O Começo

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<Samanta>

Era mais outra noite de live, e dessa vez seria de Gartic. Como de costume, estávamos esperando por Felipe, enquanto ficávamos conversando entre nós.

Depois de conversar com as corujas durante um tempo, ele finalmente decidiu abrir o áudio e comprimentar a equipe, também apresentando quem jogaria no dia.

- Quem vai jogar com a gente hoje? É a Samanta, o Vitor, Mozka, Vi, Kleber, Bruno...

- A Buru, a Fada, a Ni também vai jogar hoje, Vinha e Marcel - completei

- Meu Deus! Hoje a casa tá cheia!

- Tá mesmo!

- Ok. Então vamos logo começar com esse jogo! Já tá todo mundo aqui?

- Não.

- Samanta!!

- Que foi? Eu não tenho culpa! Tem um anúncio tomando a minha tela inteira, e eu não tô conseguindo tirar ele!

- Porque não tirou os anúncios?

- Eu tirei, mas não sei porque esse tá aqui. Pelos vistos o jeito vai ser abrir ele pra tirar depois.

- Não Samanta! E se for um vírus!

- Mas o que você quer que eu faça??

- Dá um jeito. Mas não abre o anúncio. Você nem sabe ele é de quê!

- Ele é de um jogo.

- Mesmo assim!

- Ah Felipe! Que se dane, vou abrir. Se der pau no meu computador, depois resolvo.

Mal cliquei no mouse, e tudo começou a parecer turvo na minha frente. Estava ficando cada vez mais zonza, e as vozes que vinham do outro lado da tela, estavam ficando cada vez mais longes.

<Felipe>

Abri os olhos ao acordar, e percebi estar num lugar totalmente diferente. As paredes eram cinzas, e pareciam de metal. Olhei para mim mesmo, e me assustei com o que vestia. Eu carregava um fato totalmente gigante e largo, que mais parecia com uma roupa de astronauta. A única diferença, era que, em vez de ser branca, tinha a cor amarela.

Arregalei os olhos, assustado, e olhei ao redor, me deparando com os outros, acordando com as mesmas vestimentas, mas com cores lhes diferenciando.

Vi Samanta se levantar de uma das cadeiras, parecendo estar tonta, logo me lembrando, que ela tinha sido a última com quem eu tinha falado.
Antes que pudesse lhe perguntar qualquer coisa, um ecrã gigante apareceu na porta da nave, apresentando as frequências sonoras de uma voz que parecia eletrónica.

"Sejam todos bem-vindos à nossa nave, caros astronautas.
...."

Mal acabamos de ouvir o que havia sido dito pelo programa do jogo, e eu já estava encarando a Samanta. Eu sabia que tinha sido coisa dela! Ela mesmo disse antes de clicar no anúncio, que era o anúncio de um jogo. Mas ela não me escuta!

- Porque tá me encarando como se eu fosse a culpada?

- Porque você é a culpada, Samanta! Você não tá vendo que nos colocou em perigo por causa da sua teimosia?

- Quê?? Atta! E como você acha que saberia que aquele anúncio maluco ia trazer a gente aqui???

- MAS EU DISSE PRA NÃO ABRIR ELE SAMANTA!!

- MAS ELE NÃO TAVA SAINDO DA TELA!!

- MAIS UMA RAZÃO!

- Ok, ok. Calminha gente, No Stress. - uma voz conhecida ecoou pela sala, acompanhado de um fato castanho - Se a gente ficar nessa vibe aí, não vamos conseguir sair daqui é nunca.

- Sim! - Victor se pronunciou - Além disso, pega leve com a Samanta, Felipe. Ela não tem culpa de nada.

- Só faltava essa! Será que minha equipe inteira vai ficar contra mim agora?

- Quê? - o agudo do Mozka se mostrou presente - Em nenhum momento eu disse isso meu parçeiro.

- Só pra acrescentar um ponto, - Marcel que estava com a mão levantada, começou a falar - não fui eu falando tá! Foi realmente o Mozka.

Foi possível ouvir a Vi e a Buru segurando a risada, depois do que Marcel disse, mas a única coisa que estava me interessando no momento, era a contagem decrescente que estava se passando na tela.

- Quer saber! - Samanta teve minha atenção - Eu vou andar com o Victor agora! Depois não vem queixar que eu só protejo ele!

- À vontade. Vai lá andar de mãos dadas com seu amiguinho. Vamos ver quem sobrevive até o fim!

A contagem então terminou, e os portões se abriram.

Que o jogo, comece!

Entre Nós - Felipe NetoOnde histórias criam vida. Descubra agora