Capitulo 2

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Londres

 Eram quatro e meia de uma tarde de sexta-feira, minutos sagrados em um tranquilo escritório suburbano britânico, o fim de semana finalmente chegou. Camila olhou para os futuros dias com ansiedade, animada com a perspectiva de lançamento de seu livro, o céu nublado combinava com a pintura bege das paredes, que não foram ajudadas pelas fotografias e imagens que tinha pendurada sobre elas. Ela tomou um gole de chá e ligou seu notebook. Ocupou-se do trabalho por um momento e logo depois se permitiu voltar a ler as linhas de sua estória. Ela assentiu com a cabeça ligeiramente satisfeita. Havia uma coisa boa para ser dita e as palavras não precisaram lutar para saltar fora de sua mente.

 Durante os últimos seis meses, ela tinha quase completado seu primeiro livro, e ela se surpreendeu ao encontrar-se satisfeita com o que tinha

produzido. Ela havia se sentido intimidada no início, pela pura arrogância e

ousadia de colocar no papel os seus pensamentos, e certamente ela não permitiu se importar o prazer de imaginar essas curtas manchas de consciência que se destacaram do normal, até mesmo formas de um modo de vida que pode um dia vir a preencher todos os seus dias.

—-

- "Saindo cedo?" Seu pai lhe perguntou com um sorriso.

Ele a tinha apanhado tentando passar sem fazer barulho através dos corredores. Para Camila, parecia particularmente normal estar sexta-feira à noite trabalhando, ela foi forçada a virar e caminhar de volta para vê-lo.

- "Dificilmente cedo", disse ela, com um sorriso. "Na verdade, já são 6h, você

me deve uma hora de horas extras. "

Alejandro riu e recostou-se na cadeira de couro, atando as mãos atrás da cabeça disse:

-"Isto é tudo vai pertencer a você e Sofi um dia, você sabe!"

Ela sorriu mesmo quando sentiu um frio no estômago.

- "Mas isso não vai continuar sem vendas", continuou ele.

- "Você sabe que eu não sou bom em vender, papai" Começou. Ela odiava dizer coisas que o decepcionava.

- "Você não vende seguro de vida" Seu pai lhe assegurou.

- "Eu sei, eu sei, ele vende por si mesmo." Respondeu ela.

- "Exatamente!" Ele sorriu, apontando o dedo para ela. Ele era encantador, ela teve que admitir isso.

"Seguro de vida é uma aposta certa. Nós todos sabemos que vamos morrer. " Afirmou ele.

 Com alívio, ela lembrou que tinha uma forma imbatível de fazê-lo parar, mas ele estava tão feliz com a animação dele que não podia suportar interrompe-lo. Ela sentiu uma onda de admiração passar por ela, seu pai tinha encontrado dentro desta indústria uma paixão que o fez extremamente bem sucedido.

- "Acabei de perguntar ao meu cliente se ele sabe quando vai morrer." Há apenas uma resposta. Então, eu lhe pergunto – "Você está certo de que sua esposa e filhos estão preparados e protegidos para um imprevisto desses?" Ele fez uma pausa para recriar a tensão dramática do momento. –"Então?" Disse ele, batendo seu punho grande em uma palma igualmente grande.

Ela limpou a garganta, não parecia difícil. Eram basicamente

duas perguntas. Ela tentou, mas tudo o que se destacou foi o imaginado

o rosto chocado de cliente quando ela lhe disse com força que ele

definitivamente ia morrer.

- "Talvez eu possa manter o negócio no lado do administrativo, como eu estou fazendo agora." Sugeriu.

I Can't Think Straight (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora