Epílogo

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2 de novembro de 1979

O dia amanheceu muito frio, Sirius se revirava na cama tentando achar alguma posição confortável. Estava tremendo, se sentiu então sendo envolvido em um abraço quente e confortável. Remus era quente, tão quente que era melhor que qualquer aquecedor.

Ele se vira para olhar Remus que ainda está com os olhos fechados, analisa cada parte do seu rosto e pensa em como ama cada detalhe de Remus e como tinha sorte por te-lô em sua vida.

Aquele homem era o mundo de Sirius, era o seu suporte, em dias que nada dava certo e parecia que tudo eram trevas, ele sabia que Remus estaria do seu lado para dá-lo um pouco de luz.

E lá estava ele, deitado com o homem que amava. Apesar de tudo que estava acontecendo, do medo, das mortes, ele estava nos braços da pessoa que ele sempre amou e sempre irá amar.

Remus abre os olhos e encara Sirius de volta.

- Bom dia amor, conseguiu dormir direito hoje?

- Mais o menos Remie, você sabe, a guerra tá me afetando bastante. E você, dormiu bem?

- Até que sim, eu tava bem cansado, esses trabalhos na Ordem tão me matando.

- Essa guerra é um inferno, eu só queria que isso acabasse logo.

- É eu também, tantas pessoas morrendo, os desaparecimentos isso é tão assustador.

- É só de pensar em perder você ou ...

- Ei para com isso, não fala essas coisas tá, eu tô bem aqui e não vou pra lugar nenhum. - Segura a mão de Sirius e da um sorriso de canto.

- Promete?

- Prometo!

- Eu te amo Remus.

- Eu também te amo Sirius.

- Vem, vamos tomar café.

- Eu já vou, pode ir.

- Ok, mas vem logo. - Sirius assentiu e sorriu pra ele, que sorriu de volta.

Sirius desmonta na cama e coloca as mãos na cabeça, essa conversa sobre a guerra afetou muito ele, na verdade isso já estava o afetando a muito tempo.

Quanto mais ele via notícias mais aflito ficava, todas aquelas mortes o fazia perceber que a vida era muito curta pra não ser aproveitada ao máximo cada dia que passasse. Mas é claro que ele não podia ficar saindo, bebendo e fazer tudo que tinha vontade por causa da própria guerra. Então, ele tentava aproveitar ficando o máximo de tempo que ele podia com as pessoas que amava e curtindo cada segundo ao lado delas.

Isso fez ele refletir muito. O tanto que ele amava ficar ao lado de Remus, últimante eles não tem ficado tanto tempo juntos, mesmo morando na mesma casa, por conta das missões da Ordem. Mas cada momento que passavam juntos Sirius se sentia por inteiro e ele sabia que era com aquele homem que ele queria passar o resto da vida. E a vida é curta demais pra esperar por qualquer coisa. Sirius tinha se decidido, ia pedir Remus em casamento está tarde.

...

Já estava no fim da tarde, os dois moravam em uma casinha pequena porém muito aconchegante, com um quintal enorme e bem lindo. Sirius adorava aquele quintal, trazia a ele um sentimento de paz, coisa que ele precisava muito últimamente.

Ele pediu pra Remus ir lá para o quintal, que ele precisava pegar uma coisa no quarto e logo deceria. Foi pegar as alianças que Euphemia Potter havia lhe dado.

Ele lembrava direitinho das palavras que ela tinha dito quando entregou as alianças: " Sirius eu quero que você use essas alianças para se casar com alguém que te complete, que faça você se sentir a pessoa mais amada do mundo, que te dê amor e compreensão, paz e euforia, que te faça sentir a cada segundo que você é a pessoa mais incrível desse universo, porque você não merece nada menos que isso." e essa pessoa era Remus.

Perto de você, nada consegue me atingir...Onde histórias criam vida. Descubra agora