Reconquistar

Caminhada

olá pessoas, se encontrarem erros apenas ignorem e sigam a leitura 😉

Espero vocês no final do capítulo 😗

twitter: @dani_savre

Hoje completaria quatro meses que Carina e eu estávamos juntas, não que eu estivesse contando, mas eu acho que nunca esqueceria o dia em que nos casamos, não por questões sentimentais, mas por conta de toda a historia que nos levou ao altar e está hoje aqui, em Porto Rico.

Como sempre a cada vez que o mês virava, a ânsia de saber que o tempo estava indo rápido demais me corroia, porque eu definitivamente não sabia o que o futuro nos reservava, apesar de não nos casarmos por amor, eu estava realmente atraída pela companhia e pelos carinhos da doce morena que carregava meu sobrenome.

Devo confessar que desde que vi Carina se afogando, algo dentro de mim mudou, o medo de perde-la me domou de uma forma que eu acordava sem ar todas as vezes que tinha o pesadelo de vê-la novamente sendo engolida pelas as ondas turbulentas daquele mar agitado, a fazendo ficar desacordada por o tempo suficiente pra eu morrer mil vezes.

Depois desses pesadelos eu acordava totalmente suada, confusa e perdida, era a primeira vez que isso acontecia comigo, isso tudo era medo de perder alguém que eu ao menos conhecia a três meses atrás? A gama de sentimentos que me envolvia após essas noites turbulentas, me fazia se afastar de Carina, porque eu não sabia o que estava passando no meu coração e muito menos na minha mente, eu não estava sabendo lidar e muito menos explicar.

Como explicar algo que é novo? Como não ter medo do desconhecido?

-Posso me sentar aqui com você? -Questionou Gabriela já se sentando.

-Se eu disser que não seria indelicado da minha parte já que já se sentou. -Ironizei olhando para ela que trajava um short curto jeans e uma blusa de crochê branco, por baixo podia ver que ela ao invés de sutiã usava um biquíni rosa. A propósito uma coisa que eu notei, e que as mulheres daqui não usavam lingerie normal por baixo da roupa, elas usavam biquínis, acredito que seja para facilitar a entrada no mar.

-Eu posso levantar se quiser. -Sugeriu fazendo menção em se levantar.

-Não pode ficar. -Incentivei sorrindo fraco para ela, estávamos na praia que ficava perto da nossa casa, era por volta das 17:00 da tarde, Carina não quis me acompanhar para ver o por do sol, queria mais saber o que se passaria na novela, e eu não insisti.

-E um final da tarde lindo para se estar só. -Olhei para a mulher.

-As vezes a solidão pode ser a melhor companhia.

-Isso não é coisa de mulher casada dizer dona Maya, afinal se está casada é justamente para não ficar só.-Maneei a cabeça em negativo.

-Casamento envolve mais que companhia Gabriella, envolve sentimentos, já na questão de companhia isso é resolvido com amigos, um bom filme, livro ou até mesmo um cachorro. -A nativa sorriu em concordância.

-Tienes razón, não tinha pensando por esse lado, mas e como diz minha abuela, vivendo e aprendendo.

-Ahora, tu tienes razón, quiero decir, ella. -Corrigi sorrindo para ela.

-Ta falando espanhol cada vez mejor, muy bien. -Parabenizou batendo palmas.

-Carina tem me ensinado bastante, por exemplo a diferença do muy e do mucho. Muy es para qualidade e mucho utilizado quando quiser referir-se a quantidade. - Expliquei orgulhosa, o español tem lá suas regras gramáticas complicadas que eu ainda estava no processo de entende-las, porém ao utilizar o muy e mucho era um dos meus maiores progresso.