|J A D E'S V I S I O N|
DEPOIS DA BRIGA DE ONTEM, eu passei mal, muito mal, Andi e Emilia me ajudaram e trouxeram-me pra cama.
— Também precisamos do banheiro. — Acordo com Jana gritando e batendo forte na porta.
— JANA! Pare de gritar. — digo com uma voz de sono mas bem alto.
— Para, está muito cedo. — Andi diz acordando.
— Isso é ridículo. — A Cohen volta a bater na porta.
— O quê? — MJ finalmente abre a mesma.
— O banheiro é de todas nós. — Jana diz e pego o meu celular.
Essa foi minha pior ideia, assim que entro nas redes sociais, vejo storys de alunos gravando a briga de ontem, comentários em publicações e mensagens na DM.
Algumas pessoas falavam que eu fiz certo em dizer tudo, outra diziam que Luka se livrou de mim e não tinha que ligar pra nada. Uma verdadeira perda de tempo, é isso que a rede social é.
— Vocês me odeiam ou o quê? — Andi pergunta da cama dela.
— Odeio ter que dividir um quarto com Maria Madalena. — Jana diz o final um pouco mais alto pois MJ já tinha saído do quarto.
— Não acredito que Celina tomou um banho de champanhe no after. — Andi volta a dizer. — Foi exagerado.
Assim eu me lembro do "presente" de ontem. Procuro o pote de remédios nas minhas coisas e o encontro, pegando uma e tomando. Ontem percebi que isso realmente nos leva ao céu.
— O que acha que vão fazer? — eu pergunto me levantando e indo ao banheiro.
— Nada. A escola toda estava lá. Não podem expulsar todo mundo. — Andi diz e volta a dormir.
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Estamos na sala do Gus, todos parecem acabados.
— Quem somos? — ele chega perguntando. — Já se perguntaram isso?
— Me pergunto todo dia. — digo baixo na intenção de não escutarem mas não funciona.
— Quem é você Senhorita Hernandez? — Gus questiona.
— Eu não sei. Para todos eu sou a garota com a família perfeita e o relacionamento não tão perfeito. — digo olhando para frente.
— Mas e para você, quem é?
— Uma adolescente com problemas e que encontra sua paz na música. — digo por fim.
— Obrigada senhorita. — ele se vira para mim e eu apenas faço um joia com a mão. — E você. — Diz a Dixon.
— Bom... Sou um rapper. Um colombiano com orgulho. — o rapaz responde feliz.
— Sr. Álvarez, isso... não diz muita coisa. Eu esperava mais.
— Um rico com complexo de pobreza. — Okane diz.
— Quê? — Dixon rebate
— Não. Aí já melhorou. Temos que ir além da superfície. — Gus responde a Dixon. — Um artista conhece sua verdade e a encara. Como Jade.
— Acho que ela não é um bom exemplo para isso. — Luka diz.
— O quê disse? — me viro pra trás.
— Ei! Vocês dois, chega. — O Bauman diz. — Quem mais?
— Bonitão do interior. — Okane diz sobre Esteban. — A senhorita "faço tudo escondida". — Se vira para Andi. — A loba religiosa em pele de cordeiro. — Agora para MJ.
— Perfeito. — Jana diz rindo.
— Qual é a graça, princesa? — MJ bate na mesa.
— Calma. — Esteban tenta dizer.
— Não pedi um advogado. — Jana responde.
— Queria ajudar.
— Não precisa, mommy issues.
— E daddy issues também. Além de Colucci, ele é bastardo. — Sebas se pronuncia
— Desculpe, alguém disse algo? — Luka começa. — Talvez o cara cortado do próprio vídeo? — Algumas pessoas gritam.
— Estou ouvindo pretextos, — Gus interrompe. — que ocultam inseguranças. Não é isso que eu quero. — começa a andar pela sala. — Não, quero artistas. Artistas que se expressam da forma mais íntima, e não vejo ninguém aqui assim.
Estamos todos prestando atenção em cada palavra.
— Então, ou me mostram por que merecem uma vaga neste programa, ou talvez aqui não seja o lugar de muitos. — Gus continua falando. — Não querem ser artistas? Trabalhem os traumas de vocês. Procurem em suas gavetas antigas, em suas coisas antigas, cartas de amor não correspondidas. — ele se vira pra mim.
Não entendi?
— Explorem seus demônios. Este relógio... — diz e pega seu relógio de pulso. — É legal, né? Era do meu padrasto. Ele amava. Agora, é um fantasma. Amanhã à noite, nos encontraremos no pátio. Tragam seus demônios e enfrentem-nos de uma vez por todas.
•◦ೋ•◦❥•◦ೋ•
Era o dia seguinte, à noite ia ser o trabalho que o Gus queria, mas agora eu estava na sala de ensaio tocando uma música que havia feito a um tempo.
Essa música eu fiz quando tive a primeira briga com os meus pais, a primeira de muitas. Desde aquele dia as coisas só pioraram, eu passei o dia procurando o meu demônio, e talvez seja essa música, é a única coisa que guardo comigo que me lembra eles.
— Como se sente? — Dixon diz entrando e me fazendo parar de tocar. — Não consegui conversar com você ontem, está melhor?.
— Estou bem agora, sem ressaca. — comento e rimos. — Mas, me sinto cansada, não cansada fisicamente, mas, mentalmente, estou cansada e sofrer pelos meus pais, cansada dos haters controlando minha vida. — faço uma pausa. — Eu to perdida Dixon.
— Ei, não fala assim. — ele se senta ao meu lado.
— Não! Eu realmente me perdi, essa coisa de se deixar entregar, se deixar sentir, é a pior coisa que me aconteceu, antes eu não ligava pra nada, não sentia nada, agora é diferente. Eu preciso mudar isso, preciso trazer a antiga Jade de volta. — digo feliz e saio.
A antiga Jade vai voltar, claro, com algumas melhorias, mas ela vai. Digamos que é a Jade 2.0.
Ⅰ. Capítulo meio curto porque não tive tempo de escrever hoje, foi só pra não deixar sem nada.
Ⅱ. O que acharam? Pensam em algo que esta por vir?
Ⅲ. Comentem e votem bastante, me ajuda de mais.
-Soph
28/07/2022
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𝐈𝐍 𝐀𝐌𝐎𝐑𝐄 | REBELDE
Fanfiction❝ JADE HERNANDEZ NÃO ACREDITA NO AMOR, em partes sim, o amor próprio é o que não falta à garota, para ela é apensa isso que importa, seus pais nunca lhe deram importância, vivia em uma casa sem afeto e carinho, então não teve exemplos de como se ama...