Capitulo 6

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Mel Brown

O mês passou voando, haviam algumas aulas na universidade e tinha recebido a notícia que minha melhor amiga, Tereza que morava em New Hope comigo, conseguiu um emprego em Nova Iorque, em uma empresa de luxo que organiza eventos do mais alto estilo. Eu estava pulando de felicidade e surtamos muito no telefone.  Estou indo busca-la no aeroporto e mal posso contar como está sendo minha vida aqui, na verdade um pouco complicada mas realmente vivendo o que um dia nós sonhamos pra mim. Tereza é uma amiga que esteve sempre presente na minha vida. Ela foi a primeira pessoa que eu disse que estava grávida e me deu todo apoio e ajuda necessária, até mais que minha mãe na época.

- Pronta para ver a titia Tereza? - Eu disse pegando minha filha no meu colo indo em direção a porta para abri-la.

- Claro que sim, mamãe. Eu nunca estive mais feliz - ela disse batendo palminhas

- Então, vamos! - falei empolgada batendo a porta e descendo as escadas, até que meu celular toca

-Alô?

- Amiga, o avião já pousou e estou te esperando no portão de desembarque - Tereza disse no outro lado da linha bem ofegante.

- Tudo bem. Está tudo bem? - Eu disse

- Menina, é que aqui é muito grande então eu estou cansada de tanto andar - Ela disse rindo  - E não tem nenhuma cadeira por aqui pra eu sentar.

- Ah, bom - falei - Vou desligar, já estou chegando ai - desliguei a ligação e coloquei Sophie no chão. A cada dia essa garotinha cresce mais e minhas costas pedem socorro.

Peguei a mão da Sophie e fomos até a estação para pegar o metrô. Eu amo Nova Iorque mas não posso negar e mentir que as condições de transportes são tristes, muitos moradores de rua, as estações sendo esquecidas. Acho que se fosse rica o suficiente tentaria ajudar essas pessoas que tanto precisam, até que sophie interrompe meus pensamentos.

- Mamãe, a tia Tete vai morar com a gente? - Sophie diz puxando minha mãe enquanto entravamos no vagão do metrô.

- Eu queria muito, filha - falei - mas, nossa casa é muito pequena pra ela ficar com a gente - menti pois se tem uma coisa que a Tereza tem é dinheiro para pagar um apartamento sozinha.

- Mas não tem como você falar com ela, mamãe? - ela disse olhando com aqueles olhinhos castanhos que era praticamente impossível não lembrar de Tom. - Eu vou ficar muito feliz ela pode dormir junto comigo no nosso quarto.

- Filha, a titia Tereza já tem uma casa - eu falei - Mas a gente a vai visitar sempre, e ela vai nos visitar também, combinado? - E vamos passear bastante hoje para ela conhecer a cidade.

- Poxa, mas eu queria tanto - Ela cruzou os braços e fechou o semblante.

- Sophie, não seja teimosa. - Falei - Nós já conversamos sobre isso, não é mesmo?

Eu queria que Tereza morasse conosco, mas não tem mal espaço para nós na minha casa e ela tem uma condição de vida muito melhor que a minha. Talvez no futuro realizamos um sonho de morar juntas mas hoje não.

- Já... - Sophie disse

- Vamos levantar que já estamos chegando, filha - disse a pegando no colo.

Caminhamos por um tempo até que chegamos ao aeroporto e realmente era gigante. Fui até o guichê para me informar melhor aonde se localizava o portão de desembarque.

- Bom dia, você poderia me dizer onde fica o portão de desembarque? - disse para uma mulher de cabelos loiros que estava no guichê de informações.

- Bom dia, desembarque internacional ou nacional? - ela falou mexendo no computador

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