Observação.: A personagem tem entre 7-10 anos.
Meus pais me trouxeram junto com eles dessa vez. Sempre fazem viagens pelas cortes já que são comerciantes, e dos mais importantes.
"Muito jovem pra aguentar uma viagem tão exaustiva" sempre era esse seus argumentos.
Mas por um milagre consegui convencê-los a me levar.
Olho a paisagem pela pequena janelinha da carruagem, estou sentada do lado do papai, que não para de sorrir ao ver a minha animação.
- Já chegamos?_ pergunto pela milésima vez.
- Ainda não pequena._ papai me responde_ Lembre-se quando chegarmos lá se comporte e sempre por perto.
Assinto com firmeza, e olho para mamãe, seus olhos brilham em expectativa.
Me aproximou mais do papai e faço um concha com as mãos perto de seu ouvido, ele se abaixa para me escutar.
- Porque a mamãe está animada?_ pergunto sussurrando.
- Porque é a primeira vez que a nossa princesinha nos acompanha._ ele responde enquanto passa sua mão no meu cabelo negro que nem o da mamãe, sua característica da Corte Diurna, mas sempre gostei mais das duas mechas na frente que eram brancas, da cor do cabelo do papai, herança da Corte Estival, que por coincidência era para onde estávamos indo.
Mas nós estávamos indo por uma caminho diferente, num instante estávamos no meio da floresta no outro estamos sobre uma plataforma e quando olho para a outra janelinha vejo um imenso castelo rodeado pelas águas.
Logo o cocheiro abre a porta e papai sai primeiro para oferecer a mão para a mamãe conseguir descer, nunca entendi isso.
Me levanto e dou umas batidinhas no meu vestido azul claro de alcinhas para tirar o amassado, quando desço vejo lá na frente nos esperando um homem alto com os cabelos iguais o do papai mas, ele era mais velho, suas vestes, uma calça branca e uma túnica azul escuro, seus cabelos cor de neve chegavam até seu ombros cheio de tranças e outros adereços, e descansando no topo da sua cabeça uma coroa bastante bonita.
Vários guardas ao seu redor, papai e a mamãe andam mais para perto e os acompanho, vejo eles cumprimentarem o homem de coroa, mas logo atrás dele vejo um garoto que parece ter a mesma idade que eu, está vestido de um jeito bem engraçado parece um adulto num corpo de criança, ele olha para mim, e sinto um formigamento na barriga, devo estar com fome.
- Essa é a nossa filha._ sinto ser empurrada um pouco para frente, ao escutar a voz da mamãe, o homem de coroa sorriso gentil para mim, ele se agacha na mina frente e faz um tipo de reverência, sorri com o seu gesto.
- É um prazer finalmente conhecer a princesa do Maven, eu sou o Nostrus.
Sorri com isso e devolvo a reverência
- Este aqui é Tarquin, meu primo._ olho para o menino, lhe dou um sorriso de cumprimento_ Bom crianças podem ir brincar, seus pais e eu temos assuntos a tratar._ eles seguem para dentro.
- Quer ver meus brinquedos?_ aceno para ele.
Quebra de tempo
Já estávamos a um tempão brincando, em que eu o convenci a brincar de casinha comigo, os primos deles também vieram brincar com a gente, mas logo tiverem de ir embora.
Saio dos meus pensamentos com Tarquin me balançando.
- Vem comigo.
- Pra onde?
- Meu primo disse que eu tinha que escolher uma presente para dar,vem você vai escolher._ me levanto num instante.
Entramos numa sala bem grande, tinham várias mesas cheia de caixa de vidro, com jóias dentro.
- Qual vai querer?
Em um cúpula de vidro vejo rubis, e tenho certeza que meus olhos brilharam.
- Pode me dar um rubi?
Escuto um dos guardas que estavam na porta se engasgar e começar a tossir, mas ele logo volta para ao normal.
Quando olho pra frente Tarquin tá um rubi bem grande, o pego da sua mão.
- Obrigada._ dou um beijo na sua bochecha.
- Agora vamos voltar, acho que seus pais já terminaram.
Assinto, mas quando chegamos lá nem tivemos tempo de nos despedimos direito.
Quando todos nós já estávamos na carruagem mamãe estava me encara ansiosa.
- O que Tarquin lhe deu de presente?_ ela pergunta sua voz mais doce do que o normal.
Tiro o rubi do bolso do meu vestido, e levanto para frente.
- A senhora acha que dá pra fazer uma pulseira?
Mamãe simplesmente fica de boca aberta, enquanto o papai solta uma gargalhada que faz toda a carruagem tremer.