Prólogo 0.1

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Mel Brown

Dezembro de 2013

Era uma noite fria de dezembro. Fui a casa de Tom para contar que estava grávida. Naquele momento eu não conseguia pensar em abandonar tudo que tinha planejado pra mim. Um futuro na faculdade, meu sonho de ser jornalista. Eu já namorava o Tom há 2 anos e tenho certeza que ele vai me ajudar. Criaríamos essa criança juntos.

Toquei a companhia três vezes até que aquele garoto que tanto amava abriu. Ele tinha olhos castanhos e cabelo cor de mel.

– Da pra ver na sua cara que você tá nervosa – ele disse com um sorriso meio aberto – Conseguiu a bolsa pra NYU? – Ele disse entrando em casa novamente e eu o acompanhando.

– Não, é outra coisa – eu disse cabisbaixa e sentei no sofá

– Então vou contar a minha pra ver se você fica alegre. – Ele disse abrindo um sorriso de orelha a orelha – Ganhei a bolsa pra Columbia, da pra acreditar, Mel?

Eu não estava com coragem de estragar a felicidade dele, mas peguei os cinco segundos de coragem que me restavam.

– Eu tô grávida

– Não pode ser, Melissa. – Tom estava com muita raiva, dava pra ver no rosto dele – Você tem certeza disso?

– Absoluta

– Melissa, eu não tenho condições de ser pai agora. Vou jogar fora todo o investimento que meus pais deram em mim? – Ele disse gritando

– Você acha que eu planejei isso? – Eu disse em seco

– ENTÃO FAZ O QUE QUISER MELISSA! MAS A ÚNICA OPÇÃO PRA MIM É NÃO TER ESSE BEBÊ

– Para de gritar comigo! – Eu disse chorando

Eu parei de escutar Tom no minuto que começou a gritar. Só estava pensando no serzinho que crescia dentro de mim. Não teria coragem de fazer mal algum a ela. Eu coivare mãe e vou ser a melhor mãe que essa criança poderia ter. Tom não precisa fazer parte dessa história. Enquanto isso ele só falava coisas que eu não entendia.

– Não temos o que discutir, criarei desse bebê sozinha – Dei as costas para o Tom, e sai de sua casa chorando mas decidida que a melhor decisão havia tomado.

Depois daquele dia, Tom não havia mais me procurado. Eu perdi o amor da minha vida. Achei que ficaríamos juntos para sempre, mas de uma coisa tenho certeza, vou fazer um pacto comigo mesma: nunca mais vou me apaixonar. Não quero ser abandonada de novo, e no momento que eu mais precisava.

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