Adagas e perigos.
Enquanto dois meninos ruivos que ainda não alcançavam um metro e meio de altura corriam em volta da mesa de madeira, com suas bochechas gordas coradas ressaltando suas pintas e sardas, Amylee observava sua mãe esquentar o leite fresco acima do fogão de lenha numa panela corroída do tempo. Ela ria sem perceber dos irmãos que eram tão iguais que tinham os mesmos gritos estridentes e reflexos precisos para batalhar a batalha imaginária que ocorria ali.
- Hoje está um frio fora do comum, você precisa esquentar os pulmões antes de sair, Amylee - disse a mãe à servindo rapidamente. - Espero que não chova por hoje, a Sra. Davies precisa que eu leve um pouco de lã para fazer os cobertores - suspirou olhando para a janela.
Sua mãe costumava a ser quieta durante o dia inteiro provavelmente por estar sempre ocupada atrás de seus irmãos e cuidando das ovelhas. Mas, àquela hora da manhã costumava destravar todas as palavras do seu vocabulário com muita pressa. Todos os dias.
Amylee viu seu irmão entrar pela pequena e apertada porta segurando nos braços um lindo bebê de cabelos pretos iguais aos dele e quase como a noite, com grandes olhos azuis. Ela não perdeu a oportunidade em dizer:
- E eu preciso buscar algumas ervas para os ferimentos que eu nem sequer sei onde Harry arruma! - o irmão riu nasalado dando de ombros.
- Um homem precisa de suas feridas, sabia?
- Creio que você precise de uma mulher para distrair sua testosterona irmão, assim você evita sair quebrando ossos por aí - Amylee gargalhou quando o viu torcer os lábios. Ela sabia exatamente onde ele arrumava seus ferimentos e é neste ponto que se inicia um segredo familiar.
- Quando você ficou tão preguiçosa? Está reclamando de mim só porque agora você não tem mais o Jones para te levar até o campo - Harry não perdeu a oportunidade de provocá-la de volta.
- Claro que não, estou incomodada com o frio desta vez. Embora eu ainda sinta saudades dele.
- Jones não vai demorar para voltar e afinal de contas você tem pernas fortes, colher as ervas é o que mais ama fazer - A Sra. Judd cortou a conversa dos dois nitidamente desconfortável.
Enquanto o sol nascia no horizonte tentando se mostrar entre as nuvens densas, começava a clarear toda a simples casa feita de madeira. Todos acordavam antes do sol, o provedor da família já estaria essas horas trabalhando e o ritual familiar era sempre o mesmo: tomar café da manhã juntos reforçando seus laços. A vida ali era simples e plena, era o que Amylee pensava. Amylee e Harry já se preparavam para seguir seus rumos, as crianças estavam na posse da Sra. Judd.
- Em breve voltamos, mamãe - Acenou Harry com uma felicidade rotineira. Se alguém pudesse procurar a tranquilidade e cumplicidade em uma única pessoa acharia Harry Judd. Não existia tempos ruins para o jovem de vinte e dois anos que tinha como hobbies cavalgar pela manhã. Ele criou uma afeição indescritível com o cavalo que ganhou da família Jones.
- Você tem alguma notícia do Danny? - Foi a primeira coisa que ele ouviu após fechar a porta principal. Amylee não tinha receios em conversar abertamente com seu irmão, entretanto, quando o assunto era as longas viagens de Danny Jones uma sensação angustiante apertava seu coração.
- Ele ainda não me escreveu cartas, talvez não tenha chego em Perth - Harry sorriu reconfortante. - Você quer companhia?
- Não. Espero que ele escreva logo, nunca se sabe qual é a próxima novidade que ele vai trazer. Eu preciso estar preparada sabe... - Amylee falhou ao tentar disfarçar o nervosismo. Talvez fosse culpa do frio.
- Nada que um tecido limpo, água gelada e suas misturas mágicas não resolvam as "novidades" dele.
- Vocês deviam realmente parar de se machucar - ela revirou os olhos se encolhendo e ajeitando o sobretudo marrom surrado do tempo que cobria praticamente seu corpo inteiro. Aquele seria seu companheiro para o inverno que se iniciava em Inverness.
- Está com a adaga que eu lhe dei? - Harry a ignorou, arqueado uma das sobrancelhas. Ela se curvou para erguer a longa saia cinza que cobria toda a extensão das suas pernas, mostrando em seu tornozelo um pedaço de tecido amarrado com a adaga feita à mão por ele.
- Eu nunca estou sem ela, além de me defender de uma possível morte é muito útil para cortar minhas flores - os dois riram, Harry com certeza rira de alívio.
- Fiz um bom trabalho nessa adaga! Bom, você não quer a minha companhia, mas eu quero a sua por hoje - Ele depositou um beijo rápido na testa dela a abraçando em seguida. Amylee considerava o abraço de seu irmão um dos melhores lugares para se estar no mundo.
- O que você quer me contar? - Foi a vez da garota lançar um olhar de suspeita. Isso só acontecia quando tinha algo para lhe ser dito de grande importância ou que estava tirando o sono dele.
- Planos!
Harry caminhou em direção ao imponente e evidente cavalo preto que estava amarrado à uma árvore seca, com certeza refletia todo o capricho dele, resultado de horas de cuidados e dedicação. Ao contrário do que sempre fazia, escolheu caminhar ao lado de Amylee guiando o animal pela rédea desgastada. Ela ajeitou a cesta que usaria para guardar seus utensílios no antebraço direito, enquanto sentia o seu braço esquerdo ser envolto do braço livre dele. Se entrelaçando.
Andaram por alguns minutos em silêncio, apenas cumprimentando as poucas pessoas da vizinhança que já faziam suas tarefas. Amylee podia sentir o cheiro dos estábulos de longe, muitos animais viviam ali junto à eles e ela nunca se acostumaria com aquele odor que em algumas horas do dia se misturava ao cheiro de pão fresco que a Sra. Davies costumava fazer.
Quando os irmãos exemplos, respeitados e admirados por todos se afastaram do vilarejo, Amylee começou a sentir toda a ansiedade tomar conta de seu corpo. Ela sabia que Harry tinha ótimas ideias e todas eram pensadas de bom agrado, ele depositava amor em tudo que fazia. O problema é que a garota sabia também que quando não dava certo uma avalanche de decepção passava por cima dele.
- Estive pensando em como deixar de ser um homem acomodado para crescer - Harry falou afoito, como se estivesse segurando as palavras por dias, fazendo-a travar os pés no chão e o encarar com os olhos arregalados - Digo, crescer na vida e talvez mudar a realidade da nossa família. Papai está muito velho, até quando terá que acordar cedo para cuidar de ovelhas?
- Você quer o quê? - Amylee soltou uma risada alta que com certeza saiu dos seus pulmões - Harry, você com certeza já está muito grandinho.
- Eu quero ser grandioso, não grandinho - bufou - Por que não está me levando a sério dessa vez?
- Você é um homem incrível, faz muitas crianças quererem ser igual você quando crescer. E ter um cavalo desses!
- É exatamente esse o problema, Amylee! - seus olhos azuis brilharam com uma ponta de tristeza, sua voz saiu aguda como ela não ouvia a tempos. Então, ela teria que fazer o trabalho de irmã mais velha - Esse cavalo eu ganhei, as crianças me admiram e as mulheres não, nossa família está mudando e preciso me fortalecer para cuidar de vocês.
A garota olhou rápido ao redor procurando um tronco de árvore que os moradores colocavam ali especificamente para um descanso e arrastou o irmão para se sentar.
- Harry, eu quero que você compartilhe comigo seus planos. Eu só não vou aguentar ver você se martirizando.
- Antes do Jones viajar estivemos conversando, talvez valha a pena trabalharmos juntos - Amy arregalou os olhos e ele já sabia o que veria a seguir - Não. Não vou viajar com ele! – Harry tentou tranquiliza-la.
- Eu realmente não aguentaria mais um de vocês indo pra longe de mim - o irmão a abraçou de lado, envolvendo um braço sobre seu corpo.
- Se eu quero fortalecer nossa família, não vou sair deixando você a mercê por aqui. Eu acho que você deveria casar...
- Vamos falar sobre os seus planos, não sobre os meus - Ela o interrompeu sorrindo desconfortável.
- Acho que você deveria casar apenas quando encontrar o amor de verdade. Enquanto isso eu vou fazer o meu papel.
Um silêncio repousou entre os dois e só se pôde ouvir o barulho dos pássaros. Harry respirou fundo para continuar com aquilo.
- Eu e Danny pensamos em iniciar a produção de adagas, você sabe que eu sou bom nisso como já te comprovei e seria incrível se todas as mulheres pudessem se proteger como você.
- Isso seria bom e muito difícil ao mesmo tempo - ela encarou uma árvore do outro lado da estrada de terra enquanto refletia. - Qual o plano completo?
- Danny me trará os materiais, o Sr. Jones vai contribuir com o nosso trabalho e eu só estarei responsável em forjar as adagas - agora Harry demonstrava o quanto aquela ideia lhe deixava empolgado. Ele sempre foi ativo, talvez seria um bom gasto energético investir nisso. - Se os planos correrem bem, poderemos enviar para outras cidades e distribuir criando nosso nome e nosso império.
- Eu não entendo porque vocês sempre acham motivos para viajar. Você falou e falou e no fim, Danny terá que viajar muito mais para fazer todos os trâmites - Amylee se levantou girando nas pontas dos pés para o encarar - Isso vale mesmo?
- Você está me perguntando se eu vou jogar fora o futuro da nossa família porquê o Jones não pode ir? - Amylee engoliu em seco. Todas as vezes que o irmão alterava o tom de voz, se sentia com quatro anos de novo - Por que insiste nisso, Amylee?
- Porque ele sempre volta agindo estranho demais ou machucado. Fora que não deve ser gostoso dormir nas estradas frias, né? Eu nunca entenderei.
- Se as coisas derem certo, ele nunca mais voltará machucado - Harry praticamente sussurrou, ela não conseguiu distinguir se seria por medo de sua reação ou para conter a raiva.
- O que?
E naquele momento a mocinha de quatro anos ganhou forças, sem ter medo da voz grossa e rouca do irmão, sem se sentir insegura para impor sua opinião. Se não fosse pelo homem velho que vinha se aproximando deles montado a cavalo, Amylee teria destravado todas as palavras do vocabulário de uma vez como a sua mãe faz. Não era aconselhável para a reputação da sua família que alguém os visse brigando ou algo do tipo.
De qualquer forma, Amylee sentia desde o início que algo estava passando despercebido por ela ou sendo muito bem escondido por seu irmão e Jones. E naquelas situações não importava o quanto observadora, curiosa e próxima à eles fosse, naquele pequeno vilarejo poucos tinham o talento daqueles para ocultar informações e acontecimentos. Exceto o ganho inesperado de dinheiro que Danny vinha tendo há pelo menos quatro meses e os cortes espalhados pelo corpo musculoso de Harry.
O homem velho passou lentamente pelos dois que acenaram, ele não tinha pressa ao contrário da garota que sentia seu sangue borbulhar por toda parte. Harry a essa altura já se arrependia amargamente de ter dito, um misto de sensações entre arrependimento e ciúmes. Ele acreditava fielmente de que sua irmã não tinha sentimentos amorosos por Jones e talvez, não tivesse mesmo, mas era ele o seu irmão e ela deveria se preocupar com ele também.
- Esquece esse assunto, Amylee - Harry cortou o silêncio entre os dois, ela ainda estava em pé enquanto ele sentado se forçava a erguer a cabeça e encontrar uma garota de bochechas vermelhas.
- O que ele está fazendo nas viagens? Ele não deveria apenas levar as mercadorias, Harry?
- Você precisa entender que esse é um trabalho comum, não somos mais crianças e todos os homens de todos os vilarejos fazem isso ou cuidam de animais e terras - ele deu de ombros desviando o olhar. - Danny jamais iria querer suas mãos delicadas cheias de calos.
- Mas de cortes sim - Amylee se permitiu a rir lembrando da última viagem que o amigo fez. Ele retornou para casa com cortes em todas as articulações de suas mãos, como se estivesse por dias socando alguma árvore ou o maxilar de alguém. E mesmo que aquilo lhe causasse dores ele a permitia fazer os curativos com ervas que provavelmente ardiam cada ponta do seu espírito. Entre um gemido dolorido e outro, ele achava forças para fazer suas piadas: estive caçando cervos para não morrer de fome. - Ele também está lutando por apostas?
- Shhh... - Harry parecendo se desesperar, levou o dedo indicador até os lábios vermelhos do frio - Amylee não fale sobre isso mais, já lhe pedi algumas vezes. Se alguém descobrir não vai ser nada agradável para nós.
- Vocês deveriam lutar pela honra de alguém, não por troca de especiarias e algumas esterlinas - a garota revirou os olhos. - Vocês querem fazer adagas para incluir nessa aposta sangrenta?
- Não seja tão exagerada!
Harry se levantou do enorme pedaço de tronco com musgo e ainda molhado do sereno da noite anterior, pegando a cesta que ela deixara no chão sem notar, estava preocupada demais para isso. Logo se apressaram em voltar a andar.
- Por que resolveu me contar isso agora? Me parece que vocês têm conversado por muito tempo sobre isso.
- Para tudo começar a dar certo precisaremos da sua ajuda - Harry coçou a cabeça. Ele se distraia com o cavalo ao lado, sem fazer contato visual com a irmã.
- Nunca pedem minha opinião, apenas algo que eu tenha para oferecer.
- Não seja ingrata, você vai aproveitar de todas as regalias de um futuro incrível através desse trabalho. Vamos enriquecer nossa família.
- Não pense que Sr. Jones será bom o suficiente para não querer uma porcentagem alta dos ganhos.
- Precisamos que você converse com a Annelise - Harry a ignorou mais uma vez - Para que os Fletcher nos emprestem a casa da lagoa para essa produção.
Amylee sentiu seu corpo relaxar e nem se recordava do exato momento que intencionou seus músculos durante a conversa. Uma gargalhada ecoou pela longa estrada vazia e o sangue voltou a circular normalmente expulsando o frio.
- Às vezes penso que sua cabeça é feita de um enorme buraco vazio, Harry! Não existe nada aí dentro.
•••
Em outubro de 1753, uma família afortunada resolveu fazer suas mudanças às pressas por algum motivo desconhecido, sem dar muita importância para as chuvas de outono da Inglaterra. Iniciaram o longo trajeto ainda de dia, encarando ao anoitecer uma forte tempestade que impossibilitara qualquer tipo de locomoção. Com tudo, os Fletcher tinham um gênio corajoso e destemido, ousando a dizer até mesmo insuportável e teimoso, claro que aquilo não mudariam seus objetivos.
O resultado se deu em uma charrete atolada na lama se quebrando em algumas partes, a matriarca da família que estava grávida de Annelise precisaria repousar. A Sra. Judd de prontidão os abrigou por aquela noite, infelizmente a alegria de serem recebidos era imperceptível porquê não existia. Era certo de que nunca haviam conhecido de perto uma vida simples como a da família Judd e aquilo os incomodava ao extremo. O destino não escolhe a hora exata de agir, mas se pudesse aquela situação toda teria sido uma forma de testar os limites da Sra. Fletcher.
No dia seguinte enquanto seus respectivos maridos estavam arrumando a charrete, Sra. Judd se apressava para preparar a refeição, um grito estridente pôde ser escutado por todo vilarejo: Annelise Fletcher estava nascendo.
A pequena criança pálida e dos olhos castanhos fora recebida com um festejo singelo por todos os moradores daquela terra. Aos poucos, àquela família iria se adaptando e afeiçoando com a hospitalidade de todos para nunca mais partirem dali. Criaram suas raízes sendo atualmente reconhecidos como a família mais afortunada do local. Infelizmente, Apolo Michael Fletcher havia passado seu legado ao seu filho primogênito após sua morte precoce. Thomas Michael Fletcher.
Amylee por ainda ser uma criança na época não tem recordações daquele momento, entretanto, nunca se esquecera da decepção amorosa que Annelise causou em Harry logo na flor da idade dos dois. O que colapsou a grande amizade entre as meninas foi o pedido de casamento recusado.
A encantadora e loira jovem não seria obrigada a aceitar, mas o escândalo se reverberou de forma negativa quando ela gritou e zombou da proposta, uma atitude jamais imaginada. Harry ficou cerca de duas semanas dentro de casa escondido de todos.•••
A luz natural não mais clareava o vilarejo de Inverness, estava dando espaço para a escuridão da noite, fazendo a temperatura baixar mais do que o esperado para a época. Dentro da pequena casa dos Judd, o bebê Charles estava adormecido em um sereno sono, assim como seu cansado pai. Enquanto os gêmeos enrolados em uma grossa manta feita de lã estavam sentados e abraçados à frente da lareira, numa tentativa de se aquecer. Somente o frio da noite misturado ao cansaço das crianças faria os dois se unirem e acalmarem daquela forma.
Harry e Amylee dividiam um banco longo e espaçoso de madeira talhada no canto da sala, a garota bebia um de seus chás especiais. Era especial porque ela, mais uma vez, havia colhido as especiarias com suas próprias mãos.
- Aqui faz frio praticamente o ano inteiro e eu sempre me surpreendo com isso - Harry reclamou quebrando o silêncio do ambiente.
- Você poderia ouvir meus conselhos, fiz o chá para você e está deixando esfriar - Amylee retrucou vendo o irmão segurar sua xícara com uma mão enquanto a outra segurava um livro.
- Eu não gosto desse gosto forte, com todo meu respeito irmã, me parece esterco - Ele riu anasalado a deixando boquiaberta.
- Como ousa? Só aceito ouvir isso dos nossos irmãos de cinco anos, Harry Judd! Faça-me o favor.
- Me perdoe... - numa falsa expressão de arrependimento bebericou rapidamente a caneca que esfumaçava.
- Creio que você deva começar a me obedecer, já que agora precisa de mim mais do que nunca.
A garota sentiu seu peito inflar de uma boba adrenalina e orgulho por ter provocado o irmão, correndo o risco de sua mãe ouvir e questionar aquele assunto. Enquanto Harry controlou-se para não cuspir o liquido quente.
Continuaram a conversar sobre coisas superficiais por um longo período e quando a Sra. Judd adentrou a sala segurando pedaços de tecidos, lãs e agulhas, se calaram. Ela gostava de silêncio para tecer suas mantas e casacos que trocaria por outras mercadorias. Harry continuou a ler um romance qualquer escrito nas folhas frágeis do seu livro e Amylee se permitiu à se perder em devaneios.
Ela passou o seu dia ocupada com os afazeres da casa e suas colheitas, porém a sua mente não estava focada naquilo, o curto período de tempo que passou com Harry foi o suficiente para ocupar seus pensamentos. A saudade de seu melhor amigo e a preocupação com seu bem estar durante suas viagens se misturava com o receio de perder um futuro bom, apagar as chamas de esperanças que seu irmão mantinha novamente.
De qualquer forma, Amylee não sabia ser firme em suas decisões e facilmente se arrependia por elas, disse que pensaria no assunto parecendo estar relutante, sem perceber já havia se decidido: no dia seguinte iria até a casa de ouro dos Fletcher.
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Touch the Rain
RomanceComo seria reencontrar McFly em outro século? No século XIV, não existiria a fama, somente a alma desnuda de quatro homens tentando conquistar o seu espaço. Retorne para vidas passadas e mergulhe em uma história preenchida por batalhas entre homens...