Qual é o seu nome?

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A sua mão tinha um toque tão gelado, porém, quente o bastante para aquecer meu coração. Estou feliz.

06:30 AM. Seul. Casa do Taehyung.


Me acordo após uma noite levemente agitada, minha ansiedade na noite anterior atacou um pouco após ficar pensando... Em algumas coisas.

Escuto batidas na porta.

— senhor Kim? Está desposto?

— estou sim Aubrey. Entre. - digo e logo em seguida Aubrey abre a porta, adentrando em meu quarto com uma bandeja de café da manhã.

— o senhor acordou mais tarde do quê de costume. Algo lhe incomoda?

— ah... - me sento na beirada de minha cama. Já havia trocado de roupa e já estava com o uniforme do colégio. - Eu dormi um pouco tarde ontem.

— eu imagino. O senhor tem passado por algumas dificuldades após o falecimento de sua avó. Mas... Me conte, como foi seu primeiro dia de aula. - Aubrey fala enquanto separava algumas roupas limpas do lado do meu criado mudo.

Pego uma torrada com geleia de amora e começo a comer.

— foi... Bom sabe. Eu creio que poderia ter sido bem melhor. - pego minha caneca, tomando um pouco de leite.

— o senhor fez algum amigo?

— amigo... Creio que sim. - não consigo conter um sorriso leve em meio as palavras.

— fico feliz pelo senhor. Vou me retirar agora. - ela termina de dobrar as roupas, e pega as mesmas no colo, levando para passar. - espero que o senhor tenha um ótimo segundo dia. - ela diz com um sorriso aberto no rosto.

— você também, Aubrey.

Ela se retira do quarto e eu termino meu café da manhã logo em seguida. Me levanto e começo a separar na minha mochila as coisas essenciais. Ainda não havia recebido os livros do colégio, por conta de ser novo, eles resolveram que a adaptação ao ambiente deveria ser priorizada, admiro a coragem de dar uma desculpa nesse nível para apenas esconder que os livros estão em atraso.

Escuto meu celular tocando.

— alô?

— bom dia Taehyung. Acordou no horário?

— alguns minutos atrasado papai.

— como sempre.

— o senhor ligou por quê?

— sei que não tivemos tempo de conversar ontem, mas como foi na casa do Min?

— divertido em geral. Acabei descobrindo que sua avó não falecera.

— isso deve ser algo bom.

— não tanto, Min me contara que sua avó falecera em sua infância.

— bom, meus pêsames de quaisquer forma. Já organizou suas coisas hoje?

— sim papai.

— seus deveres vão começar a chegar a partir de amanhã, não deixe tarefas para última hora.

— certo. - desligo.

Meu pai é bem duro comigo, não exatamente raivoso ou estressado. Mas ele não tem... Aquele afeto que os pais têm pelos seus filhos, infelizmente. Talvez Aubrey seja uma das poucas experiências de afeto que eu tenha, se é que sua simpatia se aplica para além do seu trabalho.

Escuto toques na porta.

— senhor Kim?

— pode entrar.

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