Dois.

325 54 8
                                    

Sana odiava ser sensível demais e por mais que fosse explosiva ainda sim era sensível como uma criança. Agora que estava conversando com sua psicóloga, enxergava o quão frustrada era e acabou desafinando sobre o incidente com a carteira por mais que não tivesse demonstrado.

— Certo Sannie — Kim Namjoon disse sorrindo — hoje você está liberada e lhe vejo semana que vem, certo? — disse colocando a caneta sob uma mesa ao lado de sua cadeira.

— Certo! — afirmou enquanto se levantava — obrigada e até a próxima.

Deu um leve aceno para o homem que retribuiu e sorriu pequeno. Saiu da sala e ao fechar a porta, colocou a bolsa a frente de seu corpo, abrindo o zíper para retirar o celular e enviar a mensagem para seu pai avisando que estava saindo da consulta.

Quando passou pelo corredor da clínica escutou o jornal notificar uma tempestade, ergueu os olhos e suspirou enquanto observava a notícia e guardava o celular novamente no bolso da mochila.

Alguns pontos irá ter chuva forte. Essa semana é de bastante chuva então fiquem atentos e guardem os guarda-chuvas em suas bolsas.

Engoliu em seco, odiava chuvas. Andou de forma apressada até o elevador apertando o botão e entrando, se deparando com um homem ensopado que tinha um guarda-chuva pingando.

Quando chegou no térreo sentiu um leve arrepio ao olhar através do vidro para o lado de fora da clínica que chovia forte. Sentou em um banco próximo a porta e resolveu mandar mensagem para Nayeon que viesse lhe buscar pois era a única que conhecia que possuía carro.

Sannie 🐱:
Nana, poderia vir me buscar? Está chovendo e eu fui na psicóloga. Eu estou com medo, você sabe...

A mensagem havia sido entregue mas não havia sido lida, então, Sana chegou à conclusão de que deveria ir embora sem ajuda. Respirou fundo guardando o celular no bolso da moletom que usava e colocou a bolsa frente de seu corpo, apertando contra seus braços.

Aguardou por alguns minutos até que a tempestade passasse quando a chuva cessou, se levantou e saiu em meio a garoa até que chegasse em um ponto de ônibus, olhou para o céu e suspirou quando percebeu a chuva retornar e desta vez mais forte, fazendo os respingos caírem sobre os sapatos novinhos. Choramingou se encolhendo, sentindo a ventania junto com os pingos baterem nas pernas expostas.

Em meio às chuva grossa, Sana estava preocupada em observar se o ônibus estava vindo. Um trovão junto de um clarão no céu fez a garotinha entender que a chuva estaria ali por um longo tempo e então começou a chorar. Chorou porque tinha medo dê tempestades e chorou porque se sentia azarada o suficiente assim que um ônibus passou e jogou água em si.

•••

Relutante, Momo saiu dos beijos de seu noivo, enquanto tinha um sorriso nos lábios.

— Amor, desse jeito estarei viciado! — o homem indagou sorrindo.

A japonesa soltou um riso negando com a cabeça enquanto observava o noivo desprender o cinto de segurança e mordendo levemente o lábio inferior.

— Agradeço por me trazer até aqui, princesa. — se aproximou lhe deixando um selinho — te ligo quando eu sair do trabalho!

— Está tudo bem! Tenha um ótimo trabalho — fez um beijinho de esquimó — vou para casa, estou cheia de trabalho da faculdade — suspiro.

Homophobes suck - SaMo. Onde histórias criam vida. Descubra agora