Sara Miller

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     Sara Miller tem 24 anos e mora em Atlanta, Geórgia, nos Estados Unidos. Atualmente divide um pequeno apartamento com sua irmã mais nova, perto do Campus, onde faz faculdade. A dois anos atrás perdeu seus pais em um trágico acidente de avião, o que fez com que ela se sentisse responsável por sua irmã, Isabella.
     Sua mãe tinha o sonho de ser uma grande artista, pintava quadros que eram verdadeiras obras de arte, mas nunca ganhou o merecido reconhecimento. Seu pai era um grande arquiteto e amava o que fazia. Sara puxou isso dele e quando criança tinha o sonho de ser uma arquiteta tão competente quanto o pai. Quando cresceu e concluiu o ensino médio, ela ganhou metade da bolsa para a faculdade de arquitetura e designer de interiores que tanto queria.
     Antes da tragédia de seus pais a família já vinha enfrentando algumas crises, sua mãe continuava pintando sem nenhum reconhecimento, e o trabalho de seu pai estava se tornando cada vez mais difícil. A casa estava hipotecada e as discussões entre os dois eram frequentes, pois se preocupavam com o futuro e os estudos das filhas. Sara conseguiu um emprego para ajudar nas despesas, mas não durou muito tempo.
     No dia da tragédia, seus pais estavam indo para uma viagem de negócios. Seria um novo projeto em que seu pai entraria como arquiteto, algo que renderia a quantia significativa de dinheiro que eles precisavam para pagar a hipoteca da casa. Mas a viagem foi mal sucedida e eles nunca chegaram ao destino, e também nunca voltaram para casa. O projeto não teve a análise do grande arquiteto, e a hipoteca da casa nunca foi paga.
     Quando Sara e a irmã receberam a notícia ficaram abaladas, perderam as únicas pessoas mais importantes de suas vidas e agora tinham que enfrentar os problemas sozinhas. O primeiro deles era a casa, receberam uma carta de despejo com o prazo de duas semanas. A única alternativa que Sara teve foi alugar um pequeno apartamento para ela e a irmã perto da faculdade. Os primeiros meses de aluguel foram pagos com o dinheiro que os pais deixaram para elas no banco - dinheiro que era pouco e não durou muito tempo - até que Sara arrumasse um emprego.
     Sara e Isabella só tinham uma a outra, já que o resto de sua família e parentes moravam muito longe. Por isso, as duas eram muito apegadas e se ajudavam em tudo. Não demorou muito para que Sara conseguisse um emprego em uma cafeteria no shopping da cidade, era um ambiente agradável que fornecia o melhor café da região e recebia pessoas da mais alta sociedade. Mas era tudo uma fachada que escondia como os funcionários se desgastavam em longas horas de trabalho e não ganhavam o devido reconhecimento, e nem o salário ideal que valorizasse o desempenho trabalhado.
     A rotina de trabalho de Sara era cansativa, trabalhava a semana inteira, a tarde toda, e só tinha uma folga na semana. Seu salário era pouco, mal pagava a mensalidade da faculdade. O pouco que sobrava ia para o aluguel e o resto das despesas de casa. Quase nunca sobrava dinheiro para um lazer ou para uma roupa, por exemplo. Essa era sua rotina, sair da faculdade e ir direto para o trabalho.
     A poucos meses, Sara terminou seu relacionamento com Jason, um rapaz que conheceu na universidade, o qual passou 3 anos namorando até descobrir que ele a traía com sua melhor amiga durante 2 dos 3 anos que ficaram juntos. Foi o fim de um relacionamento terrível que acabou mal, e que só depois Sara percebeu que era um relacionamento abusivo. O ex namorado foi embora da cidade e Sara não queria vê-lo nunca mais, e nem a ex melhor amiga, que também desistiu da faculdade e se mudou. Desde então, Sara prometeu superar a relação e nunca mais se submeter a um relacionamento assim. Decidiu que no momento não queria mais se relacionar com ninguém. O que mais importava para ela eram os estudos e a faculdade.
     Sara é uma garota inteligente e dedicada. É persistente, não desiste fácil daquilo que deseja. Porém, sabe reconhecer quando é necessário deixar algo de lado para poder seguir em frente. Nunca deixou os sonhos para trás, gostava de pensar na possibilidade de ter uma família. Apesar dos seus traumas ela acreditava que pudesse ser feliz um dia.

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