Avatar: A Lenda de Luiza - A Guerra de Zaofu {Livro 2}

5- Faroeste Desértico

Na cidade de Ba Sing Se...

Mary caminha nos corredores do palácio real, passando por quadros de antigos monarcas, bordados a ouro. A jovem de cabelos cacheados chega até o final, onde se depara com uma porta grande decorada de verde e dourado, ela suspira, apreensiva e desconfortável, e depois bate na porta, no mesmo instante, uma voz dá a permissão para que entre, era o Rei Archibald. Mary adentra na sala, o monarca estava perto de uma chaminé com chamas verdes fluorescentes, ele encara a subordinada com um sorriso cortês e movimenta sua mão para dar um comando prático, a fim de ordena-la a se aproximar.

- Me conte! - Solicita Archibald.

- Aquele grupo rebelde dos Sem-Face estavam fazendo reuniões atrás da praça das Pulgas no Anel inferior, eu anotei as coordenadas pro senhor, mas pelo que sei, não passavam de adolescentes e... - Explica Mary, as vezes gaguejava na sua pronúncia, ela se esforçava para ser prolixa e elegante na explicação, mas no fundo ainda tinha um timbre cultural bem forte.

- Não estou me referindo a problemas civis do Anel Inferior, quero saber da garota, Bella! Você conseguiu arrancar mais informações dela? - Pergunta Archibald, cortando o papo de Mary com um corte seco e áspero de sua língua.

- É... Estou tentando ainda, majestade! Ela não é de falar muito e eu tenho medo dela descobrir que tenho segundos interesses se eu já mandar as perguntas direto... Mas... Eu tenho quase certeza de que ela não tem nenhum vínculo com a Nação do Fogo, igual a Nadiele tinha, talvez ela seja uma simples serva - Justifica Mary, botando as mãos para frente e mexendo nas unhas.

- Nunca confie demais em ninguém, garota! Precisa largar de ser ingênua e tola, e aprofundar mais nas investigações dessa dobradora de fogo! Se conseguir tirar dela a informação de onde a equipe da Avatar pretende ir, teremos um trunfo em nossas mãos! Você será muito bem recompensada, mais ainda por ter sido fiel à Coroa ao invés de virar o bichinho de estimação leal do meu filho! - Diz Archibald, mais ríspido.

Mary inclina a cabeça para baixo e força dos lábios, cerra os dentes e continua a suspirar.

- Desculpa, majestade, farei meu melhor para ajudar o senhor e o Reino! - Diz Mary, submissa. - O que faço com ela depois que arrancar as informações e falar pro senhor? - Ela indaga, ao levantar seu rosto, com um semblante sério e forçado.

- Não é nada que você tenha que se preocupar, não te contratei para matar, te contratei para supervisionar o que precisa ser visto! - Diz Archibald, seu veredito para que possa dispensar a garota.

Mary dá as costas e se dirige para fora da sala, deixando o Rei sozinho, seu semblante era de descontente, a mesma possuía preguiça também.

6 meses antes, no deserto de Si Wong...

Alexander entra no bar, onde encontra uma variedade de homens de meia idade sentados e tomando alguma bebida, rodeados nas bancadas e bancos. O garoto de 1,77 se senta num banquinho levantado, inclina sua cabeça para a bancada e pressiona suas trêmulas com os dedos indicadores.

- Água, por favor... - Pede Alexander, quase sussurrando.

- É o que?? Fala mais alto, menino!! - Resmunga o velho, dono do bar.

- Quero uma água!! Por favor... - Repete Alex, nivelando o tom de voz para mais alto.

O senhor dispara uma gargalhada e troca olhares com outros clientes já veteranos do bar.

- "Por favor" ?? Você não é daqui, né muleque? Branquinho, sem queimaduras de pele permanente, olhos claros, e essa roupa... Cuidado por onde anda, fica a dica! - Diz o barmen, rude porém honesto. Ele serve um copo do líquido para Alexander após ser pago com uma moeda.