo bem. - disse me levantando.

- onde vai? - Draco perguntou.

- ao armário. Preciso de ir pegar um livro.

- sei , vai é ver se tem cartas. - Blaise disse e Sofia deu uma risada.
Eu sorri e saí do dormitório, indo até ao armário.

Andei até ao armário , e finalmente tinha uma carta nova.

Eu não consigo
ficar longe de você.

Eu li a carta e olhei para ela confusa , não peguei nenhum livro e fechei o armário, mas quando fechei o armário , estava um garoto da Corvinal ao meu lado.
Eu olhei em volta e olhei para ele confusa.

- precisa de algo? - eu perguntei.
Ele estava com um sorriso de canto , e eu sabia bem que sorriso era aquele.

- estava me perguntando.. se queria vir comigo á sala de poções. - ele disse. Eu olhei para trás , onde era a sala de poções , e já estava sentindo minhas mãos tremendo.
Eu podia saber me defender melhor que todo mundo naquela escola , e podia ter uns dentes que literalmente matam, mas em questões de assédio eu paraliso.

- eu não.. hm , eu tenho que ir. - eu disse tentando sair dali.
Comecei a andar com a carta na mão , mas ele pegou meu pulso e me puxou.

- já? Mas está tão cedo. - ele disse me puxando para mais perto.

- eu já disse que tenho que ir. - eu disse me afastando. O garoto colocou a mão na minha cintura , e eu cobri a cara com a mão , porque ele estava se aproximando , mas ouvi algo batendo contra um armário e de repente a mão dele saiu de cima de mim.
Olhei e Riddle estava lhe segurando contra o armário.

- não a ouviu? Ela disse que não. - ele disse e o garoto deu uma risada.

- e você é o que? Namorado dela? - Riddle o empurrou ainda mais no armário.

- toque nela e eu te arrebento. E não me faça repetir. - ele disse e eu estava apenas assistindo , com as mãos e as pernas tremendo , e com a carta do mesmo na mão.

Riddle o soltou e ele acabou por ir embora, e eu apenas fiquei parada olhando para ele. - está tudo bem? - ele perguntou me olhando.

- eu sabia me defender. - eu disse , sem responder á pergunta dele.

- não foi o que pareceu. - ele disse e eu juro que naquele momento eu só queria tirar os dentes para fora e lhe mostrar do que sou capaz.
Mas em vez disso , fiquei em silêncio.
- Theodore me contou o que vocês conversaram. - ele disse depois de olhar para a carta dele na minha mão.

- e então? - eu perguntei. Eu já não sabia o que falar com ele , não sabia o que dizer e não sabia o que fazer.
Não sabia se o matava ou se o beijava.

- e então que.. eu queria.. hm , esclarecer. A coisa da amortentia. - ele disse. Eu cruzei os braços e me encostei a um armário. - você não devia dar tanta importância á amortentia.

- você também deu importância , se mentiu falando que não sentia cheiro só para esconder seus sentimentos. - eu disse.

- eu sei. - ele disse. - o que quer que eu te diga?

- o que sente , talvez? - eu disse num tom irónico. Ele ficou calado e percebi que as bochechas dele ganharam cor mesmo no escuro do corredor. - Riddle , eu não estou entendendo nada. O Theodore disse que eu te faço sentir uma coisa que você jurava que não existia , mas você demonstra o contrário.
De que vale me mandar cartas e aqueles poemas se você não demonstra nem um pouco do que está lá escrito? - eu disse e ele me olhou.
Eu vi tristeza nos olhos dele , e isso me fazia ficar triste também , mas eu não podia ficar fraca naquele momento.

- eu sei o que demonstro, mas não esqueça que você também mentiu na amortentia.

- eu menti porque você mentiu primeiro otário! - eu disse num tom mais alto. Ele me olhou surpreso e segurando uma risada. - e no final de tudo , você continua escondendo seus sentimentos , e continua olhando para mim para todo o lado que eu vá , e me seguindo para o treino de quadribol, falando de mim para o Theo , e continua me mandando cartas.

- você faz meio difícil de não olhar. - ele disse e eu senti minhas bochechas ganharem cor.

- porque você não me diz sempre essas coisas? - eu perguntei.

- porque eu tenho medo do que possa acontecer se eu continuar. - ele disse olhando para o chão.

- faz o que você quiser. - eu disse começando a andar.

- Bella. - ele chamou. Eu me virei para ele. - podemos só , esquecer o que aconteceu aqui?

- você quer dizer , esquecer nos?

- não. Só, o que aconteceu hoje.

- eu não vou esquecer , Riddle. - eu disse , sendo sincera. Não conseguia esquecer.

- eu não quero que você esqueça. Só estou pedindo, porque sei que é o melhor para os dois. - ele disse e eu fiquei mais confusa do que já estava.

- como você acha que nos afastarmos é melhor para os dois? - eu perguntei.

- apenas sei. - ele disse.
Ele tinha mais alguma coisa para dizer. Eu sabia que tinha.
Mas ele só foi embora.
Como sempre.

Três capitulos hoje ein! Aproveitem <3

se fosse perfeito - Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora