Azriel

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" Não importa, o tempo nem o lugar eu sempre vou te encontrar"

Essas palavras rodam na minha mente desde que acordei nesta manhã, um sonho bem estranho.

Devo estar assistindo filmes de ficção demais, ontem sonhei com pessoas com asas de morcego, montanhas e olhos âmbar brilhantes.

Balanço a minha cabeça e me preparo para começar o meu dia.

Quebra de tempo

Levanto a minha cabeça ao sentir um toque no meu ombro, abro meus olhos com dificuldade e percebo que dormi.

- Ei moça, já acabou._ uma garota de cabelos rosas curtos e um piercing na sobrancelha, me acorda.

Olho ao redor e vejo ainda uns poucos alunos saindo do auditório.

- Ah, obrigada._ agradeço, a minha voz quase não sai, pigarreio.

Ela assente, e logo sai, me espreguiço na poltrona, e olho um pouco checando se não está faltando nada comigo.

Sinto falta da minha bolsa, procuro ao meu redor desesperada, pensando na dificuldade que eu vou ter para conseguir tirar a segunda via dos meus documentos.

Até que a vejo quase na porta de saída, suspiro de alívio mas quando estou quase lá, alguém acaba tropeçando na minha bolsa, e infelizmente ela sai da minha vista.

Dou um corridinha, até a porta e fico encarando o chão procurando em todos os lugares possíveis a minha vista, me ajoelho para procurar melhor vai ver deve estar embaixo dos armários.

Enquanto estou procurando, vejo coturnos se postarem a minha frente, vou subindo o olhar até encontrar um cara segurando a minha bolsa com uma mão enquanto segura a alça da sua mochila com a outra mão.

Me levanto, e encaro o seu rosto, seus cabelos negros estão um pouco bagunçados, suas feição sérias me encaram, encaro de volta.

O que? Não vou deixe um estranho tentar me intimidar.

- Temo que essa bolsa seja sua?_ ele diz num tom de voz tão... Rouco e ao mesmo tempo presunçoso.

Forço um sorriso, querendo ou não ele me ajudou.

- Sim, é minha bolsa._quando estou para pegar, ela a tira do meu alcance, franzo o cenho.

- Precisa tomar mais cuidado com as suas coisas._ obrigada mamãe?_ E procure não dormir durante as palestras.

Ele deixa a bolsa na minha mão, e sai na direção contrária, seus passos firmes e com a sua postura erguida.

- Procure não dormir durante as palestras._ forço uma voz grossa. E saio imitando as sua postura.

Saio do corredor balançando a cabeça, espero não esbarrar nele de novo.

Imagines-ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora