Capitulo 2

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Adam Greco

E então? Deu tudo certo?

Mal tenho a chance de relaxar o corpo no sofá e o Heitor me questiona.

— Sim.

O olhar da senhora, que descobri ser a mãe do segurança morto, ainda me incomoda. Tinha uma infelicidade perturbadora, e um vazio assombroso naquele olhar, que agora é apenas uma lembrança, porque não tenho a intenção de vê-la, nunca mais.

Agora só me interessa encontrar e estripar, o filho da puta que teve a ousadia de tentar me matar.

— Tudo ocorreu com o devido decoro? — Ele quer saber na verdade se alguém ousou me acusar de ser o responsável pela morte do rapaz.
— Sim.
— Essa é a sua palavra preferida no momento?
— Sim. — O provoco.
— Que seja então. Hoje a noite temos o evento em prol da fundação, espero que compareça, por que o garanhão ali vai estar ocupado com a esposa, se é que você entende? — Diz apontando para o Nicolas.

 Hoje a noite temos o evento em prol da fundação, espero que compareça, por que o garanhão ali vai estar ocupado com a esposa, se é que você entende? — Diz apontando para o Nicolas

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......

Tomado pelo desejo de descansar um pouco, subo a passos largos os degraus, de dois em dois. A ideia de que alguém se atreveu a agir de fato, com o intuito do ferir um de nós, é perturbador.

Quem seria louco o bastante?

O legado Greco é banhado a sangue, isso é inegável. Somos um tanto bestiais, e acho que todos sabem disso. Acumulamos inimigos com sede de vingança, ao longo dos anos, e ao que tudo indica algum desses inimigos não nos teme o bastante. Não se preocupa em ter cada membro do corpo decepado.

Não me teme... Algum filho da puta está por aí, vivo, após quase me matar.

— Eu não quelo, não quelooo. — Ouço os gritinhos agudos assim que chego ao corredor.

Ando até o quarto da pequena tagarela a fim de saber o que acontecendo.

Essa menina é um terror, apesar de toda fofura

Ao entrar no cômodo que já se encontra com a porta aberta, me deparo com a ruivinha usando uma roupa espalhafatosa de balé, e de braços cruzados altamente revoltada.

A babá de olhos arregalados me olha assustada.

— O que está acontecendo aqui? — Questiono a mulher de certa idade, que já foi babá de todos os filhos do meu irmão, em períodos diferentes.
— Senhor a pequena senhorita greco precisa beber o xarope, porém ela se recusa. — Responde um tanto cansada.
— Sei.

Olho para a Sofie que tem o narizinho empinado e um biquinho de revolta.

— Eu não quelo tio Ada, não pode me obliga. É ruim, — Fala com firmeza demais pra uma pirralha que nem fala direito, apesar que eu amo esses erros de fala dela.
— Sofie se a babá está te dando o xarope é porque precisa tomar. — suspiro buscando paciência. — Agora toma o treco, — falo firme com ela.
— Não, eu não quelo, — Me olha inflando as bochechas, uma coisinha que ela aprendeu e acha que passa a ideia de estar brava, conseguindo assim assustar alguém.
— Sabe de uma coisa, — Olho para a senhora que tem nas mãos o copinho com o que deduzo ser o tal xarope, — Isso não é problema meu,  dado o fato de que eu não tenho filhos.
— Senhor?
— Isso mesmo que você ouviu, se quer dar o xarope a pestinha procure os pais dela. — Digo e me retiro imediatamente.

SECRETS: FÚRIA  Vol.4 - 1ª Edição.Onde histórias criam vida. Descubra agora