Capítulo 3

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Camille Maya

— Por que isso agora Mamãe? Sempre me manteve longe deles e agora quer me colocar mais próxima do que nunca. — minha voz denota toda minha incredulidade e indignação diante da proposta dela.

Não é possível que seja real o que estou ouvindo.

— Querida, o que eu vejo é uma excelente oportunidade. Você sabe que eles pagam muito bem, e você não quer aceitar o meu dinheiro Camille. — Ela me olha consternada. — Não pode afundar na vida, e na raiva.
— Não eu não quero. — soo categórica.
— Ele sempre me pedia... — fala com olhos tristes.
— O que ele pedia? Quem? — dou um passo à frente, querendo ansiosamente saber se é sobre o Daniel que ela fala.
— O Daniel. Ele me pedia para não deixar você se entregar a tristeza, caso algo acontecesse com ele. Não deixar você perder a cabeça. Pois, sempre foi tão intensa Camille.

O nó sufocante me deixa sem fala.

— Ele sabia dos riscos Camille, ele estava ciente dos riscos.
— Isso não isenta a culpa do filho mimado do Sr. Greco. - praticamente grito.
— Ah, querida, eu compreendo o que está sentindo, mas você melhor que ninguém sabe que alimentar esse ódio por qualquer um deles, não irá levá-la a nada. Aceite a oportunidade e vamos em frente, você sempre foi tão centrada quando necessário, racional. Sempre soube que o seu Daniel poderia não voltar.
— Eu só não imaginei que fosse acontecer tão cedo, e da forma que aconteceu. — dou vazão as lágrimas.
— Eu sei. — Ela me abraça, e me aconchego em seus braços.

Eu não compreendo.

— Eu não entendo, a senhora tinha pavor que eu fosse vista de alguma forma por qualquer um deles, exceto pelo Sr. Hector que acompanhava a Sra. Helena aqui quando ela por alguma razão vinha vê-la, mas os filhos deles a senhora sempre me escondeu deles. — Falo tomando distância, secando minhas próprias lágrimas.
— Você não é mais uma garotinha Camille, você é uma mulher forte, de trinta e cinco anos, perfeitamente capaz de se cuidar. - Fala desviando o olhar.
— Até parece que eu não conheço a senhora. — Digo por desconfiar que não seja esse o motivo.
— Ah, tudo bem, não é exatamente isso.
— O que é então?
— Oras, o Heitor, e o Nicolas estão casados, e verdade seja dita, eles não são mais risco pra qualquer outra mulher, além das próprias esposas. — Ela só pronuncia o primeiro nome deles quando está a sós comigo. — E Adam... - ela continua a falar.
— Eu não quero saber desse maldito. - brando furiosa, até ouvir o nome dele me dá náuseas.
— O maldito se tiver o mesmo gosto por mulher que os irmãos tem, você não irá interessá-lo. — diz arqueando as sobrancelhas.

Uma risada amarga e sem sentido até, escapa pelos meus lábios.

— E eu posso saber porque o arrogante de merda não se interessaria por mim? Eu não sou bonita o bastante? Não que eu tenha qualquer intenção diferente da de atirar nele, e talvez arrancar o cubo de gelo ele tem no lugar do coração com uma faca...
— Camille não xingue. Eu não gosto quando fala palavrão, e não fale essas coisas. — ralha sussurrante.

Ela vira as costas com a clara intenção de sair.

— Mãe?
— Sim. — Ela me olha de volta.
— Eu vou pensar. — digo com uma ideia mirabolante em mente e ela sorrir.
— Você é deslumbrante filha, uma linda mulher, mas eles parecem ser atraídos por mulheres um pouco mais frágeis e jovens do que você, o que me leva a crer...
— Eu entendi mamãe, eles gostam de crianças pra assim poder manipula-las, ok.
— Jesus Camille. — Me olha horrorizada.

 — Me olha horrorizada

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SECRETS: FÚRIA  Vol.4 - 1ª Edição.Onde histórias criam vida. Descubra agora