Capítulo 23

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𝒴𝒶𝓈𝓂𝒾𝓃 𝒮𝒸𝒽𝒾𝓃𝒹𝓁ℯ𝓇

Saio do quarto e vejo Gustavo me esperando encostado na parede com os braços cruzados e me olhando sério.

- Que foi? - fecho a porta do quarto da Lia.

-Gustavo: Estou te esperando para dormir - desencosta da parede.

- Vou para casa, Gustavo - falo e ele suspira.

-Gustavo: Qual é? Está tarde e você está caindo de sono, fica aqui - se aproxima e respiro fundo antes de olhar a hora no celular.

Realmente, está tarde, já são 23 horas. Olho-o e bufo.

- Vou ficar no quarto de hóspedes - falo.

-Gustavo: Aquele quarto está com problema na encanação, morena - semi cerro os olhos - É sério, pode ir ver - reviro os olhos e entro no quarto dele.

- Tanto faz, só quero dormir - resmungo indo para a cama.

-Gustavo: Quer outra roupa? - nego.

- Não precisa - só tiro meu sutiã por de baixo da roupa e jogo na cadeira antes de me deitar - Fica do seu lado - falo antes de fechar os olhos e ele apagar a luz.

-Gustavo: Morena - sinto ele se deitar na cama - Desculpa, minha linda - toca minha cintura e bato na sua mão.

- Do seu lado! - falo e o olho por cima do ombro.

-Gustavo: Nem a pau vou dormir separado com você do meu lado - puxa-me para ele.

- Gustavo! - tento me soltar - Me solta!

-Gustavo: Não, estou com saudade - fala me apartando contra ele - Desculpa, minha linda - paro de me debater e suspiro.

- Você não entendeu que ainda estou magoada? - beija minha bochecha.

-Gustavo: Entendi e não quero que fique assim, vamos nos resolver - vira-me para ele e o olho cansada.

- Já conversamos - ri.

-Gustavo: Não, mal conversamos - faz carinho na minha bochecha e olho sua mão.

- Não estou bem para conversar hoje - falo e sinto meus olhos cheios de lágrimas.

-Gustavo: Ei - beija minha testa.

- Estou com cólica e sentimental, se formos conversar eu vou chorar - começo a chorar - Porque doeu ouvir você falando comigo daquele jeito e falar que não sou nada, como se eu fosse a porra de uma babá que dorme com você quando você está com vontade e não significa nada para você e suas filhas! - termino de falar e fungo, ele fica me olhando por alguns segundos antes de começar a rir.

- Você está rindo? - pergunto incrédula - Qual a porra do seu problema?! - levanto-me, pego meu celular e caminho para fora do quarto.

-Gustavo: Morena, vem cá! - estou descendo as escadas quando ouço ele atrás de mim - Yasmin - pego meus sapatos e sinto ele segurar meu braço e me virar para ele.

- Quero ir para casa - falo cansada e vejo o pesar no seu rosto.

-Gustavo: Fica aqui - rio com escárnio.

- Para quê? - seguro o choro - Você ficar rindo da minha cara enquanto estou falando como se fosse algo idiota? - suspira.

-Gustavo: Mas é algo idiota! - abro a boca, mas a fecho quando sinto o choro vir - Você nunca vai ser aquilo que falou para mim - pega meu rosto nas mãos e o enxuga - Eu me arrependo de cada palavra que falei aquele dia - olho-o - Você é tudo para mim e para as meninas, esses últimos dias foram horríveis para todo mundo - suspiro - Sei que eu estava nervoso, mas jamais deveria ter falado daquele jeito com você e não tê-la deixado ver a Cloe - solto um riso nasal - Porra! Você praticamente já é mãe delas, elas te consideram pra caralho - franzo a testa - E nós estamos juntos agora, não quero estragar isso, então, por favor, me perdoa - pisco.

- Sou praticamente a mãe delas? - assente.

-Gustavo: Sim, Lia se referiu a vocês esses dias como "mãe" para mim - mordo meu lábio inferior.

- Ela nunca me chamou assim - sorri de lado.

-Gustavo: Ela tem medo que você não goste - dessa vez eu rio.

- Por que eu não gostaria? - suspiro - Eu estou com você Gustavo, isso quer dizer que aceito as meninas e se eu aceito elas, isso quer dizer que aceito ser a segunda mãe delas.

-Gustavo: Então, ainda estamos juntos? - reviro os olhos.

- Não vou terminar com você, só fiquei magoada com o que disse e hoje não é um dia bom para conversar - sorri.

-Gustavo: Fica aqui, então - segura minha cintura e aproxima seu rosto - Me desculpa vai - sorri para mim - Não aguento mais ficar longe de você, morena - olho seus lábios e eles ficam alguns centímetros de mim - Perdoa? - penso um pouquinho e umedeço meus lábios.

- Perdoo, mas ainda estou magoada e brava - falo me afastando.

-Gustavo: Juro que não vou falar com você daquele jeito novamente.

- Acho bom, porque não vou aturar isso de novo - assente.

-Gustavo: Eu sei - suspira - Fica aqui, vai - assinto.

- Não é para ficar me agarrando - falo subindo as escadas.

-Gustavo: Tudo bem.

~CONTINUA~
❤️❤️❤️

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