Capítulo I

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Kara Zor-El | Point of View

Fui adotada pela família Danvers quando tinha treze anos, o meu laboratório explodiu, todo mundo acha que foi o laboratório do meu pai, pelo menos foi isso que o laudo pericial disse. Eu sou escocesa, igual meu pai, minha mãe era americana, Henry e Allura Zor-El, meu pai é dono e fundador da El-Tech, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, e eu era o gênio por detrás das invenções inovadoras, meu pai mantinha tudo isso em sigilo absoluto.

Por conta do testamento, só a Eliza sabia da minha condição intelectual. Nunca descobriram oficialmente quem invadiu o laboratório e ativou o gatilho de defesa, mas eu sabia muito bem quem era, na verdade eram, Morgan Edge e Maxwell Lord, os bastardos foram no enterro dos meus pais e tempos depois se ofereceram para comprar o meu Império da tecnologia, mas minha mãe era uma excelente advogada, deixou Eliza responsável por tudo e se ela sofresse algum atentado, eu seria emancipada e cuidaria de tudo sozinha. Então Eliza assumiu a El-Tech de fachada, pois quem comandava tudo era eu e meus projetos. Com o tempo ela mal precisava de mim e eu podia ficar no laboratório criando. 

Por conta do trauma eu só falava com um número limitado de pessoas, na escola até achavam que eu era muda e eu não fazia nada para mudar isso, detalhe eu só falava com a Eliza, ela era uma mulher doce e bondosa, verdadeiramente me amparou, sem ligar para a fortuna que vinha comigo. Ela se importou com meu bem estar e me ajudou muito, principalmente com minha dificuldade em socializar, mas de qualquer forma eu só falava com ela.

- Mãe eu não quero ir na mesma cabine que a Kara. – Alex disse indignada. – Ela é esquisita e vai queimar meu filme.

- Alexandra! Ela é sua irmã e você só pode ir se ela for. – Eliza ordenou.

Rao! Eu tava perdida! Alex fazia parte do grupinho de populares da escola e eu era o alvo de bullying deles, principalmente porque eu não falava. Alex me tratava como um projeto de caridade, mal sabia que ela e a família dela era o meu. 

Fui no meu laboratório e peguei uma das minhas invenções, era uma caixa com ferramentas, o engraçado era que enquanto elas estivessem na caixa, pareciam de brinquedo. Inventei a caixa para facilitar o transporte de suprimentos para regiões remotas, nunca foi aprovado, pois ninguém está interessado em salvar o mundo, então transformei em uma caixa de sobrevivência. Tinha uma barraca, ferramentas para construir uma cabana, geradores a base de agua pra funcionar, ferragens e até um transmissor de sinal, mas esse ultimo era invenção do meu pai.

Coloquei a caixa na mochila que fiz, junto com meu notebook, telefone e tablet, escolhi roupas resistentes e guardei, era minha mochila de segurança. 

A viagem que minha irmã adotiva disse era um cruzeiro, onde todos da escola iam, meu pesadelo particular, mas Eliza dizia que eu devia socializar com pessoas da minha idade. Como eu faria isso se eram burras? E tinham assuntos tão fúteis.

O grande dia chegou e embarcamos no navio, eu fiz minhas pesquisas e não era uma boa época pra viagens marítimas, mas Alex riu quando mostrei a ela, vi mais uma vez se minha bolsa estava conectada na minha pulseira e estava funcionando, esse dispositivo basicamente faz minha bolsa ir até mim, não importa a distância. 

Como combinado Alex teria que me levar com ela aos encontros, depois que zarpamos, ela foi encontrar os amigos e me largou no deck principal, olhei em volta e vi uma menina lendo um livro de física quântica, o que me chamou a atenção, foram seus olhos verdes.

Fui até ela e me sentei na sua frente , ela levantou o olhar do livro por um instante sorriu e voltou a ler, fiquei intrigada, mas não queria falar ainda, vai que ela não seja confiável. 

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