Capítulo 3

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Hi sweets, estou eu aqui para a alegria de vocês espero que gostem e não esqueçam de votar e comentar.

Boa leitura!

Louis degustava de sua refeição em silêncio quando Johanna tropeçou para dentro da sala. Seus cabelos curtos, agora tingidos de uma mistura de verde e roxo, estavam espetados e bagunçados. Ela parecia ter acabado de correr uma maratona, com o rosto corado e o peito subindo e descendo em respiração rápida enquanto seus olhos e sua boca estavam torcidos numa expressão de descontentamento.

Do outro lado da porta, um homem com expressão confusa parecia prestes a desmaiar de susto. Louis já o havia visto no clube, mas apenas algumas poucas vezes; ele dava boas gorjetas, e bebia apenas cerveja. Nunca tentara nada além de danças. Johanna arrancou o casaco de couro da mão do homem abruptamente e fungou. Louis segurou sua vontade de revirar os olhos. Johanna sempre havia sido exageradamente dramática, e fazer uma cena na sala de descanso dos dançarinos do clube era o exato tipo de comportamento que todos esperavam dela de vez em quando.

- Não sou uma prostituta! - Johanna não gritou, mas o seu tom cortou os tímpanos de todos presentes ali. Uma das dançarinas, Eleanor, que atendia pelo nome de Carole nos palcos e se encontrava no outro canto da sala, balançou a cabeça em reprovação e soltou um risinho que fez com que a atenção de Johanna se virasse diretamente para ela. - Algum problema, queridinha? Acho que tem muitos dentes nessa sua boca chupadora de rola, vou arrancar alguns pra você!

Antes que Johanna pudesse avançar sobre Eleanor e suas amigas igualmente risonhas, Finn, um dos bartenders, interrompeu os movimentos de Johanna e fez que sim para que o segurança fechasse a porta na cara do cliente, as sombras do lado de fora do clube o engolindo de volta para onde ficava o estacionamento do estabelecimento.

- Me solta! - Johanna libertou-se dos braços de Finn e bufou, lançando um olhar mortífero para Eleanor antes de virar-se com um suspiro e sentar-se na frente de Louis, na mesa em que o moreno sempre sentava para jantar (quando tinha tempo para fazê-lo). - Maldição.

- Hamburguer? - Louis ofereceu, olhando para o Hamburguer que Luke havia lhe trazido naquela noite. Luke também era bartender, mas ele e Louis haviam nutrido uma amizade rápida durante a sua curta estadia no Loney Hearts.

Johanna balançou a cabeça negativamente enquanto recuperava o fôlego. Louis continuou comendo. Estava faminto, e o expediente começara cedo naquele dia. Irving Azoff o velho que era dono do clube e de metade das casas de entretenimento para ricos da cidade, havia deixado bem claro que seus strippers só teriam a parte da manhã e da tarde para folgarem se não fossem requisitados. Para sua sorte, desde que fora contratado para ali trabalhar há pouco mais de dois meses atrás, Louis só havia encontrado Azoff duas vezes, sendo uma naquele dia.

Na madrugada anterior, Finn havia espalhado o recado de que um grupo empresários europeus havia pousado em Nova Iorque para fazer negócios com e que todos as dançarinos deveriam estar presentes para entretê-los quando necessário. Louis e os outros strippers passaram a manhã e grande parte da tarde sendo cortejados pelos empresários cansados e mal humorados, e ele teve apenas duas horas para dormir antes que fosse acordado para o turno da noite, e cedida alguns minutos para jantar antes de se arrumar.

Algo incomum havia acontecido naquela manhã, e Louis se sentia nauseado só de lembrar-se do ato; temia ter de revivê-lo se recordasse de seus detalhes, e ao mesmo tempo, não conseguia empurrá-lo para o canto de sua mente. Um dos empresários havia pedido a ele uma dança particular, e com os olhos agressivos e observadores de Azoff nele, ele pediu que o homem o seguisse. Não era sua primeira dança particular para um homem naquele clube, e não seria a última. A privacidade da sala fazia com que ele se sentisse mais desinibido, e considerou fazer um bom trabalho quando descera do mastro da sala particular. O empresário de profundas olheiras roxas o olhara dos pés à cabeça antes de puxá-lo pelo braço e beijá-lo com agressividade. Sua boca tinha gosto de gin. Louis pensou em resistir, listando uma série de movimentos de auto defesa que poderia tascar naquele desgraçado, mas lembrou-se da presença de Azoff no palco comum, e como aquela reunião era importante, e como não queria perder seu emprego no seu segundo mês de serviço.

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