Capítulo 63

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- Quem te falou isso, Gustavo? - ri e passa as mãos no cabelo e o elevador abre.

-Gustavo: Não interessa quem falou - caminha até sua sala.

- Olha como fala comigo! Não fiz nada de errado - abre sua porta e me olha.

-Gustavo: Só não me contou que seu ex-namorado falou que te ama, a próxima vai ser o quê?! Te dar um beijo e você não vai me falar, porra?! - recuo com seu tom e ele fecha porta depois de suspirar e balançar a cabeça em negação.

Fico alguns segundos parada em choque com sua atitude e engulo o choro entalado na minha garganta.

-Jake: Ele está nervoso, prima - fala atrás de mim e caminho para minha sala - Prima - fecho a porta e tranco.

Caminho até minha cadeira e me sento lá deixando as lágrimas caírem. Estou nervosa com tudo isso e a atitude de Gustavo me magoou bastante.

E foi exatamente por isso que não contei do que aconteceu com David semana passada, eu sabia que Gustavo iria ficar morto de ciúmes e ódio por causa disso e iria causar uma confusão enorme. E foi o que aconteceu, mas acabou sobrando para mim também.

...

São 20h quando saio da minha sala e caminho até o elevador para ir para o hall da empresa e pegar o Uber que chamei já que vim com Gustavo no seu carro.

Não faço ideia se meu noivo ainda está na empresa ou se já voltou para casa. Vejo meu Uber me esperando o entro no carro.

Alguns minutos depois chego em casa e vejo dona Jessi colocando á mesa.

-Jessi: Finalmente - sorri e olha-me - Tudo certo, Yasmin? - assinto e suspiro.

- Sim - tiro meus sapatos - Gustavo já chegou? - franze a testa.

-Jessi: Achei que tivesse chegado com você - suspiro e nego.

- Não - seguro o choro.

-Jessi: A dona Adriana que me ligou avisando que iria ficar com as meninas hoje porque o Gustavo pediu - assinto - Venha comer, criança - olho a mesa e não sinto o mínimo apetite.

- Não estou com fome, Jessi - sorrio gentilmente - Já vou me deitar, estou cansada - ela toca meu ombro.

-Jessi: Você brigaram? - sinto meus olhos marejados e assinto - Ah, meu Deus - me abraça e seguro o choro - Come um pouquinho, você vai se sentir melhor - nego - Não é bom pular refeição assim - olha minha barriga.

- Depois talvez eu desça para comer, ok? Mas deixe aí, Gustavo deve querer comer algo - viro-me subindo as escadas e entro no quarto.

Tiro minhas roupas e vou para o banho quentinho. Deixo minhas lágrimas caírem junto com a água do chuveiro e passo minhas mãos na minha barriga.

Fico um bom tempo sentindo a água quentinha caindo sobre mim e depois saio do banheiro com uma toalha em volta do meu corpo e vou até o closet.

Pego um babydool azul claro e coloco antes de ir escovar meus dentes e pentear meu cabelo. Termino tudo e me deito na cama antes de apagar a luz com o controle.

Não durmo, não estou com sono. Fico virada para um lado da cama e pensando em tudo que aconteceu hoje e onde Gustavo está. Alguns minutos passam e escuto a porta abrir e seus passos se aproximando e ele acende o abajur do seu lado da cama e suspira. Fico quieta na minha e seguro o choro.

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Fiquei na empresa até às 21h porque precisava me acalmar. Fui estúpido em tratar minha noiva daquele jeito e fechar a porta na sua cara. Eu não sou assim, não mesmo, mas eu fiquei tão puto com aquele cara que sai de mim e descontei nela no fim das contas. Juntou toda a raiva de todos os dias que ele me provocou, de saber que ele falou para minha mulher que ainda a ama e confirmar minha dúvida, ouvir ele falando que ainda a ama e que vai lutar por ela até o fim e o ver segurando o braço dela com força e de Yasmin não ter me falado o que aconteceu antes.

Agora entro em casa com o rosto e as mãos machucadas e o coração também. Odeio sair de mim desse jeito e magoei minha mulher com tudo isso.

-Jessi: Brigou feio, hein? - pergunta de braços cruzados na cozinha - E ainda brigou com Yasmin que está grávida! - me repreende e suspiro olhando o chão.

- Não precisa me martirizar também, já estou fazendo isso o suficiente - suspira.

-Jessi: Venha comer menino - deixo minha pasta no sofá e vou até a mesa.

- Yasmin jantou? - pergunto vendo a comida intacta.

-Jessi: Ela disse que talvez viesse comer depois e que não estava com fome - suspiro.

- Não é para ela ficar sem comer - resmungo e olho para o meu prato sem fome também.

-Jessi: Coma, Gustavo - faço o que ela pede e viajo pelos meus pensamentos até ela me interromper - O que houve menino? Os dois chegaram muito tristes aqui - suspiro e conto tudo para Jessi.

-Gustavo: Como Yasmin chegou aqui? - pergunto curioso.

-Jessi: Abatida, não falou muito, só disse que vocês brigaram e que não estava com fome - assinto - Ela está bem magoada, Gustavo - fala - E a compreendo, foi muito feio o jeito como a tratou por algo não muito grave, entendi que estava bravo e com a adrenalina lá em cima, mas não pode tratar sua mulher assim - fungo e assinto.

- Eu sei, Jessi, eu sei - toca meu ombro.

-Jessi: Vou para casa, converse com sua mulher e se resolvam, hein - beija minha testa.

- Boa noite, dona Jessi.

-Jessi: Boa noite, menino.

...

Termino de comer e deixo um prato separado para Yasmin na geladeira. Subo as escadas e abro a porta. Caminho até a cama e acendo o abajur do meu lado da cama antes de olhar para Yasmin deitada encolhida na cama e suspirar.

- Amor - falo baixo e ela não me responde - Se tiver acordada, tem um prato de comida na geladeira - apenas se encolhe mais na cama e não me responde. Sei que ela não está dormindo.

Tiro minha roupa e caminho até o banheiro para tomar um banho. Tomo uma ducha rápida e saio do banheiro com uma toalha enrolada na cintura, olho para a cama e Yasmin não está mais deitada lá. Coloco uma cueca box azul escura e um moletom preto antes de sair do quarto e ir procurar minha morena.

~CONTINUA~
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