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Me deparo com Conrad deitado sobre a minha cama brincando com meu ursinho de pelúcia.

Mas como foi que essa praga entrou aqui?

— Eu avisei. A propósito...– diz olhando o relógio de pulso – já passaram vinte minutos!

— Como entrou aqui? A porta estava trancada!

— Tenho os meus métodos. – deu de ombros.

— Então quer dizer que além de saber da imaginação das pessoas, você aparece do nada nos lugares com passagens fechadas? Você é o capiroto! – ele gargalhou.

— Você é tão engraçada! – diz enxugando uma lágrima inexistente de seu olho. – Agora anda logo, temos que ir. – se levantou da cama e eu quase caio para trás.

— Eu não acredito! – digo o empurrando e indo até a cama – Você não fez isso!

— Não mesmo, até porque eu não sei o que eu teria feito.

— Você amassou o vestido! Olha aqui! – esfreguei em sua cara.

— O vestido nem ficava legal em você.

— Cala a boca e sai do meu quarto! – ralhei estressada.

— Eu disse que eu viria te buscar e eu vim, não vou sair desse quarto sem você. – cruzou os braços me olhando.

— O que? Você quer apresentar sua noiva de toalha para todos? – arqueei minha sobrancelha lhe encarando – Pois bem, imagine que interessante vai ser os sites falando sobre a noiva de Conrad Fisher aparecendo apenas de toalha em público? E quer saber? Eu vou de toalha! Afinal o que bonito é para ser mostrado! – sorri para ele indo em direção a porta, quando ele me puxa pelo braço.

— Olha Miller, dessa vez você ganhou. Mas saiba que é só porque eu não quero ser corno tão cedo! – me olhou sério.

— Vou lembrar disso quando ficar mais tarde! – sorri marota e abri a porta o empurrando para fora sem cerimônias.

Fechei a porta e fui pegar outra roupa.

Por que diabos ele tem que ser tão estressante? Que tipo de ser humano encapetado ele é? De que espécie exatamente?

Resolvi colocar uma saia preta colada até acima dos joelhos e uma blusa branca. Coloquei o par de tênis branco e me olhei no espelho. Satisfeita peguei minha bolsa e sai.

Cheguei na sala de estar e ele estava de pé olhando alguns retratos na estante.

— Sua mãe? – pergunta apontando para um dos retratos ainda de costas para mim.

— Sim.

— Que pena! – se virou para me olhar.

— Sim, ela morreu jovem. – lamentei com um suspiro baixo.

— Não é por isso, é que é uma pena você não ter puxado a beleza dela. – lhe olhei indignada.

— Insensível! Vai ficar de gracinha ai ou vamos logo?

— Tá apressadinha Miller? – riu.

— Mas é claro, não vejo a hora de você desaparecer da minha frente! – sigo em direção a porta.

— Não esqueça que você terá que conviver comigo por meses, respirar o mesmo oxigênio que eu, meu amor. – sorriu debochado.

— Respirar eu já não te garanto que vá fazer por muito tempo. – murmurei para eu mesma. – Dá para você parar com a palhaçada e andar logo? – digo irritada abrindo a porta. Ele veio logo atrás de mim.

— Você quer que eu faça muitas coisas, vamos com calma pois eu sou um só. – diz ao entrarmos no carro. Lhe ignorei e apenas fixei minha atenção para o lado de fora da janela.

Em um silêncio seguimos a caminho de... Calma ai! Para onde iríamos mesmo?

Casamento Por Contrato | Conrad Fisher (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora