Tentando fugir

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Pov Any

Corri o mais rápido que pude. A chuva caía feito granizo na minha pele. Meu corpo todo tremia,não sei se era o frio ou a adrenalina que corria nas minhas veias.

Depois de quase beijar Beauchamp e enterrar aquela faca com força em sua mão. Corri para o jardim.

Ele havia dito que estávamos sozinhos. Não será difícil sair daqui.

Mas para onde irei? Não importa. O importante é sair daqui e pedir ajuda.

Estava me aproximando do portão quando avistei pelo menos doze homens armados na guarita da entrada.

Droga! Ele havia mentido pra mim. Agora devia estar furioso comigo. Devia ter escutado o meu tio.

Tentei voltar para dentro da casa mas havia dois seguranças saindo de lá.

Não tinha tempo pra pensar. Corri através do jardim. Por sorte essa parte do jardim era igual uma floresta.

Tinha um lago e uma ponte que atravessava de um lado a outro sobre o lago.

Ouvi vozes atrás de mim. A única opção era me esconder. Entrei no lago e fui para baixo da ponte. Fiquei agachada,apenas a minha cabeça estava fora da água.

Estava tremendo de frio. Fiquei com medo de que os seguranças escutassem eu ranger os dentes.

Eles passaram pela ponte correndo. Uns procuravam no mato. Um breve alívio surgiu.

Comecei a chorar. Sei que cavei a minha própria cova, mas não irei desistir.

Fechei os olhos e comecei a orar. A única pessoa que poderia me ajudar era Deus.

Pena que não deu tempo dele ouvir as minhas preces.

- Você está aqui. - O cara que me levou do escritório para o quarto mais cedo. Estava me puxando pelo braço. - Sua vadia. Você machucou meu chefe. Eu devia ter comido o seu cu quando tive a chance.

Ele me deu um soco tão forte no rosto que meu nariz começou a sangrar. Rasgou o meu vestido,deixando os meus seios à mostra. Tentei cobrir com o braço que estava livre.

Ele me arrastou para dentro da casa. Minha visão já estava ficando turva.

- Está aqui patrão. - O capanga me jogou para a frente.

-O QUE ACONTECEU? - Ouvi Josh gritar. - EU DISSE PRA NÃO ENCOSTAR NELA!

- Eu não encostei... - Pelo jeito que ele falou devia estar se borrando de medo. -Foi um acidente...

Josh chegou perto de mim com um lenço. Sua mão estava enfaixada. Eu temia que ele fosse me matar sufocada. Ou fazer outra coisa com aquele lenço.

Dei alguns passos para trás. Mas ele me puxou e precionou o lenço contra o meu nariz.

- Denny chame um médico agora.-Vi um deles sair pela porta correndo. - Victor...

Pelo tom de voz de Josh senti que não vinha coisa boa. Ele pegou uma arma que estava na mão de um dos capangas e apontou para Victor.

- Não chefe. Não faça isso. Eu não tive culpa. - Ele estava desesperado. Apesar dele ter me dado um soco,eu não desejava a sua morte.

-Eu avisei à todos vocês. Não encostem nela. Avisei ou não?-Todos disseram sim em uníssono. - Mas você me desobedeceu Victor. E você sabe o que acontece com quem não respeita as minhas ordens...

- Josh não. -Peguei em seu braço. Não queria que ele matasse Victor.

- Não se metal-Ele me empurrou para longe. - Você já fez coisas demais por hoje.

Ele mostrou a mão enfaixada pra mim. E com um sorriso no rosto deu um tiro bem na testa de Victor.

Dei um grito. Já tinha visto homens sendo mortos em filme. Mas na vida real era ainda pior.

Victor caiu no tapete e seu sangue se espalhou pelo chão. Josh revirou os olhos.

- O idiota ainda morre em cima do meu tapete caríssimo. Aff eu mereço. - Ele devolveu a arma para o capanga. - Tira isso daqui. Leva o tapete também. Luke amanhã quero um tapete maior e mais bonito que esse.

- Sim senhor.

- E o que faremos com o corpo?-Perguntou um dos caras que estava do outro lado da sala.

- Você quer que eu pendure na sala?-Perguntou Josh revirando os olhos.

- Não senhor.

- Joga em qualquer beco. Ah. Põe umas drogas no bolso dele. A polícia vai achar que era um viciado. - Josh se aproximou de mim e me levou até o quarto.

Notei que meu nariz ainda sangrava demais. O pano havia ficado todo ensanguentado.

- Deite aí. -Josh me fez deitar numa cama enorme. Acho que esse era o seu quarto.

Todo em tons azul e amarelo. É enorme e bem luxuoso. Um lustre de cristal ficava bem em cima da cama. Havia muitas janelas. Para um mafioso até que a casa tinha um bom gosto.

- Deixa eu ver isso. - Ele se sentou na cama e tirou o pano do meu rosto. - Deve ter rompido algum vaso sanguíneo.

Ele pegou uma toalha e colocou no meu nariz. Ele pegou o celular e fez uma ligação.

- Cadê a droga do médico?... Será que vou ter que matar mais um pra vocês obedecerem? - Ele me encarava. - Eu o quero aqui em cinco minutos.

Ele desligou o celular e voltou a sentar na cama. Ele passou a mão no meu rosto e afastou meu cabelo que estava molhado.

Aliás eu estava toda molhada. Não sei como ele deixou eu deitar aqui nessa cama.

Ele saiu do quarto por um minuto pensei ser a melhor hora pra fugir. Mas depois de hoje, eu teria que planejar melhor essa fuga.

Tempo depois ele voltou com um roupão. Me ajudou a levantar e começou a tirar a minha roupa.

Só dele tocar na minha coxa para levantar o vestido, meu corpo incendiou.

Ele subia o meu vestido e não tirava os olhos dos meus. Ele passou o vestido com todo o cuidado sobre a minha cabeça.

Começou a tirar a minha calcinha. Oh Deus! Eu já estava pegando fogo.

Não posso deixar que meu corpo incendeie pelo estúpido que me sequestrou.

Se controla Any!

Ele desceu a minha calcinha e eu tive que apoiar em seus ombros para não cair. Levantei uma perna e depois a outra.

Seus ombros são tão duros. Esse homem é um paredão de músculos.

Ele se levantou e me abraçou para poder tirar o sutiã. Seu corpo encostou no meu.

Eu quase gemi quando ele passou a mão nas minha costa. Se a toalha não estivesse tampando o meu nariz e minha boca,eu já teria o beijado.

Ele pegou o roupão e me vestiu. Deu um laço na faixa que prendia o roupão e me ajudou a sentar.

- Com licença. - Um rapaz todo de branco invadiu o quarto carregando uma maleta. Devia ser o médico

Sequestrada por um mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora