Entre Nós - Felipe Neto

Primeira Morte

<Felipe>

Assim que entramos na nave, os capacetes foram colocados automaticamente, e dentro dela, estavam informações estranhas, como profissão e modfier.
Assim que essas informações passaram, a tela do capacete foi rapidamente preenchida, pelo que parecia ser uma ajuda, ou tutorial do jogo, juntamente com uma página com as regras e profissões, mas o que mais me chamou a atenção era que, além dos impostores, poderiam existir neutros que também poderiam nos matar.

Além disso, parecia existir um botão na sala principal, que acionava uma reunião, que seria o único local, onde poderíamos ficar sem os capacetes, e ouvir uns aos outros, já que os capacetes, nos impediam de fazer tal ato, o que acabava por complicar a jogada.

Isso vai dar trabalho...

<Fada>

Tudo ainda estava muito confuso, e mesmo que o programa nos tivesse avisado sobre não confiar em ninguém, decidi andar com a Buru, que pelo que eu me lembrava, estava com o fato verde.

Seguimos em direção à navegação, e enquanto ela concertava a direcção, eu decidi fazer o download.

O barulho de passos, me alertou que alguém se aproximava, mas não liguei, pensando ser a Buru, mas percebi que tinha me enganado. Senti uma dor invadir meu peito, e logo em seguida, percebi ter sido atingida. Tentei pedir socorro, mas eu já estava sem forças.

Porque eu to tão fraca em tão pouco tempo. Isso faz parte do jogo?

Sem poder fazer nada, me virei, vendo quem tinha me apunhalado, e apagando no mesmo momento.

Porquê?

<Reunião>

Todos apareceram em frente à mesa do refeitório, como se tivessem sido transportados. Seus capacetes se retiraram sozinhos, e foram capaz de ver a tristeza e o ódio, vivas no olho da Buru.

- Como-Você-Foi-Capaz? - o tom de raiva, era óbvio, mas a dúvida, era porque ela encarava Vinha

- Porque está me olhando desse jeito? - o de fato roxo perguntou, confuso

- E VOCÊ AINDA PERGUNTA? - todos a encararam - A FADA ESTÁ MORTA!

O silêncio que pousou sobre a sala, era assustador, e doloroso. Ninguém conseguia acreditar que estavam realmente fazendo o que o jogo tinha dito.
Ni preocupada, enfim se pronunciou.

- Mas o que te faz pensar que foi o Vinha?

- Porque eu vi ele!! Eu vi sua cor saindo de perto do corpo dela! - todos olharam com tristeza para Vinha, esperando alguma explicação

- Você está enganada! Eu não fiz iss-

- CLARO QUE FEZ! NÃO VENHA COM ESSE PAPO PRA CIMA DE MIM VINHA! EU VI! - Buru lhe interrompeu

- MAS NÃO FUI EU. EU ESTAVA NA SALA CÂMERAS! Eu fui lá pegar um pouco de ar, porque, ver esse tanto de pegadas coloridas, estava me deixando tonto, então eu decidi ir para um lugar mais quieto.

- Pegadas? - Buru questionou confusa

- Além disso, se você está me acusando, é porque você matou ela e quer se safa-

De repente, seu capacete voltou ao lugar, e ele começou a sufocar, como se estivesse com falta de ar. Kleber e Vi se assustaram, e se aproximaram dele, para tentar lhe ajudar, mas já era tarde de mais. Ele já havia morrido na reunião, deixando todos cada vez mais assustados com a situação.

Antes que pudessem fazer algo, o tempo da reunião terminou, e seus capacetes voltaram.

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<Vitor>

Eu e Samanta voltamos a caminhar juntos, afinal, quando mais cedo a gente terminasse, mais cedo poderíamos voltar para casa.

Todos nós havíamos percebido, depois daquilo, que, se alguém entregasse sua profissão, essa pessoa seria morta.