ponto e virgula.| YGXOC

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A festa estava incrível. Não que Elizabeth estivesse prestando atenção, ela se obrigava a manter os olhos fixos no teto, ou no fundo do - provável 8°- copo de champanhe, ela não queria ver a festa que deveria ter sido ela a responsável pelo planejamento, mas ela também não iria deixar de admitir por birra que Ha-yun teria mal gosto.

Ora pois, ela havia escolhido Hoseok como esposo, ela obviamente tinha bom gosto. E sentada a mesa onde havia sido colocada junto ao pais de Hoseok, mais a mãe de Ha-yun e - infelizmente - Min Yoongi, ela notou que não havia perdido toda a pouca dignidade que ela naturalmente tinha. Havia conseguido preservar uma mínima coisa, ao menos nem tudo havia sido destruído.

Mas o coração dela não sabia se aguentaria ficar ali muito tempo, o maldito ditado "O que os olhos não veem o coração não sente." era completamente falso, ela não só sentia como ouvia e cheirava todo o amor e felicidade que Hoseok exalava em relação a Ha-yun.

E malditamente os dois combinavam tanto! Como podia existir um casal tão estupidamente perfeito ao ponto de terminarem a frase um do outro em conversas em grupo que nem eles? Ou adivinhar o que o outro pediria no jantar sem trocar palavras? Ou, ainda pior, terem profissões que simplesmente se complementavam.

- Eu preciso ir ao banheiro. - ela falou pra ninguém em especial e se levantou da cadeira, pegando a bolsa e o casaco, Elizabeth saiu. Ninguém prestou muito atenção porque os olhos de todos estavam no belo casal dançando animado na pista de dança.

Quando Elizabeth se viu do lado de fora das tendas que faziam o salão do casamento - porque o casamento também precisava ser ao ar livre como ela gostaria de fazer o dela - a brisa fria do vento fez ela se arrepiar, passando o sobretudo preto pelos bravos, ela rápida começou a se dirigir ao estacionamento.

Até lembrar que havia vindo com Hoseok e começar a ir em direção a rua para poder chamar um táxi.

Então ela ouviu seu nome sendo chamado. Na verdade não era o seu nome em questão, e sim um apelido. Um apelido que não era maldoso mas fez o peito dela doer. Ela se virou e deu de cara com Hoseok.

- Moranguinho!!

Ele vinha, como sempre, trazendo toda a felicidade e luz do mundo num sorriso em formato de coração e correndo até ela.

- Você ja esta indo embora? O que aconteceu?

Ela respirou fundo e contou até 3 mentalmente tentando não chorar enquanto procurava uma desculpa plausível.

- Eu já estou cansada. - um sorriso pequeno se formou nos próprios lábios. - E também bebi o suficiente, então achei melhor ir, como eu ja discursei e falei com vocês dois achei que era mais fácil ir embora logo e amanhã te ligar. Você tinha várias pessoas envolta, eu não quis interromper.

Hoseok pousou uma mão no braço dela e Elizabeth quis pular pra longe ao mesmo que tempo que quis pular pra ele e chorar contra o peito dele como uma criancinha. Ele sorriu escorrendo gentileza e transformando o gramado num oceano que deixou ela com vontade de se afogar.

- Você nunca interromperia nada. Você é a minha madrinha, deveria ser a última a ir embora! - Ele riu e Elizabeth se forçou a fazer o mesmo, só que mais baixo, enquanto isso ele a encarou com os olhos brilhantes - Mas se você quer ir pra casa eu não vou impedir. Amanhã, eu e Yunie vamos conversar sobre a nossa lua de mel, como o casamento foi marcado antes das nossas férias estamos pensando em adiar a viajem, sabe? Porém, esse assunto não é pra agora. Eu queria me despedir de você antes de ir e agradecer por ter participado de hoje. É o dia mais feliz da minha vida e você estar comigo melhora mais ainda!

Elizabeth não conseguiu falar, então fez a coisa mais simples a se fazer depois de uma fala como aquela. Abriu os braços e esperou que ele a abraçasse, e ele prontamente o fez.